Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Oreiro, José Luís da Costa | pt_BR |
dc.contributor.author | Ferreira Filho, Helder Lara | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2024-01-19T21:37:59Z | - |
dc.date.available | 2024-01-19T21:37:59Z | - |
dc.date.issued | 2024-01-19 | - |
dc.date.submitted | 2023-06-07 | - |
dc.identifier.citation | FERREIRA FILHO, Helder Lara. Sustentabilidade da dívida pública, regras fiscais e multiplicadores: teoria, experiência internacional e o caso brasileiro. 2023. 134 f. Tese (Doutorado em Economia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2023. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/47407 | - |
dc.description | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Departamento de Economia, Programa de Pós-Graduação em Economia, 2023. | pt_BR |
dc.description.abstract | A sustentabilidade fiscal brasileira tem sido questionada principalmente a partir de 2013
e depois de diversos choques recentes, como a recessão de 2014-2016 e a COVID-19 em
2020. Isso não obstante o arcabouço fiscal vigente nesse período, incluindo o teto de
gastos. A sustentabilidade fiscal pode afetar o crescimento e a estabilidade da economia,
principalmente por conta de convenções de agentes econômicos e da hierarquia de
moedas. Sendo assim, os dois primeiros capítulos buscam verificar a sustentabilidade da
dívida pública no Brasil. No primeiro capítulo, analisa-se a dinâmica da dívida brasileira
com base nos seus fatores condicionantes até 2040, inclusive traçando cenários com base
em diferentes hipóteses. Os componentes da variação da dívida “r-g” e resultado primário
são bastante relevantes nessa dinâmica, mas os ajustes fluxo-estoque se mostraram
cruciais nos últimos 15 anos, muitas vezes sendo o principal ou o segundo mais
importante determinante da variação da dívida. Não se pode concluir que a dívida esteja
em trajetória explosiva, mas, em cenários mais pessimistas, isso pode ocorrer. No
segundo capítulo, após revisão de literatura sobre diferentes metodologias de análise de
sustentabilidade da dívida, foram usadas três delas. A primeira é por meio da análise de
estacionariedade da dívida pública. A segunda é por intermédio de uma análise de
cointegração entre receitas e despesas para verificar se essas séries se movem
conjuntamente. A terceira é baseada na estimação da função de reação fiscal brasileira.
As medidas de dívida apresentaram estacionariedade. As séries de receita e de despesa
não se mostraram cointegradas. A função de reação fiscal apresentou uma resposta
significativa do resultado primário frente a elevações da dívida. De acordo com essas
abordagens, excetuando-se a segunda que possui determinadas limitações, a dívida
pública se mostra sustentável numa perspectiva geral. No entanto, a situação não é
confortável, também porque a dívida do Brasil é maior do que as de outros países
emergentes. A dívida poderia ser reduzida com um aumento no crescimento econômico,
com um aumento das receitas, com uma redução das despesas, ou com uma combinação
dessas opções, sendo que a redução dos juros pode auxiliar no processo. Sobre isso, um
arcabouço fiscal robusto poderia favorecer as expectativas dos agentes econômicos acerca
da sustentabilidade fiscal, o que tenderia a reduzir as taxas de juros. Além disso, esse
arcabouço pode ser mais amigável ao crescimento, também beneficiando a
sustentabilidade da dívida. No terceiro capítulo, faz-se uma análise da literatura sobre
regras fiscais, averiguando a prática internacional. Verifica-se que o arcabouço fiscal do
Brasil possui inconsistências. A regra de resultado primário produz, muitas vezes, uma
política fiscal pró-cíclica e que penaliza gastos mais qualificados, prejudicando o
crescimento econômico e a própria sustentabilidade fiscal. O teto de gastos se mostra
inviável, a não ser que seja modificado o papel do Estado de acordo com a Constituição
de 1988. Ademais, o teto induz práticas como renúncias tributárias para incentivar a
economia, postergação de despesas e indicação cada vez mais de despesas fora do teto. O
arcabouço fiscal se mostra também ineficaz quando estimamos a função de reação fiscal
do país considerando uma variável sobre a força das regras fiscais no Brasil. O novo
arcabouço proposto em 2023 pelo governo tem avanços, mas possui alguns problemas.
Sugere-se a adoção de uma regra de resultado primário ajustada ao ciclo, com o abandono
da regra de Ouro e do teto de gastos. A regra resolveria o caráter pró-cíclico da política
fiscal e levaria em consideração os ciclos de commodities que afeta a economia brasileira.
