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Please use this identifier to cite or link to this item: http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/49710
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Title: Uma análise crítica de manuais de atuação de intérpretes em contexto de refúgio como base para uma reflexão sobre a formação em interpretação comunitária
Authors: Silva, Júlia Cristina Valverde da
metadata.dc.contributor.email: juliavalverdesilva@outlook.com
Orientador(es):: Gorovitz, Sabine
Assunto:: Interpretação comunitária
Refúgio - solicitação Intérpretes
Análise do discurso
Issue Date: 8-Jan-2024
Citation: SILVA, Júlia Cristina Valverde da. Uma análise crítica de manuais de atuação de intérpretes em contexto de refúgio como base para uma reflexão sobre a formação em interpretação comunitária. 2023. 185 f., il. Dissertação (Mestrado em Estudos da Tradução) — Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Abstract: As constantes reconfigurações das mobilidades humanas pressupõem reflexões de como assegurar os direitos fundamentais consignados em tratados internacionais e em legislações domésticas, um deles sendo o direito linguístico. Entre outras garantias, esse direito visa assegurar que pessoas com pouca ou nenhuma proficiência na(s) língua(s) oficial(is) de um país tenham acesso a serviços básicos por meio da intervenção de um profissional da interpretação, o chamado “intérprete comunitário”. Dentre esses falantes excluídos dos sistemas de assistência, encontram-se as pessoas refugiadas, que, em muitas situações, além de particularmente vulnerabilizadas, não conseguem interagir por falar línguas distintas dos agentes que prestam essa assistência. Frente a tamanho desafio, faz-se necessária a implementação de uma verdadeira política de assistência linguística, tributária da criação de um sistema integrado de formação, certificação e credenciamento de profissionais da mediação linguística. Se poucos são os países que oferecem cursos especializados na área, muitos deles contam, para pautar a atuação dos intérpretes comunitários, com manuais e códigos de ética elaborados sem o necessário embasamento em estudos linguísticos e, ainda menos, em reflexões especializadas sobre tradução/interpretação. Nesse contexto, a presente pesquisa tem como objetivo investigar alguns desses materiais - manuais, guias e códigos de ética - em língua inglesa, a fim de identificar como os conceitos de língua, tradução e interpretação se manifestam e quais representações deles emergem. Com base nos resultados dessa análise linguística, objetiva-se também iniciar uma reflexão sobre a formação dos intérpretes comunitários em contextos brasileiros de migração e refúgio. Para entender como se configuram as situações de interação mediadas por intérpretes comunitários, tomamos como paradigma teórico e metodológico postulados da Sociolinguística Interacional que focam a dinâmica das interações verbais e a agência dos participantes envolvidos na interação, notadamente dos mediadores. Os dados foram tratados com base na análise do discurso assistida por corpus, que permitiu identificar a predominância de uma visão idealizada e fantasiosa da atividade de tradução e do papel do intérprete comunitário, representações manifestadas linguisticamente por meio de palavras como “neutralidade”, “imparcialidade” e “precisão”, entre tantas outras. Percebe-se, que, embora produzidos por países com histórico de acolhimento de imigrantes e dotados de serviços de assistência linguística um tanto quanto consolidados, os manuais veiculam conceitos reducionistas e essencialistas de uma suposta transparência e invisibilidade da atividade tradutória. Contrapondo-nos a esses pré-conceitos, propomos uma reflexão inicial sobre a formação do intérprete comunitário pautada na dialogia da situação e na reflexividade do intérprete, protagonista de relações humanas inegavelmente desiguais.
Abstract: The constant changes in human migration flows bring to the forefront of discussion how to safeguard fundamental rights enshrined in international treaties and domestic legislations, such as an individual's linguistic rights. Such a right aims to ensure that people with little or no proficiency in a country's official language can access essential services through professional interpreting provided by a "community interpreter". Among those who are prevented from accessing social services due to little language proficiency are the refugees who, apart from being particularly vulnerable, are unable to communicate with service providers because they speak a language other than that spoken by the agencies whose services they seek. Faced with such a challenge, it is necessary to implement language assistance policies that could be translated into an integrated interpreter's training, certification, and accreditation system. Even though few countries provide specialized interpreting training, most of those that do have some type of training framework depend on manuals and ethical codes written without due consideration of linguistic studies or specialized reflections on the nature of translation and interpretation. Against such a backdrop, this research aims to look into some of such materials-manuals, guides, and codes of ethics - written in English, in order to identify how language, translation, and interpretation concepts are understood and portrayed. Based on the results derived from such a linguistic analysis, we aimed at reflecting on the training of community interpreters in refugee and migration contexts. In order to understand how interpreter-mediated interactions unfold, we adopted the theoretical and methodological framework of Interactional Sociolinguistics, which focus on the verbal interaction dynamics and on the agency of all participants, including that of the mediators themselves. The data were collected and analyzed drawing on corpus-based discourse analysis concepts, which enabled us to identify idealized and impractical understandings of the translation activity and the interpreter's role. Such understandings were linguistically translated into the use of words, among others, such as "neutrality", "impartiality" and "accuracy". Even though some of the materials were written in countries that have a history of hosting immigrants and of implementing language assistance services, they convey limited and essentialist concepts of the translation activity, taking it to be a transparent and invisible process. Against such concepts, we propose a preliminary reflection of interpreter training based on the dialogical and situated interaction and on the interpreter's agency, a protagonist of undeniably imbalanced human interactions.
metadata.dc.description.unidade: Instituto de Letras (IL)
Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução (IL LET)
Description: Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, 2023
metadata.dc.description.ppg: Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução
Agência financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Appears in Collections:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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