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Título: Teletrabalho e bem-estar no trabalho : as influências da autonomia e da telepressão
Outros títulos: Teleworking and well-being at work : the influences of autonomy and telepressure
Autor(es): Bertin, Marcela Elisa
Orientador(es): Paschoal, Tatiane
Assunto: Autonomia profissional
Qualidade de vida no trabalho
Teletrabalho
Realização profissional
Data de publicação: 21-Ago-2024
Referência: BERTIN, Marcela Elisa. Teletrabalho e Bem-estar no trabalho: As Influências da Autonomia e da Telepressão. 2024. 87 f. Dissertação (Mestrado em Administração) — Universidade De Brasília, Brasília, 2024.
Resumo: Com o aumento do teletrabalho impulsionado pelas tecnologias de informação e comunicação e pelas crises sanitárias, organizações e pesquisadores buscam entender seus impactos no bemestar dos teletrabalhadores. No setor público, onde tende a haver alta padronização e formalização, o desafio é conciliar essa estrutura com a autonomia exigida pelo teletrabalho. Universidades Federais, ainda em fase inicial de implantação do teletrabalho, enfrentam realidades peculiares no que diz respeito às práticas de gestão e experiências com equipes de trabalho remotas. Entender o bem-estar no trabalho no referido contexto é essencial para a saúde dos trabalhadores e o sucesso das organizações. A presente pesquisa propôs como objetivo geral verificar a influência da autonomia no trabalho e da telepressão sobre o bem-estar no trabalho de servidores técnicos administrativos em educação em regime de teletrabalho. Considerando a percepção desses servidores, os objetivos específicos consistiram em descrever as percepções sobre as diferentes dimensões do bem-estar no trabalho, da autonomia no trabalho e da telepressão; testar a influência da autonomia no trabalho quanto ao método, quanto ao cronograma e quanto ao critério sobre o afeto positivo, o afeto negativo e a realização no trabalho; testar a influência da telepressão sobre o afeto positivo, o afeto negativo e a realização no trabalho; analisar as principais vivências no que diz respeito às relações entre autonomia e bem-estar no trabalho e telepressão e bem-estar no trabalho. Para alcance dos objetivos, foi conduzida uma pesquisa de campo, , de natureza descritiva e explicativa, com uma abordagem quali-quanti e recorte transversal. Um questionário dispôs de escalas validadas sobre bem-estar no trabalho, telepressão e autonomia, além de itens socioprofissionais. Também foram disponibilizadas duas questões abertas para captar as vivências referentes a autonomia e ao uso das TICs no trabalho. Os dados foram coletados por meio da plataforma do Google Formulários. Quanto aos dados quantitativos, foram conduzidas análises descritivas e regressões múltiplas lineares. Para os dados qualitativos, optou-se pela análise categorial a posteriori. A amostra contou com 216 respondentes, pertencentes a sete Universidades Federais, abrangendo quatro regiões do país. Os resultados quantitativos sustentaram as hipóteses de que autonomia e telepressão influenciam o bem-estar no trabalho. No caso do afeto negativo, compuseram o modelo a telepressão e a autonomia de cronograma. Para o afeto positivo, compuseram o modelo a autonomia de critério, seguida da autonomia de cronograma e telepressão. Quanto à realização no trabalho, a autonomia de método, critério e a telepressão foram as preditoras. Os resultados qualitativos permitiram descrever e entender aspectos centrais das vivências dos servidores no que diz respeito à influência da autonomia e do uso das TICs no contexto do teletrabalho, destacando-se como categorias as (des)vantagens do teletrabalho e a (i)maturidade da gestão e a desvalorização da carreira dos técnicos administrativos em educação. Quanto às vivências dos servidores no que diz respeito ao uso das TICs, verificaram-se as categorias de TICs como aliadas, TICs algozes e conectividade 24/7, evidenciando a telepressão presente no arranjo do teletrabalho. A pesquisa preencheu lacunas teórico-metodológicas nos estudos sobre teletrabalho e ofereceu uma análise das vivências dos teletrabalhadores, especificamente os técnicos administrativos em educação das Universidades Federais.
Abstract: With the increase in teleworking driven by information and communication technologies and health crises, organizations and researchers are seeking to understand their impacts on the wellbeing of teleworkers. In the public sector, where there tends to be high standardization and formalization, the challenge is to reconcile this structure with the autonomy required by teleworking. Federal Universities, still in the initial phase of implementing teleworking, face peculiar realities with regard to management practices and experiences with remote work teams. Understanding well-being at work in this context is essential for the health of workers and the success of organizations. The present research proposed as a general objective to verify the influence of autonomy at work and telepressure on the well-being at work of administrative technical employees in education under a teleworking regime. Considering the perception of these employees, the specific objectives consisted of describing the perceptions about the different dimensions of well-being at work, autonomy at work and telepressure; test the influence of autonomy at work in terms of method, schedule and criteria on positive affect, negative affect and fulfillment at work; test the influence of telepressure on positive affect, negative affect and fulfillment at work; analyze the main experiences regarding the relationships between autonomy and well-being at work and telepressure and well-being at work. To achieve the objectives, field research was conducted, characterized as a survey, of a descriptive and explanatory nature, with a quali-quanti cross-sectional approach. The survey had validated scales on the constructs of well-being at work, telepressure and autonomy and socio-professional items. In addition, two open questions were made available to capture experiences regarding autonomy and the use of ICTs at work. Data was collected through the Google Forms platform. Descriptive analyzes and multiple linear regressions were used for quantitative data. For qualitative data, the analysis was categorical a posteriori. The sample included 216 respondents, belonging to seven Federal Universities, covering four regions of the country. The quantitative results confirmed the hypotheses that autonomy and telepressure influence well-being at work. In the case of negative affect, telepressure and schedule autonomy were part of the model. For positive affect, criterion autonomy was included in the model, followed by schedule autonomy and telepressure. As for achievement at work, autonomy of method, criteria and telepressure were the predictors. The qualitative results allowed us to describe and understand important aspects of the influence of autonomy and the use of ICTs in the context of teleworking in Federal Universities, highlighting as categories the (dis)advantages of teleworking, the (im)maturity of management and devaluation of the career of administrative technicians in education. Regarding the reported experiences of using ICTs, there were categories related to ICTs seen as allies, ICT tormentors and 24/7 connectivity, highlighting the telepressure present in the teleworking arrangement. The research filled theoretical-methodological gaps in studies on teleworking and offered an in-depth analysis of the experiences of teleworkers, specifically administrative technicians in education at Federal Universities.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas (FACE)
Departamento de Administração (FACE ADM)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Economia, Administração, Ciências Contábeis e Gestão de Políticas Públicas, Programa de Pós-Graduação em Administração, 2024.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Administração
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Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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