http://repositorio.unb.br/handle/10482/43124
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2021_GuilhermeFreitasHenderson.pdf | 1,41 MB | Adobe PDF | View/Open |
Title: | A condição do desamparo e a vida comum : um horizonte na cura psicanalítica |
Authors: | Henderson, Guilherme Freitas |
Orientador(es):: | Chatelard, Daniela Scheinkman |
Assunto:: | Desamparo Clínica psicanalítica Cura Psicanálise freudiana |
Issue Date: | 25-Mar-2022 |
Data de defesa:: | 15-Dec-2021 |
Citation: | HENDERSON, Guilherme Freitas. A condição do desamparo e a vida comum: um horizonte na cura psicanalítica. 2021. 225 f., il. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica e Cultura) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021. |
Abstract: | Buscamos investigar o problema geral de como podemos nos orientar na clínica psicanalítica, visto que essa orientação não se trata da aplicação de um manual de condutas, da repetição de fórmulas ou de dogmas. A hipótese inicial de pesquisa é a que há algo de crítico a ser recuperado na noção de condição de desamparo para pensarmos a direção do tratamento na psicanálise freudiana. A metodologia que utilizamos foi a pesquisa-investigação em psicanálise, que consiste em uma pesquisa teórico-metodológica, implicada no crescimento e aperfeiçoamento da disciplina e da clínica psicanalítica. O principal objetivo desta tese é demonstrar que a noção de condição do desamparo constitui uma orientação, um horizonte presente no saber-fazer de Freud em relação à técnica psicanalítica, horizonte esse crucial para o analista direcionar suas análises para a sua devida resolução, sem o qual sua prática se torna o exercício de um poder. O trabalho se estrutura a partir de dois eixos: (i) acompanhar e evidenciar dentro da tarefa analítica de Freud essa orientação em direção ao confronto com a condição do desamparo: a partir dos impasses que encontramos no fundamentos pré-psicanalíticos da clínica, na direção da interpretação e na noção de manejo da transferência; (ii) evidenciar que essa direção conduz, já na obra freudiana, à necessidade de formulação de um novo laço com o outro a ser promovido pela clínica psicanalítica. Fomos capazes de observar que o horizonte da cura psicanalítica se orienta por uma ética da desilusão, na qual a análise pretende a desarticulação dos fundamentos ilusórios e infantis das relações de poder no interior da neurose; mas também, não devemos esquecer, caso contrário corremos o risco de sustentar o ideal do desprendimento total do outro, se orienta por uma ética da reconciliação, uma reformulação criativa do laço, que nomeamos “vida comum” e “um outro com quem contar”. Ao longo da pesquisa noções freudianas inesperadas como as de Handhabung (manejo) e Bãndigung (domação) se mostraram relevantes para o encaminhamento dos nossos objetivos. Por fim, conclui-se que a condição do desamparo e a vida comum constituem dois norteadores para a teoria da direção da cura: uma direção que se orienta pelo primeiro sem o segundo faz do tratamento um encontro desesperado, melancólico e solitário com a condição do desamparo; já uma direção que se orienta pelo segundo sem o primeiro faz do tratamento o mantenimento de modelos alienantes, expectativas-crédulas e ilusões infantis. Esses norteadores, entrelaçados, no entanto, são capazes de lançar luz e orientar os problemas da posição do analista na direção do tratamento e localizar suas possíveis imposturas. |
Abstract: | We seek to investigate the general problem of how we can orient ourselves in the psychoanalytic clinic, since this orientation is not the application of a manual of conducts, the repetition of formulas or dogmas. The initial hypothesis of research is that there is something critical to be recovered in the notion of a helplessness condition to think about the direction of treatment in freudian psychoanalysis. The methodology we used was research-investigation in psychoanalysis, which consists of theoretical-methodological research, implicated in the growth and improvement of the discipline and psychoanalytic clinic. The main objective of this thesis is to demonstrate that the notion of the helplessness condition constitutes an orientation, a horizon present in freud's know-how in relation to the psychoanalytic technique, a crucial horizon for the analyst to direct his analyses to his due resolution, without which his practice becomes the exercise of a power. The work is structured from two axes: (i) to monitor and evidence within Freud's analytical task this orientation towards the confrontation with the helplessness condition: from the impasses we find in the pre-psychoanalytic foundations of the clinic, in the direction of interpretation