http://repositorio.unb.br/handle/10482/50855
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2024_AlanaAlmeidaFelix_DISSERT.pdf | 1,06 MB | Adobe PDF | Voir/Ouvrir |
Titre: | Efeito dos inibidores do co-transportador de sódio-glicose do tipo 2 sobre a diferenciação adipocitária de células do estroma vascular do tecido adiposo humano |
Auteur(s): | Felix, Alana Almeida |
Orientador(es):: | Amato, Angélica Amorim |
Assunto:: | Inibidores do Transportador 2 de Sódio-Glicose Tecido adiposo Diabetes - tratamento |
Date de publication: | 12-nov-2024 |
Data de defesa:: | 23-jui-2024 |
Référence bibliographique: | FELIX, Alana Almeida. Efeito dos inibidores do co-transportador de sódio-glicose do tipo 2 sobre a diferenciação adipocitária de células do estroma vascular do tecido adiposo humano. 2024. 50 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024. |
Résumé: | Os inibidores do co-transportador de sódio e glicose tipo 2 (SGLT-2) são medicamentos utilizados no tratamento da hiperglicemia no diabetes mellitus tipo 2, reduzindo a glicemia por meio da inibição da reabsorção renal de glicose e consequente aumento da sua excreção urinária. Estudos observacionais indicam que o tratamento com o inibidor do SGLT-2, canagliflozina, está associado à perda de massa óssea e aumento do risco de fraturas. Os mecanismos subjacentes a essa associação ainda não foram totalmente explorados, e não está definido se representam um efeito de classe, uma vez que não foi investigado se outros inibidores do SGLT-2, como dapagliflozina ou empagliflozina, afetam a saúde óssea. Os mecanismos plausíveis para explicar o aumento do risco de fraturas associado ao uso de canagliflozina incluem efeitos glicosúricos sobre as células tubulares renais, perda de peso, que pode impactar negativamente a massa óssea, e hipotensão ortostática, que aumenta o risco de quedas. Além disso, a ação direta desses fármacos em células extra-renais, como células endoteliais, miócitos e fibroblastos, também é possível, uma vez que estudos em modelos celulares indicam que eles modificam aspectos da fisiologia dessas células, que apresentam baixa expressão do SGLT-2, sugerindo a participação de outros alvos moleculares. Estudos sugerem que os inibidores do SGLT-2 podem influenciar o metabolismo lipídico e a função mitocondrial em fibroblastos e linhagens celulares tumorais. No entanto, o impacto desses fármacos na diferenciação de adipócitos, um processo relacionado ao metabolismo lipídico e à atividade mitocondrial, ainda não foi explorado. Investigar essa associação pode contribuir para uma melhor compreensão do aumento do risco de fraturas nos pacientes em tratamento com os inibidores do SGLT-2, dado os precursores comuns entre adipócitos e osteoblastos e evidências de que fármacos que direcionam a diferenciação preferencial para adipócitos comprometem a massa óssea ao reduzir a diferenciação de osteoblastos. Dessa forma, esse estudo investigou os efeitos dos inibidores do SGLT-2 canagliflozina, dapagliflozina e empagliflozina sobre a diferenciação de células do estroma vascular do tecido adiposo subcutâneo humano em adipócitos. As células foram induzidas a se diferenciar com a mistura isometilbutilxantina, dexametasona e insulina, na presença de veículo (controle negativo), pioglitazona ou rosiglitazona (controles positivos) e os diferentes inibidores do SGLT-2 em concentrações crescentes, durante 14 dias. Depois desse período, foram fixadas ou submetidas ao isolamento de RNA. A diferenciação adipocitária foi avaliada pela determinação do acúmulo lipídico intracelular nas células fixadas, com a coloração por Vermelho do Nilo, ou pela expressão gênica de marcadores adipogênicos (Fabp4, Pparg2 e Fsp27), lipolíticos (Lpl e Pparα) e termogênicos (Ucp1, Ppargc1α e Elovl3), por PCR quantitativa em tempo real. Os resultados indicaram que o tratamento com os inibidores do SGLT-2 não influenciou o acúmulo lipídico intracelular durante a diferenciação adipocitária, tampouco a expressão de genes relacionados à adipogênese, lipólise e termogênese. Esses achados sugerem que as alterações observadas na massa óssea de pacientes em uso desses fármacos podem não ser atribuídas à adipogênese. |
Abstract: | Sodium-glucose co-transporter-2 (SGLT-2) inhibitors are medications used to treat hyperglycemia in type 2 diabetes mellitus, reducing blood glucose by inhibiting renal glucose reabsorption and consequently increasing urinary glucose excretion. Observational studies indicate that treatment with the SGLT-2 inhibitor canagliflozin is associated with increased risk of bone loss and bone fractures. The mechanisms underlying this association have not yet been fully explored, and it is not clear whether they represent a class effect, as it has not been investigated whether other SGLT-2 inhibitors, such as dapagliflozin or empagliflozin, affect bone health. Plausible mechanisms to explain increased risk of fractures associated with the use of canagliflozin include glycosuric effects on renal tubular cells leading to weight loss, which can negatively impact bone mass, and orthostatic hypotension, which increases the risk of falls. Furthermore, direct action of these drugs on some types of extrarenal cells is also possible, given that cell culture studies indicate that they modify several aspects of the physiology of endothelial cells, myocytes and fibroblasts. Notably, SGLT-2 expression in these cell types is possibly low, indicating that other molecular targets for SGLT-2 inhibitors. Studies suggest that SGLT-2 inhibitors can influence lipid metabolism and mitochondrial function in fibroblasts and tumor cell lines. However, the impact of these drugs on adipocyte differentiation, a physiological process closely related to lipid metabolism and mitochondrial activity, has not yet been explored. An investigation of this association could contribute to a better understanding of the increased risk of fractures in association with SGLT-2 inhibitors, given the common precursors between adipocytes and osteoblasts, and previous evidence that drugs that target the precursor for preferential differentiation into adipocytes, compromise bone mass by reducing osteoblast differentiation. Therefore, this study investigated the effects of SGLT-2 inhibitors canagliflozin, dapagliflozin and empagliflozin on the differentiation of stromal vascular cells from human subcutaneous adipose tissue into adipocytes. The cells were induced to differentiate with isomethylbutylxanthine, dexamethasone and insulin, in the presence of vehicle (negative control), pioglitazone or rosiglitazone (positive controls) and different SGLT2 inhibitors in increasing concentrations, for 14 days. After this period, they were fixed or subjected to RNA isolation. Adipocytic differentiation was assessed by determining intracellular lipid accumulation in fixed cells, with Nile Red staining, or by gene expression of adipogenic (Fabp4, Pparg2, and Fsp27), lipolytic (Lpl and Pparα) and thermogenic (Ucp1, Ppargc1α and Elovl3) markers, by real-time quantitative PCR. The results indicated that treatment with SGLT-2 inhibitors does not influence intracellular lipid accumulation during adipocyte differentiation, nor the expression of genes related to adipogenesis, lipolysis, and thermogenesis. These findings suggest that changes observed in the bone mass of patients using these drugs may not be related to adipogenesis. |
metadata.dc.description.unidade: | Faculdade de Ciências da Saúde (FS) Departamento de Farmácia (FS FAR) |
Description: | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, 2024. |
metadata.dc.description.ppg: | Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas |
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Collection(s) : | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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