Outro ponto relevante na discussão de sustentabilidade fiscal é a composição dos ajustes fiscais e suas consequências sobre o crescimento econômico. Os multiplicadores fiscais
poderiam fazer parte de uma estratégia de otimizar a política fiscal, favorecendo o
crescimento e, por conseguinte, a própria sustentabilidade fiscal. Assim, o quarto
capítulo, após revisão de literatura sobre multiplicadores fiscais no Brasil e no mundo,
procura estimar o multiplicador do investimento público do Governo Central para o
período entre 2008 e 2022. O método utilizado é o de projeções locais, o qual possui uma
série de vantagens frente a outras alternativas, e não possui aplicação para o caso de
investimentos no Brasil. Os resultados apontam para elevados multiplicadores,
particularmente nos primeiros 10 a 18 meses após o choque no investimento público. Isso
implica na necessidade da preservação e no incremento do investimento público no país,
o que pode ter efeitos positivos sobre o crescimento econômico e sobre a trajetória
sustentável dívida em proporção do PIB no país. | pt_BR |
dc.language.iso | Inglês | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Sustentabilidade da dívida pública, regras fiscais e multiplicadores : teoria, experiência internacional e o caso brasileiro | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.subject.keyword | Dívida pública - Brasil | pt_BR |
dc.subject.keyword | Brasil. Lei de responsabilidade fiscal (2000) | pt_BR |
dc.subject.keyword | Investimentos públicos | pt_BR |
dc.subject.keyword | Regras fiscais - análise | pt_BR |
dc.subject.keyword | Política fiscal | pt_BR |
dc.subject.keyword | Multiplicador fiscal | pt_BR |
dc.subject.keyword | Sustentabilidade fiscal | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | Brazilian fiscal sustainability has been questioned mainly since 2013 and after several
recent shocks, such as the 2014-2016 recession and COVID-19 in 2020. This is despite
the fiscal framework in force in that period, including the spending cap. Fiscal
sustainability can affect economy’s growth and stability, mainly due to economic agents’
conventions and the currencies’ hierarchy. Therefore, the first two chapters seek to verify
the sustainability of Brazil’s public debt. In the first chapter, the debt dynamics of Brazil
until 2040 is made based on its conditioning factors, including outlining scenarios based
on different hypotheses. The components of debt variation “r-g” and the primary result
are quite relevant in this dynamic, but the stock-flow adjustments have proved to be
crucial in the last 15 years, often being the first or second most important determinant of
debt variation. It cannot be concluded that debt is on an explosive trajectory, but, in more
pessimistic scenarios, this could happen. In the second chapter, after reviewing the
literature on different methodologies for analyzing debt sustainability, three of them were
used. The first is through the stationarity analysis of the public debt. The second is through
a cointegration analysis between revenues and expenses to verify whether these series
move together. The third is based on estimating the Brazilian fiscal reaction function. The
debt measures showed stationarity. The revenue and expenditure series were not shown
to be cointegrated. The fiscal reaction function showed a significant response of the
primary result to debt increases. According to these approaches, except for the second
which has certain limitations, the public debt appears to be sustainable from a general
perspective. However, the situation is not comfortable, also because Brazil's debt is higher
than that of other emerging countries. Debt could be reduced with an increase in economic
growth, with an increase in revenues, with a reduction in expenses, or with a combination
of these options, and the reduction of interest rates can help in the process. In this regard,
a robust fiscal framework could favor economic agents' expectations about fiscal
sustainability, which would tend to reduce interest rates. Furthermore, this framework can be more growth-friendly, also benefiting debt sustainability. In the third chapter, an
analysis of the literature on fiscal rules is carried out, investigating international practice.
It appears that the fiscal framework in Brazil has inconsistencies. The primary result rule
often produces a pro-cyclical fiscal policy that penalizes more qualified spending,
harming economic growth and fiscal sustainability itself. The spending ceiling proves to
be unfeasible, unless the role of the State in accordance with the 1988 Constitution is
modified. Furthermore, the ceiling induces practices such as tax waivers to encourage the
economy, postponement of expenses and increasingly out of cap expenses. The fiscal
framework is also ineffective when we estimate the country's fiscal reaction function
considering a variable on the strength of fiscal rules in Brazil. The new framework
proposed in 2023 by the government makes progress, but has some problems. The
adoption of a cycle-adjusted primary result rule is suggested, with the abandonment of
the golden rule and the expenditure cap. The rule would resolve the pro-cyclical character
of fiscal policy and would take into account the commodity cycles that affect the Brazilian
economy. Another relevant point in the discussion of fiscal sustainability is the
composition of fiscal adjustments and their consequences on economic growth. Fiscal
multipliers could form part of a strategy to optimize fiscal policy, favoring growth and,
therefore, fiscal sustainability itself. Thus, the fourth chapter, after reviewing the
literature on fiscal multipliers in Brazil and in the world, seeks to estimate the multiplier
of public investment by the Central Government for the period between 2008 and 2022.
The method used is local projections, which has a series of advantages compared to other
alternatives, and has no application for investments in Brazil. The results point to high
multipliers, particularly in the first 10 to 18 months after the public investment shock.
This implies the need to preserve and increase public investment in the country, which
can have positive effects on economic growth and on the sustainable trajectory of debt as
a proportion of GDP in the country. | en |
dc.description.unidade | Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas (FACE) | pt_BR |
dc.description.unidade | Departamento de Economia (FACE ECO) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Economia | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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