http://repositorio.unb.br/handle/10482/51360
Arquivo | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|
MarianaMesquitaDeOliveiraLima_DISSERT.pdf | 8,23 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Crenças, sentimentos e atitudes parentais frente a vacinação infantil e suas implicações |
Outros títulos: | Parental beliefs, feelings and attitudes towards childhood vaccination Creencias, sentimientos y actitudes de los padres hacia la vacunación |
Autor(es): | Lima, Mariana Mesquita de Oliveira |
Orientador(es): | Silveira, Aline Oliveira |
Assunto: | Vacinação infantil Programas de imunização Hesitação vacinal Pré-escolares |
Data de publicação: | 15-Jan-2025 |
Data de defesa: | 21-Out-2024 |
Referência: | LIMA, Mariana Mesquita de Oliveira. Crenças, sentimentos e atitudes parentais frente a vacinação infantil e suas implicações. 2024. 126 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024. |
Resumo: | Introdução: A vacinação é considerada como uma das conquistas mais importantes da saúde pública. No entanto, este sucesso sempre foi desafiado por indivíduos e grupos que a questionam ou a recusam, ameaçando a saúde coletiva ao abrir brechas para surtos de doenças potencialmente graves. As razões que motivam este fenômeno são complexas, por abranger aspectos culturais, sociais e econômicos, e variam com o tempo, espaço e tipo de vacina. Objetivo: Descrever as crenças, sentimentos e atitudes parentais relacionados à vacinação infantil na estratégia “rotina”, identificando as influências na tomada de decisão e situação vacinal da criança. Método: Estudo qualitativo, com adoção da perspectiva teórica do Modelo Calgary de Avaliação Familiar e método de Análise de Conteúdo Temática. A coleta de dados ocorreu por meio da observação participante, da construção de genogramas e de entrevista aberta semiestruturada, áudio-gravada. Os participantes do estudo foram pais de crianças menores de 5 anos de idade subdivididos em dois grupos: “vacinadores”, captados no estabelecimento de saúde selecionado; e “faltosos”, selecionados a partir da triagem qualificada das listas de crianças que estavam em atraso vacinal (no mínimo, 30 dias), a partir dos sistemas de informação do Programa Nacional de Imunizações (E-SUS AB e SIPNI-WEB). Resultados: Participaram deste estudo 20 pais. O grupo “vacinadores” contou com 11 responsáveis, sendo 7 mães e 4 pais. Já no outro grupo, foram entrevistados 9 responsáveis, sendo 6 mães e 3 pais, totalizando 14 entrevistas. Dessas, 6 foram realizadas com o casal e 8 apenas com um dos pais. Foram identificadas três categorias temáticas: crenças parentais relacionadas a vacinação infantil (subcategorias: crenças sobre as vacinas e sobre o processo de vacinação infantil; crenças sobre as funções e deveres parentais); comportamentos parentais (subcategorias: busca por informações sobre vacinação infantil; cuidados parentais para minimizar a dor e desconforto da criança; suporte à criança para o enfrentamento do medo); e sentimentos relacionados à vacinação infantil e ao atraso vacinal. Os resultados do estudo evidenciaram que os pais acreditam nos benefícios da vacinação infantil. No entanto, as experiências anteriores negativas, sejam relacionadas ao processo de vacinação ou à relação com o profissional de saúde (como a falta de acolhimento e informações ou orientações equivocadas) podem contribuir para um conjunto de percepções negativas e repercutir nas atitudes parentais de vacinar ou não seus filhos. Considerações finais: O estudo evidenciou que os pais possuem crenças que podem tanto promover quanto restringir as suas atitudes frente ao processo de vacinação infantil. As crenças são predominantemente moldadas pelas experiências prévias, sejam pessoais ou na relação com o profissional de saúde. Os sentimentos frente à vacinação relacionam-se com as crenças parentais e influenciam a forma como a prática será realizada. Neste contexto, ressalta-se a importância do profissional de saúde, em especial do enfermeiro, como agente capaz de promover uma interação dialógica, que considere as experiências e as crenças parentais, propondo ajustes comportamentais em direção à mudança de hábitos que trazem risco à saúde individual e familiar. |
Abstract: | Introduction: Vaccination is considered one of the most important achievements in public health. However, this success has always been challenged by individuals and groups who question or refuse it, threatening public health by opening the door to outbreaks of potentially serious diseases. The reasons that motivate this phenomenon are complex, as they encompass cultural, social and economic aspects, and vary with time, space and type of vaccine. Objective: To describe parental beliefs, feelings and attitudes related to childhood vaccination in the “routine” strategy, identifying the influences on decision-making and the child’s vaccination status. Method: Qualitative study, adopting the theoretical perspective of the Calgary Family Assessment Model and the Thematic Content Analysis method. Data collection was carried out through participant observation, the construction of genograms and open semi-structured, audio-recorded interviews. The study participants were parents of children under 5 years of age subdivided into two groups: “vaccinators”, recruited at the selected health facility; and “absentees”, selected from qualified screening of lists of children who were late in their vaccinations (at least 30 days), from the information systems of the National Immunization Program (E-SUS AB and SIPNI-WEB). Results: Twenty parents participated in this study. The “vaccinators” group