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GabrielaGuentherRibeiroNovanta_TESE.pdf | 11,1 MB | Adobe PDF | Voir/Ouvrir |
Titre: | Efeito otoprotetor da melatonina e do resveratrol na perda auditiva induzida por ruído : um estudo experimental. |
Auteur(s): | Novanta, Gabriela Guenther Ribeiro |
Orientador(es):: | Sampaio, André Luiz Lopes |
Assunto:: | Perda auditiva Melatonina Resveratrol Ruído Ratos wistar |
Date de publication: | 20-fév-2025 |
Data de defesa:: | 12-déc-2024 |
Référence bibliographique: | NOVANTA, Gabriela Guenther Ribeiro. Efeito Otoprotetor da Melatonina e do Resveratrol na Perda Auditiva Induzida por Ruído - Um Estudo Experimental. 2024. 109 f. Tese (Doutorado em Ciências Médicas) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024. |
Résumé: | Introdução: O ruído é o agente físico ambiental mais prevalente e, quando em níveis elevados, pode causar danos auditivos temporários ou permanentes. As principais consequências da exposição ao ruído na cóclea estão relacionadas à liberação de grandes quantidades de glutamato, alteração nas sinapses das células ciliadas com os neurônios e o aumento dos radicais livres, especialmente as espécies reativas de oxigênio. Originada da serotonina, a melatonina é descrita como um antioxidante intrínseco altamente eficaz na eliminação de radicais tóxicos e na redução do estresse oxidativo. O resveratrol, um composto polifenólico natural, tem sido estudado devido às suas diversas propriedades biológicas, incluindo efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios, anti-agregantes, anti-aterogênicos, além de seu papel na quimioprevenção, imunomodulação e ação antienvelhecimento. Objetivo: Avaliar o efeito da melatonina e do resveratrol na prevenção de alterações das estruturas da orelha interna em ratos wistar expostos a elevados níveis de pressão sonora. Métodos: Estudo experimental com 45 ratos machos da linhagem wistar. Os animais foram divididos em quatro grupos experimentais, com 10 animais no grupo melatonina, 10 animais no grupo resveratrol, 13 animais no grupo veículo e 12 animais no grupo controle. Os três primeiros grupos foram expostos ao ruído do tipo white noise, centrado na frequência de 4 kHz, na intensidade de 100 dB por 8 horas diárias durante 10 dias. Os animais destes grupos receberam via intraperitonial 10mg/kg/dia dos fármacos melatonina e resveratrol e o grupo veículo recebeu soro com álcool e DMSO. O grupo controle não foi exposto ao ruído e recebeu os fármacos e as soluções soro com álcool e DMSO. A avaliação auditiva foi realizada por meio de emissões otoacústicas evocadas por produto de distorção nas frequências de 3 a 12 kHz, potenciais evocados auditivos de tronco encefálico com os estímulos clique e tone burst em 8 kHz, além da análise histológica das estruturas cocleares, dentre elas o gânglio espiral, limbo, ligamento espiral e estria vascular. Para comparações entre dois grupos com distribuição normal, foi usado o Teste t para os dados paramétricos ou Mann-Whitney para os dados não paramétricos. Para a análise histológica, foi utilizado o teste ANOVA. O nível de significância estabelecido foi em p<0,05. Resultados: Todos os grupos expostos ao ruído apresentaram diferença estatística nas emissões otoacústicas na amplitude e na relação sinalruído na comparação aos grupos controle nos dias 15 (após a exposição) e 30 (após 15 dias de recuperação), com pior desempenho observado no grupo veículo. Nos grupos expostos ao ruído, foi observada diferença estatística na comparação dos grupos veículo e melatonina e ruído e resveratrol, na avaliação no D30. Na análise dos limiares auditivos utilizando o estímulo clique, foi observado diferença estatística na análise do D15 dentre os grupos expostos ao ruído e o grupo controle. Na análise do D30, os grupos melatonina e resveratrol apresentaram melhora estatística e não foi mais observada diferença na comparação com o grupo controle. O mesmo efeito foi observado na análise do D15 para o estímulo tone burst, porém apenas o grupo melatonina apresentou recuperação expressiva dos limiares. Na análise histológica, foi observado no D15 piora na densidade celular em todos os grupos expostos ao ruído na contagem dos neurônios do gânglio espiral. Entretanto, na análise do D30, os grupos tratados com resveratrol e melatonina apresentaram recuperação significativa e não mantiveram diferença estatística na comparação com o grupo controle. Conclusão: A melatonina e o resveratrol demonstraram propriedades otoprotetoras significativas em ratos wistar expostos a níveis elevados de pressão sonora. |
Abstract: | Introduction: Noise is the most prevalent environmental physical agent and, at high levels, can cause temporary or permanent hearing damage. The main consequences of noise exposure in the cochlea are related to the release of large amounts of glutamate, changes in the synapses between hair cells and neurons, and the increase in free radicals, particularly reactive oxygen species. Derived from serotonin, melatonin is described as a highly effective intrinsic antioxidant in eliminating toxic radicals and reducing oxidative stress. Resveratrol, a natural polyphenolic compound, has been studied for its diverse biological properties, including antioxidant, anti-inflammatory, anti-aggregating, anti-atherogenic effects, as well as its role in chemoprevention, immunomodulation, and anti-aging action. Objective: To evaluate the effect of melatonin and resveratrol in preventing alterations in the inner ear structures of Wistar rats exposed to high sound pressure levels. Methods: An experimental study using male Wistar rats. The animals were divided into experimental groups: melatonin, resveratrol, vehicle, and control. The first three groups were exposed to continuous noise at 100 dB for 8 hours daily over 10 days, and the animals received 10 mg/kg/day of melatonin and resveratrol intraperitoneally for 14 days. The vehicle group was subdivided into saline, alcohol, and DMSO. Auditory evaluation was conducted through distortion product otoacoustic emissions at frequencies ranging from 3 to 12 kHz, brainstem auditory evoked potentials with click and pure tone stimuli at 8 kHz, and histological analysis of cochlear structures, including the spiral ganglion, limbus, spiral ligament, and stria vascularis. For comparisons between two groups with normal distribution, the t-test was used for parametric data or Mann-Whitney for non-parametric data. ANOVA was used for histological analysis. The significance level was set at p<0.05. Results: All groups exposed to noise showed statistical differences in otoacoustic emissions compared to control groups on days 15 (after exposure) and 30 (after 15 days of recovery), with the vehicle group showing the worst performance. Among the noise-exposed groups, significant statistical differences were found between the vehicle and melatonin groups, as well as between the vehicle and resveratrol groups, in the evaluation on day 30. In the analysis of auditory thresholds using click stimuli and counting neurons in the spiral ganglion, it was observed that the groups treated with resveratrol and melatonin recovered their baseline auditory thresholds by the end of the experiment. Conclusion: Melatonin and resveratrol demonstrated significant otoprotective properties in Wistar rats exposed to high sound pressure levels. |
metadata.dc.description.unidade: | Faculdade de Medicina (FM) |
metadata.dc.description.ppg: | Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
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Collection(s) : | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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