http://repositorio.unb.br/handle/10482/52587
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
2025_MicheleAndrezaLopesCastroDaCosta_DISSERT.pdf | 1,05 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | O direito que nasce no sol : mobilização do Movimento das Trabalhadoras e dos Trabalhadores por Direitos, no Sol Nascente/DF, à luz do direito achado na rua |
Autor(es): | Costa, Michele Andreza Lopes Castro da |
Orientador(es): | Escrivão Filho, Antônio Sérgio |
Assunto: | Direito Achado na Rua Movimentos sociais - Brasil Práxis Sol Nascente e Pôr do Sol (DF) |
Data de publicação: | 9-Out-2025 |
Data de defesa: | 22-Mai-2025 |
Referência: | COSTA, Michele Andreza Lopes Castro da. O direito que nasce no sol: mobilização do Movimento das Trabalhadoras e dos Trabalhadores por Direitos, no Sol Nascente/DF, à luz do direito achado na rua. 2025. 173 f. Dissertação (Mestrado em Direito) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025. |
Resumo: | A presente dissertação investiga como o Movimento das Trabalhadoras e dos Trabalhadores por Direitos (MTD) mobiliza e adapta suas estratégias de luta no território do Sol Nascente, no Distrito Federal, e de que modo essas práticas contribuem para a construção e a defesa de direitos em contextos marcados por exclusão urbana e desigualdades estruturais. A pesquisa parte do referencial crítico do Direito Achado na Rua, articulando-o à dialética do concreto de Karel Kosík, à pedagogia freireana e às teorias dos movimentos sociais, com o objetivo de compreender o direito como prática social insurgente, forjada nas experiências coletivas das periferias urbanas. Para compreender essa atuação insurgente, o trabalho parte de uma análise do território do Sol Nascente, cujas contradições evidenciam as formas de segregação espacial, precariedade urbana e violência estrutural que marcam a vida nas margens do Distrito Federal. O território, embora marcado por desigualdades históricas, revela uma práxis cotidiana de resistência, na qual moradores constroem formas coletivas de enfrentamento à exclusão. A partir da observação direta, das entrevistas e da análise documental, foram identificadas iniciativas como mutirões, redes de solidariedade, bioconstruções e mobilizações populares que reconfiguram o sentido de pertencimento e o próprio exercício do direito à cidade. O campo empírico concentrou-se no Trecho III do Sol Nascente, uma das maiores favelas da América Latina, onde o MTD atua por meio de cozinhas comunitárias, atividades culturais, oficinas e formações políticas. Nessas experiências, o movimento atualiza repertórios históricos de luta popular, disputando sentidos de justiça e construindo vínculos comunitários. As práticas do MTD revelam um processo de reinvenção cotidiana do direito, ancorado no pertencimento, na solidariedade e na autogestão, no qual o direito não apenas é reivindicado, mas produzido como prática viva, coletiva e insurgente. |
Abstract: | This dissertation investigates how the Movimento das Trabalhadoras e dos Trabalhadores por Direitos (MTD) mobilizes and adapts its strategies of struggle in the territory of Sol Nascente, in the Federal District of Brazil, and how these practices contribute to the construction and defense of rights in contexts marked by urban exclusion and structural inequalities. The research is grounded in the critical framework of Direito Achado na Rua (Law Found on the Street), articulating it with Karel Kosík’s dialectics of the concrete, Freirean pedagogy, and social movement theories, aiming to understand law as an insurgent social practice forged in the collective experiences of urban peripheries. To grasp this insurgent praxis, the study begins with an analysis of the Sol Nascente territory, whose contradictions expose forms of spatial segregation, urban precariousness, and structural violence that shape life on the margins of the Federal District. Despite being marked by historical inequalities, the territory reveals a daily praxis of resistance, in which residents collectively build ways to confront exclusion. Through direct observation, interviews, and document analysis, the research identified initiatives such as community efforts (mutirões), solidarity networks, bioconstruction practices, and grassroots mobilizations that reconfigure the sense of belonging and the very exercise of the right to the city. The empirical fieldwork was conducted in Trecho III of Sol Nascente, one of the largest favelas in Latin America, where the MTD operates through community kitchens, cultural activities, workshops, and political education. These experiences update historical repertoires of popular struggle, disputing meanings of justice and building community bonds. The practices of the MTD reveal a continuous reinvention of law, grounded in belonging, solidarity, and self-management, in which law is not only claimed but produced as a living, collective, and insurgent practice. |
Unidade Acadêmica: | Faculdade de Direito (FD) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, Programa de Pós-Graduação em Direito, 2025. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Direito |
Licença: | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.