had 11 guardians, 7 mothers and 4 fathers. In the other group, 9 guardians were interviewed, 6 mothers and 3 fathers, totaling 14 interviews. Of these, 6 were conducted with the couple and 8 with justo ne of the parents. Three thematic categories were identified: parental beliefs related to childhood vaccination (subcategories: beliefs about vaccines and the childhood vaccination process; beliefs about parental roles and duties); parental behaviors (subcategories: seeking information about childhood vaccination; parental care to minimize the child's pain and discomfort; supporting the child to cope with fear); and feelings related to childhood vaccination and vaccination delay. The results of the study showed that parents believe in the benefits of childhood vaccination. However, previous negative experiences, either related to the vaccination process or the relationship with the health professional (such as lack of support and misleading information or guidance) can contribute to a set of negative perceptions and have repercussions on parental attitudes regarding whether or not to vaccinate their children. Final considerations: The study showed that parents have beliefs that can both promote and restrict their attitudes towards the childhood vaccination process. Beliefs are predominantly shaped by previous experiences, whether personal or in the relationship with the health professional. Feelings regarding vaccination are related to parental beliefs and influence the way in which the practice will be carried out. In this context, the importance of the health professional, especially the nurse, is highlighted as an agent capable of promoting a dialogical interaction that considers parental experiences and beliefs, proposing behavioral adjustments towards changing habits that pose a risk to individual and family health. |
Resumen: | Introducción: La vacunación es considerada uno de los logros más importantes en salud pública. Sin embargo, este éxito siempre ha sido cuestionado por individuos y grupos que lo cuestionan o rechazan, amenazando la salud colectiva al abrir brechas para brotes de enfermedades potencialmente graves. Las razones detrás de este fenómeno son complejas, ya que abarcan aspectos culturales, sociales y económicos, y varían según el tiempo, el espacio y el tipo de vacuna. Objetivo: Describir las creencias, sentimientos y actitudes de los padres relacionados con la vacunación infantil en la estrategia “de rutina”, identificando las influencias en la toma de decisiones y el estado de vacunación del niño. Método: Estudio cualitativo, adoptando la perspectiva teórica del Modelo de Evaluación Familiar de Calgary y el método de Análisis de Contenido Temático. La recolección de datos se produjo a través de la observación participante, la construcción de genogramas y entrevistas abiertas semiestructuradas grabadas en audio. Los participantes del estudio fueron padres de niños menores de 5 años, subdivididos en dos grupos: “vacunadores”, reclutados en el establecimiento de salud seleccionado; y “ausentes”, seleccionados a partir del cribado cualificado de listas de niños que llegaron tarde a las vacunas (al menos 30 días), de los sistemas de información del Programa Nacional de Inmunizaciones (E-SUS AB y SIPNI-WEB). Resultados: 20 padres participaron en este estudio. El grupo de “vacunadores” contaba con 11 tutores, 7 madres y 4 padres. En el otro grupo se entrevistaron 9 tutores, 6 madres y 3 padres, totalizando 14 entrevistas. De ellos, 6 se realizaron con la pareja y 8 con uno solo de los padres. Se identificaron tres categorías temáticas: creencias de los padres relacionadas con la vacunación infantil (subcategorías: creencias sobre las vacunas y el proceso de vacunación infantil; creencias sobre las funciones y deberes de los padres); comportamientos de los padres (subcategorías: búsqueda de información sobre vacunas infantiles; cuidado de los padres para minimizar el dolor y el malestar del niño; apoyo a los niños para afrontar el miedo); y sentimientos relacionados con la vacunación infantil y el retraso en la vacunación. Los resultados del estudio mostraron que los padres creen en los beneficios de la vacunación infantil. Sin embargo, las experiencias negativas previas, ya sean relacionadas con el proceso de vacunación o con la relación con el profesional de la salud (como la falta de recepción e información u orientación engañosa) pueden contribuir a un conjunto de percepciones negativas y tener un impacto en las actitudes de los padres hacia vacunar o no. tus hijos. Consideraciones finales: El estudio demostró que los padres tienen creencias que pueden tanto promover como restringir sus actitudes hacia el proceso de vacunación infantil. Las creencias están predominantemente moldeadas por experiencias previas, ya sean personales o en la relación con el profesional de la salud. Los sentimientos respecto a la vacunación están relacionados con las creencias de los padres e influyen en la forma en que se realizará la práctica. En este contexto, se destaca la importancia del profesional de la salud, especialmente el enfermero, como agente capaz de promover una interacción dialógica, que considere las experiencias y creencias de los padres, proponiendo ajustes comportamentales para cambiar hábitos que representan riesgo para la salud individual y familiar. |
Unidade Acadêmica: | Faculdade de Ciências da Saúde (FS) Departamento de Enfermagem (FS ENF) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, 2024. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Licença: | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.