http://repositorio.unb.br/handle/10482/9148
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Title: | Polimetilmetacrilato no tratamento da lipoatrofia facial associada ao HIV/AIDS : impacto na contagem de CD4 e na qualidade de vida |
Authors: | Soares, Flávia Machado Gonçalves |
Orientador(es):: | Costa, Izelda Maria Carvalho |
Assunto:: | Infecções por HIV Face - cirurgia |
Issue Date: | 2-Aug-2011 |
Data de defesa:: | 19-Jan-2011 |
Citation: | SOARES, Flávia Machado Gonçalves. Polimetilmetacrilato no tratamento da lipoatrofia facial associada ao HIV/AIDS: impacto na contagem de CD4 e na qualidade de vida. 2011. 105 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)-Universidade de Brasília, Brasília, 2011. |
Abstract: | INTRODUÇÃO: Os anti-retrovirais mudaram a morbimortalidade associada à infecção pelo HIV/AIDS, mas trouxeram efeitos adversos preocupantes. A Síndrome Lipodistrófica Associada ao HIV/AIDS tem origem multifatorial, mas está fortemente associada ao uso dos anti-retrovirais. Compreende alterações na distribuição da gordura corporal, acompanhada ou não de alterações metabólicas. A perda da gordura da face, chamada lipoatrofia facial, é dos sinais mais estigmatizantes da síndrome. OBJETIVOS: Avaliar o tratamento da lipoatrofia facial associada ao HIV/AIDS com implante de polimetilmetacrilato. MÉTODOS: Estudo prospectivo com 44 pacientes de ambos os sexos, maiores de 18 anos, portadores de lipoatrofia facial clinicamente detectável e sem tratamento prévio, atendidos de julho/2009 a dezembro/2010. Foi realizado implante subcutâneo ou supraperiostal de polimetilmetacrilato para preenchimento das áreas atróficas. RESULTADOS: Dos 44 pacientes, 72,72% eram do sexo masculino e 27,27% do feminino, e idade média de 44,38 anos. Antes do tratamento, 82% dos pacientes apresentavam carga viral indetectável, que aumentou para 88,6% após o tratamento, mas sem significância estatística. A contagem de CD4+ antes do implante variou de 209 a 1293, com média de 493,97. Após o tratamento, essa média aumentou significativamente para 548,61. A renda familiar média antes e depois do tratamento não variou significativamente, bem como o percentual de pacientes empregados. Os pacientes satisfeitos ou muito satisfeitos com sua autoimagem aumentaram significativamente após o tratamento, de 5% para 93%. Em escala de 0 a 10, a média de satisfação com a imagem subiu de 4,54 para 8,96. A lipoatrofia era impactante para 93% dos pacientes antes do tratamento e para 2% após. Cerca de 38% dos pacientes apresentavam comorbidades e utilizavam outras medicações além dos antiretrovirais. O índice de lipoatrofia facial médio foi de 9,25, variando de 1,6 a 19,2. O acometimento malar foi o mais frequente, presente em 100% dos pacientes. O volume médio total de polimetilmetacrilato implantado foi de 16,71 ml, variando de 4 a 40 ml, com intervalo médio entre as sessões de 1,6 meses. O número médio de sessões foi 2,4, variando de 1 a 5. Todos os pacientes ficaram satisfeitos ou muito satisfeitos com o tratamento. A qualidade de vida global não melhorou significativamente, mas os setores avaliados referentes à satisfação com a vida e preocupação com o sigilo sim. Em escala de 0 a 10, a média de satisfação com os resultados foi 9,33, e a média para o desconforto do tratamento 5,09. A dor foi a principal dificuldade encontrada, citada por 43% dos pacientes. Para 93% dos pacientes, o tratamento foi impactante ou muito impactante, sendo a relação com os amigos o setor mais beneficiado. Apenas 2 pacientes (4,54%) apresentaram efeitos adversos relacionados ao tratamento, referentes a quadro de herpes zoster e herpes simples após o procedimento, ambos com boa evolução. CONCLUSÃO: O tratamento da lipoatrofia facial com implante de polimetilmetacrilato mostrou-se terapêutica segura com altos índices de satisfação e baixa incidência de efeitos adversos. A qualidade de vida melhorou em alguns setores avaliados. O aumento estatisticamente significativo da contagem de CD4 mostrou impacto do tratamento sobre a progressão da doença. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT NTRODUCTION: Antiretroviral therapy has changed the morbymortaliity associated with HIV infection/AIDS, but brought troubling adverse effects. Lipodystrophy Syndrome in HIV / AIDS is multifactorial in origin but it’s strongly associated with the use of antiretrovirals. It includes changes in body fat distribution, with or without metabolic changes. The loss of facial fat, called facial lipoatrophy, is the most stigmatizing syndrome sign. OBJECTIVES: To evaluate HIV/AIDS associated facial lipoatrophy treatment with implantation of polymethylmethacrylate. METHODS: A prospective study with 44 patients including mails and females, over 18 years, suffering from facial lipoatrophy clinically detectable naïve treated between 2009 July to 2010 December. They underwent sessions of subcutaneous or supraperiostal implant of polymethylmethacrylate to fill the atrophic areas. RESULTS: There were 72.72% male and 27.27% female, mean age of 44.38 years. Before treatment, 82% of patients had undetectable viral load, which increased to 88.6% after treatment, but without statistical significance. The CD4 count before implantation ranged from 209 to 1293, averaging 493.97. After treatment, the average increased significantly to 548.61. The average household income before and after treatment did not vary significantly, and the percentage of patients employed didn’t either. The percentage of patients satisfied or very satisfied with their selfimage increased significantly after treatment, from 5% to 93%. On a scale of 0 to 10, the average score for self-image satisfaction has increased from 4.54 to 8.96. Facial lipoatrophy impact on patients' lives was present in 93% before treatment and after on 2%. About 38% of patients had comorbidities and used other medications in addition to the antiretroviral therapy. The facial lipoatrophy score average was 9.25, ranging from 1.6 to 19.2 and 45.46% of patients showed score between 6 and 10, considered moderate lipodystrophy. Malar involvement was the most frequent, present in 100% of patients. The total average volume of polymethylmethacrylate implanted per patient was 16.71 ml, ranging from 4 to 40 ml, mean interval between sessions of 1.6 months. The average number of sessions was 2.4, ranging from 1 to 5. All patients were satisfied or very satisfied with treatment. The overall quality of life showed no significant change, but the life satisfaction and concerns about the confidentiality was significant improvement. On a scale of 0 to 10, the average score of satisfaction was 9.33 and the average score for the discomfort of treatment was 5.09. Pain was the main difficulty related to treatment, mentioned by 43% of patients. For 93% of patients, treatment was impactful or very impactful, and the friends’ relationship benefited most. Only 2 patients had adverse effects, referring to herpes zoster and herpes simplex after the treatment, both with good outcome. CONCLUSION: The treatment of facial lipoatrophy with polymethylmethacrylate implant proved to be a safe therapy with high satisfaction and low incidence of adverse effects. The quality of life improved in some areas evaluated. The statistically significant increase in CD4 count after treatment showed the impact of treatment on disease progression. |
metadata.dc.description.unidade: | Faculdade de Ciências da Saúde (FS) |
Description: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, 2011. Texto parcialmente liberado pela autora. Conteúdo restrito: Fotos dos pacientes. |
metadata.dc.description.ppg: | Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde |
Appears in Collections: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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