Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.unb.br/handle/10482/51914
Arquivos associados a este item:
Arquivo TamanhoFormato 
JessicaAlvesDeCena_TESE.pdf2,72 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
Título: Biogeografia do Arqueoma Oral
Autor(es): Cena, Jessica Alves de
Orientador(es): Teixeira, Nailê Damé
Coorientador(es): Belmok, Aline
Assunto: Biofilmes
Arqueoma oral
Biogeografia
Cárie dentária
Periodontite
Infecção endodôntica
Saliva
Bioinformática
Data de publicação: 17-Mar-2025
Referência: CENA, Jessica Alves de. Biogeografia do Arqueoma Oral. 2024. 100 f. Tese (Doutorado em Odontologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024.
Resumo: Evidências crescentes indicam que as arqueias são parte da microbiota residente em vários sítios orais e desempenham um papel ainda pouco compreendido. Estudos sugerem que a diversidade dessas arqueias na cavidade oral humana pode estar subestimada e não limitada apenas a organismos metanogênicos, como se acreditava anteriormente. Na intenção de colaborar com a ampliação do conhecimento do arqueoma no contexto do microbioma oral e suas possíveis funções, o projeto “Biogeografia do arqueoma oral” foi desenvolvido nesta tese de doutorado. Seu objetivo geral foi mapear a ocorrência de membros do domínio Archaea em diferentes sítios orais. Identificamos que os desafios metodológicos relacionados à detecção e isolamento, incluindo dificuldades na cultura e no desenho de iniciadores específicos, contribuem para essa lacuna no conhecimento. Há necessidade de iniciadores para detectar arqueias além das metanogênicas, como os grupos Nanoarchaeota e Thaumarchaeota, o que poderia ampliar a compreensão da diversidade das arqueias na biogeografia oral. Nossa revisão sistemática com meta-análise mostrou que indivíduos com periodontite têm maior probabilidade de apresentar biofilmes subgengivais positivos para arqueias em comparação com indivíduos periodontalmente saudáveis (OR 6,68, IC 95% 4,74-9,41 para análise do gene 16S rRNA e OR 9,42, IC 95% 2,54-34,91 para análise do gene mcrA), sugerindo que as arqueias podem atuar como colonizadoras secundárias em processos inflamatórios periodontais. Além disso, a prevalência de arqueias em canais radiculares foi estimada em cerca de 20% (IC 95% 8-32), com a predominância de metanogênicas, mas também com a detecção de Thaumarchaeota e Crenarchaeota. Demonstramos também que, embora de baixa abundância, arqueias estão presentes tanto em amostras de biofilme e saliva associados a cárie em análise in silico. Genes relacionados à metanogênese estão superexpressos em amostras de pessoas livres de cárie, o que sugere um possível papel na manutenção da homeostase do microbioma oral. Por fim, também observamos a biogeografia de arqueias metanogênicas na cavidade oral, analisando diferentes tipos de amostras como saliva, biofilmes supragengivais e subgengivais, dentina cariada e biofilme lingual. Um total de 142 amostras foram analisadas e a amplificação do gene mcrA foi realizada por PCR e qPCR. Os resultados indicaram a presença de arqueias metanogênicas em múltiplos tipos de amostras. Conclui-se que, apesar da relevância das arqueias no microbioma oral ainda requerer estudo, elas surgem como componentes importantes de baixa abundância, da microbiota bucal associada a doença no biofilme subgengival e endodônticos, mas também em saúde em biofilme supragengival e saliva.
Abstract: Growing evidence indicates that archaea are part of the resident microbiota in various oral sites and play a still poorly understood role. Recent studies suggest that the diversity of these archaea in the human oral cavity may be underestimated and not limited to methanogenic organisms, as previously believed. With the aim of contributing to the expansion of knowledge about the archaeome within the context of the oral microbiome and its potential functions, the project titled “Biogeography of the Oral Archaeome” was developed as part of this PhD thesis. Its overarching objective was to map the occurrence of members of the domain Archaea in different oral sites. We identified that methodological challenges related to detection and isolation, including difficulties in culturing and designing specific primers, contribute to this gap in knowledge. There is a need for designing primers to detect archaea beyond methanogens, such as to detect Nanoarchaeota and Thaumarchaeota groups, which could broaden the understanding of archaea diversity in oral biogeography. Our systematic review with meta-analysis showed that individuals with periodontitis are more likely to have subgingival biofilms positive for archaea compared to periodontally healthy individuals (OR 6.68, 95% CI 4.74-9.41 for 16S rRNA gene analysis and OR 9.42, 95% CI 2.54-34.91 for mcrA gene analysis), suggesting that archaea may act as secondary colonizers in periodontal inflammatory processes. Additionally, the prevalence of archaea in root canals was estimated at about 20% (95% CI 8-32), predominantly methanogenic but also detecting Thaumarchaeota and Crenarchaeota. We also demonstrated that archaea are present in biofilm and saliva samples associated with caries, although in low abundance. Genes related to methanogenesis were overexpressed in samples from caries-free individuals, suggesting a potential role in maintaining oral microbiome homeostasis. Finally, we also observed the biogeography of methanogenic archaea in the oral cavity, analyzing different types of samples such as saliva, supragingival and subgingival biofilms, carious dentin, and lingual biofilm. A total of 142 samples were analyzed, and mcrA gene amplification was performed by PCR and qPCR. The results indicated the presence of methanogenic archaea in multiple types of samples. We conclude that the relevance of archaea in the oral microbiome still requires further exploration, but they emerge as important, low-abundance components of the oral microbiota associated with disease in subgingival and endodontic biofilm, but also in health in supragingival biofilm and saliva.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Ciências da Saúde (FS)
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

Mostrar registro completo do item Visualizar estatísticas



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.