Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Bessa, Luiz Fernando Macedo | - |
dc.contributor.author | Guimarães, Jacqueline Moreno Gomes | - |
dc.date.accessioned | 2024-11-07T13:47:36Z | - |
dc.date.available | 2024-11-07T13:47:36Z | - |
dc.date.issued | 2024-11-07 | - |
dc.date.submitted | 2024-03-20 | - |
dc.identifier.citation | GUIMARÃES, Jacqueline Moreno Gomes. A participação das organizações da sociedade civil na construção da Carta Brasileira para Cidades Inteligentes. 2024. 178 f., il. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio.unb.br/handle/10482/50793 | - |
dc.description | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Centro de Estudos Avançados e Multidisciplinares, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional, 2024. | pt_BR |
dc.description.abstract | A expansão da agenda das cidades inteligentes no Brasil está imbricada em um ecossistema
complexo e diversificado de atores, permeado por conflitos, disputas e relações de poder
desiguais entre governos, empresas, universidades, organizações sociais e cidadãos. Embora o
conceito de cidades inteligentes seja multifacetado, a versão dominante hoje é pouco crítica:
prioriza as tecnologias e os negócios, como se as soluções tecnológicas pudessem resolver
prontamente os problemas urbanos dos mais de 5 mil municípios brasileiros. Contudo, a
sociedade civil organizada brasileira também está se mobilizando ativamente para alertar
sobre os riscos da dependência das Big Techs e das TICs, oferecendo alternativas para
direcionar o uso das tecnologias ou contestá-las para garantir o desenvolvimento territorial e o
bem-estar dos cidadãos. Nesse sentido, uma das promessas da agenda das cidades inteligentes
está em facilitar a participação de múltiplos atores para o desenvolvimento urbano. No
entanto, persistem dúvidas quanto ao real engajamento social nas cidades inteligentes. Tendo
isso em vista, o objetivo desta pesquisa é analisar a participação das organizações da
sociedade civil na elaboração da Carta Brasileira para Cidades Inteligentes (CBCI),
desenvolvida por meio de uma cooperação técnica entre o governo brasileiro e alemão, num
contexto político de baixa participação social. Lançada em 2020, a CBCI expressa uma
agenda pública, estabelecendo um conceito local e traçando diretrizes para a implementação
de cidades inteligentes no país. Seu processo de elaboração teve início em 2019 e envolveu
representantes de diferentes setores da sociedade. A investigação é ancorada numa abordagem
tecnopolítica e crítica das cidades inteligentes e é guiada pelo método misto a partir da
combinação das técnicas de pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, de estatística
descritiva e de entrevistas com gestores públicos e sociedade civil. Os resultados apontam que
a participação das organizações da sociedade civil é reduzida em comparação com os demais
setores, com predominância de organizações especializadas e de expressivo capital cultural,
em detrimento de movimentos populares, grupos estigmatizados e vozes mais críticas.
Embora o processo tenha sido bem estruturado, facilitando debates e manifestações, os meios
utilizados restringiram o envolvimento a grupos com mais recursos, sem explorar plenamente
o potencial das tecnologias para superar essas barreiras. A participação das OSCs, mesmo que
limitada, leva a uma incorporação de aspectos mais inclusivos pela CBCI, porém sem
fornecer, muitas vezes, diretrizes específicas que possam barrar processos de exclusão,
discriminação e vigilância em massa. Por fim, a participação das OSCs contribui para uma
maior aceitação do conceito, que se reflete na inclusão deste na Política Nacional de
Desenvolvimento Urbano, embora ainda seja um conceito controverso no debate público. | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | A participação das organizações da sociedade civil na construção da Carta Brasileira para Cidades Inteligentes | pt_BR |
dc.title.alternative | The civil society involvement in the Brazilian Charter for Smart Cities | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Cidades inteligentes | pt_BR |
dc.subject.keyword | Participação social | pt_BR |
dc.subject.keyword | Sociedade civil | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | The expansion of the smart cities agenda in Brazil is intertwined in a complex and diversified
ecosystem of actors, permeated by conflicts, disputes and unequal power relations between
governments, companies, universities, social organizations and citizens. Although the concept
of smart cities is multifaceted, the dominant version today is little critical: it prioritizes
technologies and business, as if technological solutions could readily solve the urban
problems of more than 5,000 Brazilian municipalities. However, Brazilian organized civil
society is also actively mobilizing to warn about the risks of dependence on Big Techs and
ICTs, offering alternatives to direct the use of technologies or contesting them to ensure
territorial development and the well-being of citizens. In this sense, one of the promises of the
smart cities agenda is to facilitate the participation of multiple actors for urban development.
However, doubts persist as to the real social engagement in smart cities. In view of this, the
objective of this research is to analyze the participation of civil society organizations in the
preparation of the Brazilian Charter for Smart Cities (CBCI), developed through a technical
cooperation between the Brazilian government and the German government, in a political
context of low social participation. Launched in 2020, CBCI expresses a public agenda,
establishing a local concept and outlining guidelines for the implementation of smart cities in
the country. Its drafting process began in 2019 and involved representatives from different
sectors of society. The research is anchored in a technopolitical and critical approach to smart
cities and is guided by the mixed method from the combination of bibliographic research
techniques, documentary research, descriptive statistics and interviews with public managers
and civil society. The results show that the participation of civil society organizations is
reduced compared to other sectors, with a predominance of specialized organizations with a
significant cultural capital, to the detriment of popular movements, stigmatized groups and
more critical voices. Although the process was well structured, facilitating debates and
demonstrations, the means used restricted the involvement to groups with more resources,
without fully exploiting the potential of technologies to overcome these barriers. The
participation of CSOs, even if limited, leads to an incorporation of more inclusive aspects by
the CBCI, but without providing, often, specific guidelines that can prevent processes of
exclusion, discrimination and mass surveillance. Finally, the participation of CSOs
contributes to a greater acceptance of the concept, which is reflected in its inclusion in the
National Urban Development Policy, although it is still a controversial concept in the public
debate. | pt_BR |
dc.description.unidade | Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (CEAM) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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