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Título : Crenças do self criativo de estudantes do ensino médio de escolas civis e militares
Autor : Jorge, Gabriel de Oliveira
metadata.dc.contributor.email: gabriel.jorge@isp.edu.br
Orientador(es):: Fleith, Denise de Souza
Assunto:: Criatividade
Self criativo
Militarização do ensino
Escolas militares
Fecha de publicación : 18-may-2022
Citación : JORGE, Gabriel de Oliveira. Crenças do self criativo de estudantes do ensino médio de escolas civis e militares. 2022. xvi, 116 f., il. Dissertação (Mestrado em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde)—Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
Resumen : As crenças que as pessoas mantêm sobre as próprias habilidades e características influenciam suas decisões e, muitas vezes, explicam sucessos e fracassos na solução de problemas, incluindo os que demandam criatividade. As crenças do self criativo atuam como preditores da realização criativa, sendo apontadas por estudiosos como importantes fatores subjacentes ao desenvolvimento e expressão da criatividade em distintos contextos, inclusive no escolar. Estudos teóricos brasileiros sugerem que a escola militar apresenta características que podem inibir a manifestação de habilidades associadas à criatividade. Questiona-se, portanto, em que medida as autocrenças criativas dos estudantes podem ser influenciadas pelo ambiente escolar. Nesse sentido, por meio de dois estudos, esta pesquisa buscou explorar as crenças do self criativo de estudantes de escolas civis e militares. O estudo 1 objetivou adaptar a Escala Breve do Self Criativo (EBSC; Short Scale for Creative-Self [SSCS]), que avalia Autoeficácia Criativa (AEC) e Identidade Pessoal Criativa (IPC), para estudantes brasileiros do ensino médio, reunindo evidências de validade fatorial, precisão e equivalência psicométrica. Participaram 253 estudantes do ensino médio do Distrito Federal, a maioria do sexo feminino (169; 66,8%) e oriundos de escolas militares (168; 66,4%), com idade média de 16,7 anos (DP = 0,92). Realizou-se previamente a adaptação da EBSC, mediante tradução e análise de evidências de validade de conteúdo. No estudo 1, a análise se deu em duas etapas. A primeira utilizou análise fatorial exploratória (AFE) para avaliar a estrutura fatorial, precisão, confiabilidade e replicabilidade da escala. A segunda etapa utilizou análise fatorial confirmatória multigrupo (AFCMG), a qual avaliou a equivalência psicométrica da EBSC para tipo de escola (civil e militar) e sexo (feminino e masculino). A AFE resultou em elevadas cargas fatoriais (de 0,70 a 0,93), baixas cargas fatoriais cruzadas (inferiores a 0,23), moderada correlação entre as variáveis (r = 0,46), índices de ajuste adequados (χ2 /gl = 1,97; RMSEA = 0,062; CFI = 0,992; TLI = 0,984), elevada confiabilidade (ICC = 0,92; α = 0,84) e boa replicabilidade (H-latent entre 0,80 e 0,94; H-observed entre 0,76 e 0,84). Os resultados da AFCMG demonstraram a invariância da EBSC entre os grupos definidos por tipo de escola e sexo, com ΔCFI < 0,010, ΔRMSEA < 0,015 e ΔSRMR < 0,03. Isso indicou uma manutenção significativa no ajuste entre os modelos de equivalência linear, métrico e escalar. Ao final do estudo 1, concluiu-se que a EBSC é um instrumento psicométrico apropriado para a avaliação da AEC e IPC de estudantes brasileiros do ensino médio. Além disso, essa escala é adequada para a comparação desses construtos entre estudantes brasileiros de ensino médio de escolas militares e civis de ambos os sexos. O objetivo do estudo 2 foi comparar estudantes de escolas militares e civis, do sexo masculino e feminino, quanto à AEF e IPC, além de verificar a interação entre essas variáveis e o tipo de escola e sexo. Participaram 230 estudantes do ensino médio de escolas públicas do Distrito Federal, a maioria do sexo feminino (151; 65,7%) e oriundos de escolas militares (163; 70,87%), com idade média de 16,15 anos (DP = 1,08). Os instrumentos foram a EBSC e um questionário sociodemográfico. Para a análise comparativa e de interação, utilizou-se a ANOVA, acompanhada por procedimentos de bootstrapping. Os resultados do estudo 2 não revelaram diferenças significativas de AEC relacionadas ao tipo de escola (F [1, 226] = 0,057, p = 0,811,    ) ou sexo (F [1, 226] = 2,933, p = 0,088,  = 0,013). Quando comparada a IPC dos estudantes, não se observaram diferenças significativas relacionadas ao tipo de escola (F [1, 226] = 0,085, p = 0,771,   < 0,001). Entretanto, estudantes do sexo feminino apresentaram índices de IPC superiores (F [1, 226] = 4,082, p = 0,045,   = 0,018) ao dos homens. Também não foi identificada interação significativa entre tipo de escola e sexo para a AEC e IPC. Portanto, para a amostra do estudo 2, as diferenças ambientais entre escolas civis e militares não resultaram necessariamente em variações da AEC e IPC. Nesse sentido, é possível que as restrições típicas do modelo militar de educação não impliquem necessariamente barreiras à criatividade. Com base nos resultados dos estudos, são propostos direcionamentos para promoção da criatividade no contexto escolar, bem como sugestões para estudos futuros.