and in the notion of transference management; (ii) to show that this direction leads, already in freudian work, to the need to formulate a new bond with the other to be promoted by the psychoanalytic clinic. We were able to observe that the horizon of psychoanalytic healing is guided by an ethics of disillusionment, in which the analysis intends the disarticulation of the illusory and childish foundations of power relations within neurosis; but also, we should not forget, otherwise we run the risk of sustaining the ideal of the total detachment of the other, is guided by an ethics of reconciliation, a creative formulation of the bond, which we call "common life" and "another with whom to tell". Throughout the research unexpected Freudian conceptions such as those of Handhabung (handling) and Bãndigung (domation) were relevant for the referral of our objectives. Finally, it is concluded that the condition of helplessness and common life constitute two guiding points for the theory of the direction of healing: a direction that is guided by the first without the second makes the treatment a desperate, melancholic and solitary encounter with the condition of helplessness; already a direction that is guided by the second without the first makes the treatment the maintenance of alienating models, expectations-gullible and childish illusions. These guiding, intertwined, however, are able to shed light and guide the problems of the analyst's position in the direction of the treatment and locate their possible impostures. |
Resumen: | Buscamos investigar el problema general de cómo podemos orientarnos en la clínica psicoanalítica, ya que esta orientación no es la aplicación de un manual de conductas, la repetición de fórmulas o dogmas. La hipótesis inicial de la investigación es que hay algo crítico que recuperar en la noción de condición del desamparo para pensar la dirección del tratamiento en el psicoanálisis freudiano. La metodología que utilizamos fue la pesquisa-investigación en psicoanálisis, que consiste en una investigación teórico-metodológica, implicada en el crecimiento y mejora de la disciplina y clínica psicoanalítica. El objetivo principal de esta tesis es demostrar que la noción de la condición de desamparo constituye una orientación, un horizonte presente en el saber-hacer de Freud en relación con la técnica psicoanalítica, un horizonte crucial para que el analista dirija sus análisis a su debida resolución, sin la cual su práctica se convierte en el ejercicio de un poder. El trabajo se estructura a partir de dos ejes: (i) monitorear y evidenciar dentro de la tarea analítica de Freud esta orientación hacia la confrontación con la condición del desamparo: desde los impasses encontrados en los fundamentos pre-psicoanalíticos de la clínica, en la dirección de la interpretación y en la noción de manejo de la transferencia; (ii) mostrar que esta dirección conduce, ya en el trabajo freudiano, a la necesidad de formular un nuevo lazo con el otro promovido por la clínica psicoanalítica. Pudimos observar que el horizonte de la cura psicoanalítica está guiado por una ética de la desilusión, en la que el análisis pretende la desarticulación de los fundamentos ilusorios e infantiles de las relaciones de poder dentro de la neurosis; pero además, no debemos olvidar, de lo contrario corremos el riesgo de sostener el ideal del desapego total del otro, se guía por una ética de la reconciliación, una reformulación creativa del lazo, que llamamos "vida común" y "otro con quién se pueda contar". A lo largo de la investigación, concepciones freudianas inesperadas como las de Handhabung (manejo) y Bãndigung (domación) fueron relevantes para la referencia de nuestros objetivos. Finalmente, se concluye que la condición de desamparo y la vida común constituyen dos puntos rectores para la teoría de la dirección de la cura: una dirección que es guiada por la primera sin la segunda hace del tratamiento un encuentro desesperado, melancólico y solitario con la condición desamparo; ya una dirección que es guiada por la segundo sin el primero hace del tratamiento el mantenimiento de modelos alienantes, expectativas-crédulas e ilusiones infantiles. Estos guías, entrelazados, sin embargo, son capaces de arrojar luz y responder los problemas de la posición del analista en la dirección del tratamiento y localizar sus posibles imposturas. |
metadata.dc.description.unidade: | Instituto de Psicologia (IP) Departamento de Psicologia Clínica (IP PCL) |
Description: | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2021. |
metadata.dc.description.ppg: | Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura |
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