http://repositorio.unb.br/handle/10482/47040
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Título : | Práticas discursivas e sociais da presença indígena na Universidade de Brasília : construindo caminhos para a permanência e troca de saberes sob o foco da análise de discurso crítica |
Autor : | Silva, Núbia Batista da |
Orientador(es):: | Dias, Juliana de Freitas |
Assunto:: | Estudantes indígenas Indígenas - educação Universidade de Brasília Análise de discurso crítica Decolonialidade Etnicidade - Brasil |
Fecha de publicación : | 19-dic-2023 |
Data de defesa:: | 13-feb-2023 |
Citación : | SILVA, Núbia Batista da. Práticas discursivas e sociais da presença indígena na Universidade de Brasília: construindo caminhos para a permanência e troca de saberes sob o foco da análise de discurso crítica. 2023. 295 f., il. Tese (Doutorado em Linguística) - Universidade de Brasília, Brasília, 2023. |
Resumen : | Nesta pesquisa investigo os processos sociais e discursivos da presença de estudantes indígenas na Universidade de Brasília- UnB com o foco na visão crítica dos estudos de linguagem. Parto de pressupostos teóricos e metodológicos da Análise de Discurso Crítica, em diálogo com os estudos das ciências críticas sociais sobre decolonialidade, associados com o pensamento crítico da educação como prática de libertação. O recorte temático se deu sobre a discrepância entre a política de acesso dos estudantes indígenas à UnB (desde 2004) e a política efetiva de acolhimento cotidiano, com suas lacunas, voltada para a permanência desses alunos na universidade. Essa pesquisa de doutorado dá prosseguimento ao meu trabalho de investigação iniciado no mestrado em 2016, em que investiguei junto aos meus Parentes sobre a nossa presença nesta Instituição; agora, sigo com o propósito maior de construção, de forma dialogada e autoetnográfica, com base na troca de saberes, uma política de permanência e de inclusão, de fato, baseada no respeito à diversidade indígena brasileira, registrando as marcas identitárias somadas ao processo da relação étnica de pertencimento, aldeia x universidade e vice versa. Para compor um tema relevante na agenda de pesquisa em Análise de Discurso Crítica, escolho como possível problema social e discursivo, as dificuldades vivenciadas por nós, estudantes indígenas, na Universidade. Essas dificuldades podem estar relacionadas à invisibilidade dessa presença indígena na graduação e na pós-graduação, somadas às várias formas de discriminações vividas nos espaços acadêmicos, como foi constatado na minha pesquisa de mestrado (Silva, 2017 e Silva e Dias, 2021). No caminho de aprimorar os conhecimentos e os modos de transformação das práticas sociais, vivencio uma pesquisa de cunho narrativoetnográfico e autoetnográfico (Etherington, 2004; Nicholas, 2018; Thomas, 1993), incluindo as questões identitárias e de agenciamentos no âmbito do discurso (Fairclough, 2003; Santos, 2010; Hall, 2005; Krenak, 2020; Kopenawa, 2015; Silva, 2017); abraço posturas reflexivas e decoloniais, no propósito de ter o alicerce na construção do diálogo, da interação, da troca de saberes e da resistência para existência do ser diferenciado (Dussel, 1994; Carvalho,2001; Mignolo, 2006; Maldonado Torres, 2007; Santos, 2010, Walsh, 2015; Acosta, 2016; Grosfoguel, 2016). Como resultados, destaco movimentos de transformação discursiva e social, nas práticas reflexivas e acionais de diversos sujeitos da universidade: estudantes indígenas, estudantes não indígenas, docentes e comunidade em geral. Ao investigar conflitos identitários relativos à esfera de poder, às diferenças e exclusões, pude compreender como essas tensões e crises são construídas na via discursiva e como podem ser superadas; analiso as implicações e relações dos discursos com as práticas sociais e, principalmente, penso que pude contribuir para esse debate em termos de mudança dessa realidade social. Evidencio, nesta pesquisa qualitativa de base (auto)etnográfica crítica transgressiva, que a interação que se dá no processo de construção de troca de saberes, de modos de ser e de novas formas de poder que se vive no percurso. |
Abstract: | In this research I investigate the social and discursive processes of the presence of indigenous students at the University of Brasília-UnB with a focus on the critical view of language studies. I depart from theoretical and methodological assumptions of Critical Discourse Analysis, in dialogue with critical social science studies on decoloniality, associated with critical thinking on education as a practice of liberation. The thematic focus was on the discrepancy between the access policy for indigenous students to UnB (since 2004) and the effective policy of daily reception, with its gaps, aimed at the permanence of these students at the university. This doctoral research continues my research work started in my master's degree in 2016, in which I investigated with my Relatives about our presence in this Institution; now, I continue with the greater purpose of building, in a dialogic and self-ethnographic way, based on the exchange of knowledge, a policy of permanence and inclusion, in fact, based on respect for Brazilian indigenous diversity, registering the identity marks added to the process of ethnic relationship of belonging, village x university and vice versa. To compose a relevant topic on the research agenda in Critical Discourse Analysis, I choose as a possible social and discursive problem, the difficulties experienced by us, indigenous students, at the University. These difficulties may be related to the invisibility of this indigenous presence in undergraduate and graduate courses, in addition to the various forms of discrimination experienced in academic spaces, as observed in my master's research (Silva, 2017 and Silva and Dias, 2021). In the path of improving knowledge and ways of transforming social practices, I experience a narrative-ethnographic and autoethnographic research (Etherington, 2004; Nicholas, 2018; Thomas, 1993), including identity and agency issues within the scope of discourse (Fairclough, 2003; Santos, 2010; Hall, 2005; Krenak, 2020; Kopenawa, 2015; Silva, 2017); I embrace reflexive and decolonial postures, with the purpose of having the foundation in the construction of dialogue, interaction, exchange of knowledge and resistance for the existence of the differentiated being (Dussel, 1994; Carvalho, 2001; Mignolo, 2006; Maldonado Torres, 2007; Santos, 2010, Walsh, 2015; Acosta, 2016; Grosfoguel, 2016). As a result, I highlight movements of discursive and social transformation, in the reflexive and action practices of several university subjects: indigenous students, non-indigenous students, professors and the community in general. By investigating identity conflicts related to the sphere of power, differences and exclusions, I was able to understand how these tensions and crises are constructed in the discursive path and how they can be overcome; I analyze the implications and relations of discourses with social practices and, mainly, I think I could contribute to this debate in terms of changing this social reality. I evidence, in this qualitative research based on (auto)ethnographic critical transgression, that the interaction that takes place in the construction process of exchanging knowledge, ways of being and new forms of power that is experienced along the way. |
metadata.dc.description.unidade: | Instituto de Letras (IL) Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas (IL LIP) |
Descripción : | Dissertação (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2023. |
metadata.dc.description.ppg: | Programa de Pós-Graduação em Linguística |
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Aparece en las colecciones: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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