Abstract: The beliefs people hold about their abilities and characteristics influence their decisions and often explain successes and failures in problem-solving, including those that demand creativity. The creative self-beliefs act as predictors of creative achievement, being emphasized by scholars as important factors underlying the development and expression of creativity in different contexts, including schools. Brazilian theoretical studies suggest that military schools have characteristics that can inhibit manifestations of skills associated with creativity. Therefore, it is questioned to what extent students' creative self-beliefs can be influenced by the school environment. In this sense, it was realized two studies to explore the creative self-beliefs of students from both civil and military schools. In Study 1, the Short Scale for Creative-Self (SSCS; Escala Breve do Self Criativo [EBSC]), which assesses Creative Self-Efficacy (CSE) and Creative Personal Identity (CPI), was adapted for Brazilian high school students, gathering evidence of factorial validity, precision and psychometric equivalence. A total of 253 high school students from the Distrito Federal/Brazil participated, most of them were female (169; 66.8%) and from military schools (168; 66.4%), with a mean age of 16.7 years (SD = 0.92). The SSCS was previously adapted, using translation and content validity. In Study 1, the analysis took place in two stages. The first one used exploratory factor analysis (EFA) to assess the factor structure, precision, reliability, and replicability of the scale. The second stage used confirmatory multigroup factor analysis (CMGFA), which evaluated the psychometric equivalence of the SSCS for school type (civilian and military) and gender (female and male). The EFA resulted in high factor loadings (from 0.70 to 0.93), low cross factor loadings (less than 0.23), moderate correlation between variables (r = 0.46), adequate fit indices (χ2/ gl = 1.97; RMSEA = 0.062; CFI = 0.992; TLI = 0.984), high reliability (ICC = 0.92; α = 0.84) and good replicability (H-latent between 0.80 and 0.94; H-observed between 0.76 and 0.84). The CMGFA results showed the SSCS invariance between groups defined by school type and sex, with ΔCFI < 0.010, ΔRMSEA < 0.015 and ΔSRMR < 0.03. Those results indicated significant maintenance in the fit between the linear, metric, and scalar equivalence models. At the end of Study 1, it was concluded the SSCS is an appropriate psychometric instrument for assessing CSE and CPI of Brazilian high school students. In addition, the scale is suitable for comparing those constructs among Brazilian high school students from both genders and military and civilian schools. The purpose of Study 2 was to compare male and female students from military and civilian schools, in terms of CSE and CPI, in addition to verifying the interaction between those variables and the type of school and gender. High school students (N = 230) from public schools in the Distrito Federal/Brazil participated, most of them female (151; 65.7%) and from military schools (163; 70.87%), with a mean age of 16.15 years (SD = 1.08). It was used the SSCS and a sociodemographic questionnaire. For the comparative and interaction analysis, it was used ANOVA, followed by bootstrapping procedures. The results of Study 2 did not reveal significant differences in CSE related to school type (F [1, 226] = 0.057, p = 0.811,    ) or sex (F [1, 226] = 2.933, p = 0.088,   = 0.013). When comparing the students' CPI, there were no significant differences related to the type of school (F [1, 226] = 0.085, p = 0.771,   < 0.001). However, female students had higher CPI rates (F [1, 226] = 4.082, p = 0.045,   = 0.018) than males. There was also no significant interaction between school type and gender for CSE and CPI. Therefore, for the Study 2 sample, environmental differences between civilian and military schools did not necessarily result in variations in CSE and CPI. In this sense, the typical restrictions of the military model of education do not necessarily imply barriers to creativity. Based on the results of the studies, directions are proposed for the promotion of creativity in the school context, as well as suggestions for future studies.
metadata.dc.description.unidade: Instituto de Psicologia (IP)
Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento (IP PED)
Descripción : Dissertação (Mestrado em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde)—Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
metadata.dc.description.ppg: Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde
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Aparece en las colecciones: Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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