Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Fleischer, Soraya Resende | pt_BR |
dc.contributor.author | Cavalcanti, Clarissa Lemos | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2025-10-15T20:59:33Z | - |
dc.date.available | 2025-10-15T20:59:33Z | - |
dc.date.issued | 2025-10-15 | - |
dc.date.submitted | 2025-04-11 | - |
dc.identifier.citation | CAVALCANTI, Clarissa Lemos. "Yo me sentía un bicho raro" ; vivências e trajetórias de mulheres com a Síndrome de Mayer-Rokitansky- Kuster-Hauser. 2025. 140 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio.unb.br/handle/10482/52737 | - |
dc.description | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, 2025. | pt_BR |
dc.description.abstract | A síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser (MRKH) é uma condição congênita rara,
caracterizada pela ausência parcial ou completa do útero e do terço superior da vagina. Esta
dissertação investiga os itinerários terapêuticos e as experiências de mulheres com MRKH,
analisando os impactos do diagnóstico, as abordagens terapêuticas propostas e os processos de
significação da condição. Para tanto, adota-se uma abordagem interdisciplinar que combina
antropologia da saúde, estudos de gênero e teorias feministas interseccionais. A pesquisa,
realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com 13 mulheres de diferentes países
diagnosticadas com a síndrome, baseia-se na análise de suas narrativas, considerando como a
comunicação do diagnóstico e a condução dos tratamentos refletem normatividades biomédicas
e sexuais. O estudo problematiza a centralidade da reconstrução vaginal como tratamento
padrão e a negligência dos impactos emocionais e psicossociais da síndrome. Além disso,
destaca-se o papel das redes de apoio e das associações de mulheres com MRKH, que
possibilitam formas alternativas de compreensão e ressignificação da condição, promovendo
um senso de pertencimento e reivindicando um cuidado mais integral. Por fim, a dissertação
analisa as implicações da MRKH na construção das identidades de gênero, explorando como
as categorias êmicas “mulher incompleta” e “bicho raro” refletem construções sociais sobre
normatividades corporais e gênero. A partir das contribuições dos feminismos interseccionais
e dos estudos crip e das deficiências, argumenta-se que as diferenças não devem ser tratadas
apenas como desvios patológicos ou classificadas hierarquicamente, mas compreendidas como
experiências que desafiam e ampliam os entendimentos sobre feminilidade e corporeidade.
Assim, a pesquisa busca contribuir para um debate crítico sobre os impactos das normatividades
biomédicas, propondo reflexões sobre a necessidade de práticas de cuidado mais humanizadas
e alinhadas às experiências das mulheres com MRKH. | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | "Yo me sentía un bicho raro" ; vivências e trajetórias de mulheres com a Síndrome de Mayer-Rokitansky- Kuster-Hauser | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Doenças raras | pt_BR |
dc.subject.keyword | Saúde sexual | pt_BR |
dc.subject.keyword | Saúde reprodutiva | pt_BR |
dc.subject.keyword | Antropologia da saúde | pt_BR |
dc.subject.keyword | Síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser (MRKH) syndrome is a rare congenital condition
characterized by the partial or complete absence of the uterus and the upper third of the vagina.
This dissertation investigates the therapeutic itineraries and experiences of women with MRKH,
analyzing the impacts of diagnosis, proposed therapeutic approaches, and the processes of
resignification of the condition. To this end, an interdisciplinary approach is adopted,
combining medical anthropology, gender studies, and intersectional feminist theories. The
research, conducted through semi-structured interviews with 13 women from different
countries diagnosed with the syndrome, is based on the analysis of their narratives, considering
how the communication of the diagnosis and the management of treatments reflect biomedical
and sexual normativities. The study problematizes the centrality of vaginal reconstruction as
the standard treatment and the neglect of the emotional and psychosocial impacts of the
syndrome. Furthermore, it highlights the role of support networks and MRKH women's
associations, which enable alternative forms of understanding and resignification of the
condition, fostering a sense of belonging and advocating for more comprehensive care. Finally,
the dissertation examines the implications of MRKH in the construction of gender identities,
exploring how the emic categories “incomplete woman” and “rare creature” reflect social
constructions of bodily and gender normativities. Drawing on the contributions of intersectional
feminisms, crip studies, and disability studies, it is argued that differences should not be treated
solely as pathological deviations or hierarchically classified. Instead, they should be understood
as experiences that challenge and expand understandings of femininity and corporeality. Thus,
this research aims to contribute to a critical debate on the impacts of biomedical normativities,
proposing reflections on the need for more humanized care practices aligned with the
experiences of women with MRKH. | pt_BR |
dc.description.unidade | Instituto de Ciências Sociais (ICS) | pt_BR |
dc.description.unidade | Departamento de Antropologia (ICS DAN) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
|