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Título: "Yo me sentía un bicho raro" ; vivências e trajetórias de mulheres com a Síndrome de Mayer-Rokitansky- Kuster-Hauser
Autor(es): Cavalcanti, Clarissa Lemos
Orientador(es): Fleischer, Soraya Resende
Assunto: Doenças raras
Saúde sexual
Saúde reprodutiva
Antropologia da saúde
Síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser
Data de publicação: 15-Out-2025
Referência: CAVALCANTI, Clarissa Lemos. "Yo me sentía un bicho raro" ; vivências e trajetórias de mulheres com a Síndrome de Mayer-Rokitansky- Kuster-Hauser. 2025. 140 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025.
Resumo: A síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser (MRKH) é uma condição congênita rara, caracterizada pela ausência parcial ou completa do útero e do terço superior da vagina. Esta dissertação investiga os itinerários terapêuticos e as experiências de mulheres com MRKH, analisando os impactos do diagnóstico, as abordagens terapêuticas propostas e os processos de significação da condição. Para tanto, adota-se uma abordagem interdisciplinar que combina antropologia da saúde, estudos de gênero e teorias feministas interseccionais. A pesquisa, realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com 13 mulheres de diferentes países diagnosticadas com a síndrome, baseia-se na análise de suas narrativas, considerando como a comunicação do diagnóstico e a condução dos tratamentos refletem normatividades biomédicas e sexuais. O estudo problematiza a centralidade da reconstrução vaginal como tratamento padrão e a negligência dos impactos emocionais e psicossociais da síndrome. Além disso, destaca-se o papel das redes de apoio e das associações de mulheres com MRKH, que possibilitam formas alternativas de compreensão e ressignificação da condição, promovendo um senso de pertencimento e reivindicando um cuidado mais integral. Por fim, a dissertação analisa as implicações da MRKH na construção das identidades de gênero, explorando como as categorias êmicas “mulher incompleta” e “bicho raro” refletem construções sociais sobre normatividades corporais e gênero. A partir das contribuições dos feminismos interseccionais e dos estudos crip e das deficiências, argumenta-se que as diferenças não devem ser tratadas apenas como desvios patológicos ou classificadas hierarquicamente, mas compreendidas como experiências que desafiam e ampliam os entendimentos sobre feminilidade e corporeidade. Assim, a pesquisa busca contribuir para um debate crítico sobre os impactos das normatividades biomédicas, propondo reflexões sobre a necessidade de práticas de cuidado mais humanizadas e alinhadas às experiências das mulheres com MRKH.
Abstract: Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser (MRKH) syndrome is a rare congenital condition characterized by the partial or complete absence of the uterus and the upper third of the vagina. This dissertation investigates the therapeutic itineraries and experiences of women with MRKH, analyzing the impacts of diagnosis, proposed therapeutic approaches, and the processes of resignification of the condition. To this end, an interdisciplinary approach is adopted, combining medical anthropology, gender studies, and intersectional feminist theories. The research, conducted through semi-structured interviews with 13 women from different countries diagnosed with the syndrome, is based on the analysis of their narratives, considering how the communication of the diagnosis and the management of treatments reflect biomedical and sexual normativities. The study problematizes the centrality of vaginal reconstruction as the standard treatment and the neglect of the emotional and psychosocial impacts of the syndrome. Furthermore, it highlights the role of support networks and MRKH women's associations, which enable alternative forms of understanding and resignification of the condition, fostering a sense of belonging and advocating for more comprehensive care. Finally, the dissertation examines the implications of MRKH in the construction of gender identities, exploring how the emic categories “incomplete woman” and “rare creature” reflect social constructions of bodily and gender normativities. Drawing on the contributions of intersectional feminisms, crip studies, and disability studies, it is argued that differences should not be treated solely as pathological deviations or hierarchically classified. Instead, they should be understood as experiences that challenge and expand understandings of femininity and corporeality. Thus, this research aims to contribute to a critical debate on the impacts of biomedical normativities, proposing reflections on the need for more humanized care practices aligned with the experiences of women with MRKH.
Unidade Acadêmica: Instituto de Ciências Sociais (ICS)
Departamento de Antropologia (ICS DAN)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, 2025.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social
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