http://repositorio.unb.br/handle/10482/48972
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SthefaneFelipaDaCostaPereira_DISSERT.pdf | 5,33 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Uma nova esperança : (re)construção de imaginários com indígenas mulheres da Comunidade Indígena Nova Esperança |
Autor(es): | Pereira, Sthefane Felipa da Costa |
Orientador(es): | Machado, Fabiola Orlando Calazans |
Assunto: | Cinema Povos indígenas Mulheres indígenas Decolonialidade |
Data de publicação: | 17-Jul-2024 |
Data de defesa: | 30-Mar-2023 |
Referência: | PEREIRA, Sthefane Felipa da Costa. Uma nova esperança : (re)construção de imaginários com indígenas mulheres da Comunidade Indígena Nova Esperança. 2023. 168 f., il. Dissertação (Mestrado em Comunicação) — Universidade de Brasília, Brasília, 2023. |
Resumo: | A pesquisa apresentada é uma investigação qualitativa acerca dos imaginários indígenas brasileiros, guiada pelos olhares do cinema indígena, a fim de compreender quais imaginários os sujeitos originários constroem de si. A partir dos conceitos de decolonialidade, gênero e cinema de resistência, é proposto uma abordagem decolonial, amparada na metodologia de análise de discurso de Eni Orlandi e do conceito de imaginário de Gilbert Durand. É proposto um novo método de análise de imaginário que abarque as diferentes cosmologias dos povos indígenas do Brasil. O método é aplicado com base no trabalho de campo realizado na Comunidade Indígena Nova Esperança (AM), no qual foi ministrada uma oficina audiovisual para a comunidade e que teve como resultado o documentário “Baré Ukwasá: a sabedoria Baré”, corpus de análise da pesquisa. Por meio da formação dos discursos da cosmologia Baré apresentados no documentário, é feita uma análise dos discursos, compreendendo quais foram as contribuições discursivas para a formação ideológica dos imaginários. Por meio de uma abordagem decolonial, este estudo tenciona por epistemes fora do eixo eurocentrista de saberes do Norte ao evidenciar epistemes do Sul, utilizando autores como Aníbal Quijano e Ramón Grosfoguel, em conjunto com autores indígenas brasileiros, como Braulina Aurora, Gersem Baniwa e Felipe Sotto Cruz, e autoras feministas como Judith Butler e Ochy Curiel. É revelada a dimensão do cinema como dispositivo cultural de resistência e permanência dos povos originários, questionando o epistemicídio e os silenciamentos discursivos perpetuados pelo colonialismo e impostos a este contingente populacional. A pesquisa propõe novos caminhos epistêmicos para a produção dos saberes ocidentais, partindo do olhar das indígenas mulheres de Nova Esperança, para romper com os silêncios e reconstruir os imaginários indígenas fundamentados pela lógica colonial. Conclui-se que ao dar espaço para que os discursos indígenas sejam presentes nos meios comunicacionais, os imaginários produzidos se distanciam daqueles produzidos pela hegemonia colonial, expondo a alteridade de modos de vida únicos. |
Abstract: | The research presented is a qualitative investigation about Brazilian indigenous imaginaries, guided by the views of indigenous cinema, in order to understand which imaginaries the indigenous subjects build of themselves. Based on the concepts of decoloniality, gender and resistance cinema, a decolonial approach is proposed, supported by Eni Orlandi's discourse analysis methodology and Gilbert Durand's concept of imaginary. Is proposed a new method of imaginary analysis that embraces the different cosmologies of the indigenous peoples of Brazil. The method is applied based on the fieldwork carried out in the Indigenous Community Nova Esperança (AM), in which an audiovisual workshop was given to the community and which resulted in the documentary “Baré Ukwasá: the Baré wisdom”, corpus of analysis of the research. Through the formation of Baré cosmology discourses presented in the documentary, an analysis of the discourses is carried out, understanding what were the discursive contributions to the ideological formation of the imaginaries. Through a decolonial approach, this study intends to place epistemes outside the Eurocentric axis of knowledge from the North by highlighting epistemes from the South, using authors such as Aníbal Quijano and Ramón Grosfoguel, together with Brazilian indigenous authors such as Braulina Aurora, Gersem Baniwa and Felipe Sotto Cruz and feminist authors such as Judith Butler and Ochy Curiel. The dimension of cinema as a cultural device of resistance and permanence of native peoples is revealed, questioning the epistemicide and discursive silencing perpetuated by colonialism and imposed on this population contingent. The research proposes new epistemic paths for the production of Western knowledge, starting from the perspective of the indigenous women of Nova Esperança, to break with the silences and rebuild the indigenous imaginaries based on the colonial logic. It is concluded that by giving space for indigenous discourses to be present in the communication media, the imaginaries produced distance themselves from those produced by colonial hegemony, exposing the otherness of unique ways of life. |
Unidade Acadêmica: | Faculdade de Comunicação (FAC) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Comunicação, Programa de Pós-Graduação em Comunicação, 2023. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Comunicação |
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Agência financiadora: | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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