Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Biserra, Wiliam Alves | pt_BR |
dc.contributor.author | Lopes, Shirley de Medeiros | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2024-10-14T20:24:53Z | - |
dc.date.available | 2024-10-14T20:24:53Z | - |
dc.date.issued | 2024-10-14 | - |
dc.date.submitted | 2024-06-27 | - |
dc.identifier.citation | LOPES, Shirley de Medeiros. De mãos dadas com Cassandra: uma leitura arquetípica da obra de Christa Wolf. 2024. 98 f. Dissertação (Mestrado em Literatura) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio.unb.br/handle/10482/50592 | - |
dc.description | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Programa de Pós-Graduação em Literatura, 2024. | pt_BR |
dc.description.abstract | A presente pesquisa tem como objetivo apontar a influência arquetípica do mito de
Cassandra na produção da obra Cassandra de Christa Wolf (2007), considerando a
premissa da narrativa mítica como o ponto de convergência comparativa entre a Literatura
e a Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung. Na mitologia grega, Cassandra é a princesa
troiana e sacerdotisa que possui o dom de profetizar. Porém, após negar se entregar aos
desejos do deus Apolo, ele a castiga, desacreditando seu poder oracular. Sua história se
desdobra durante a guerra de Troia, diante das reiteradas tentativas da sacerdotisa em
alertar a todos acerca das terríveis consequências da batalha. Em contrapartida, seus
avisos não são escutados devido a desqualificação de sua voz imposta pelo deus. Uma
vez que estudos destacam os mitos como interlocutores importantes para a subjetividade
humana, as perspectivas simbólica e social podem se retroalimentar de suas metáforas,
perpetuando uma representação danosa para as mulheres. Deste modo, a teoria junguiana
nos servirá de base nos apontamentos sobre a atualidade do mito de Cassandra e seu
reflexo simbólico, buscando responder perguntas como: É possível que metáforas do mito
ainda reverberem na subjetividade da sociedade atual? As mulheres contemporâneas
podem, de alguma forma, identificar-se com essa narrativa? Um mito é capaz de
influenciar práticas sociais vigentes e reforçar estigmas negativos? E isso impactar,
psiquicamente, o indivíduo? Este estudo se desenvolve sob os preceitos da pesquisa
qualitativa. A metodologia adotada será aquela da revisão bibliográfica e do instrumental
dos pressupostos da análise de conteúdo. A abordagem teórica terá como base autores
que apontam o papel do mito no imaginário social – permeando áreas relativas aos estudos
sociais, como Literatura, Antropologia e Religião, e conceitos da Psicologia Analítica.
Para essa análise, vamos percorrer as primeiras manifestações escritas sobre Cassandra
na Antiguidade Grega, com os aportes de autores da Literatura grega nos estilos épico,
lírico e trágico, além de um texto cuja escrita comporta traços helenísticos. Serão eles,
respectivamente: Homero (Ilíada, 2003; A Odisseia, 2020); Íbico e Píndaro (Apud De
Paoli, 2019); Ésquilo (2003), Eurípedes(2001) e Lícofron (2017). O livro de Christa Wolf
(2007), por sua vez, apresenta reflexões profundas em torno do cenário mítico da princesa
troiana e a projeção de sua simbologia no contexto social, sendo a condição da mulher o
foco principal, além de uma novela onde a escritora apresenta a releitura do mito. Assim,
a análise do discurso de Wolf será enriquecida com o auxílio de outros teóricos, como as
autoras que já dissertaram sobre o mito de Cassandra – como Schapira (2018), De Paoli
(2019) e Robles (2006) – e referências bibliográficas que atravessam questões como
gênero e religião. Ao fim do percurso desta dissertação, consideramos que escolher o mito
como fio condutor revelou-se algo extremamente desafiador, não apenas pela capacidade
arquetípica da narrativa mitológica de se desdobrar em infinitas faces, mas também por
ser ela o ponto de conexão entre a Psicologia Analítica e a Literatura, cada uma, por si
só, universos de tamanha complexidade. Nesse sentido, a obra de Wolf (2007) se
configurou como importante ferramenta no direcionamento da pesquisa na medida em
que nos possibilitou verificar também o processo de sua produção, sendo Wolf, ao mesmo
tempo, o sujeito que sofreu a transformação pessoal através do mito e a escritora da
história. | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | De mãos dadas com Cassandra : uma leitura arquetípica da obra de Christa Wolf | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Mitologia | pt_BR |
dc.subject.keyword | Arquétipo | pt_BR |
dc.subject.keyword | Análise literária | pt_BR |
dc.subject.keyword | Feminino | pt_BR |
dc.subject.keyword | Sagrado | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | This research aims to point out the archetypal influence of the Cassandra myth on Christa
Wolf's work Cassandra (2007), considering the mythical narrative as a comparative
convergence point between Carl Gustav Jung's Literature and Analytical Psychology. In
Greek mythology, Cassandra is the Trojan princess and priestess who possessed the gift
of prophecy. However, after refusing to give in to the desires of the god Apollo, he
punishes her by discrediting her oracle power. Her story unfolds during the Trojan War,
among the priestess's repeated attempts to warn everyone about the terrible consequences
of the battle. On the other hand, her warnings are not heard due to the disqualification of
her voice imposed by the god. Since studies highlight myths as crucial components of
human subjectivity, symbolic and social perspectives can feedback from their metaphors,
perpetuating harmful representations for women. Thus, the Jungian theory will serve as
the basis for exploring the contemporary relevance of the Cassandra myth and its
symbolic reflection, addressing questions such as: Is it possible that the myth's metaphors
still resonate in the subjectivity of today's society? Can contemporary women, somehow,
identify with this narrative? Can a myth influence current social practices and reinforce
negative stigmas? Can this impact a person psychologically? This study was developed
using a qualitative research approach.The methodology adopted will be the one of
literature review and the instrumental assumptions of content analysis. The theoretical
framework draws from authors who emphasize the role of myth in the social imaginary,
spanning disciplines of social science such as Literature, Anthropology and Religion, and
concepts of Analytical Psychology. For this analysis, we will go through the first written
manifestations about Cassandra during Greek Antiquity, along with contributions from
authors of Greek Literature in the epic, lyrical and tragic styles, in addition to a text whose
writing contains Hellenistic traits. These authors are, respectively: Homer (Iliad, 2003;
Odyssey, 2020); Ibicus and Pindar (Apud De Paoli, 2019); Aeschylus (2003), Euripides
(2001) and Lycophron (2017). Christa Wolf 's book (2007), on the other hand,enriches
our understanding of the myth's evolution and its implications, by presenting deep
reflections around the mythical scenario of the Trojan princess and the projection of her
symbology in the social context, with the condition of women being the main focus, in
addition to a novel in which the writer presents a reinterpretation of the myth. Thus,the
analysis of Wolf's speech will be enriched with the help of other theorists, such as authors
who have already discussed the myth of Cassandra, like Schapira (2018), De Paoli (2019),
and Robles (2006), along with literature references addressing gender and religion issues.
At the end of this dissertation, we consider that choosing the myth as a guiding thread
proved to be extremely challenging, not only because of the archetypal capacity of the
mythological narrative to unfold into infinite faces, but also because it is the point of
connection between the Analytical Psychology and the Literature, each one, in its own
way, universes of such complexity. In this regard, the work of Wolf (2007) was
configured as an important tool in directing the research as it also allowed us to verify the
process of its production, with Wolf, at the same time, being the person who underwent
personal transformation through the myth and the writer of the story. | pt_BR |
dc.description.unidade | Instituto de Letras (IL) | pt_BR |
dc.description.unidade | Departamento de Teoria Literária e Literaturas (IL TEL) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Literatura | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
|