http://repositorio.unb.br/handle/10482/46496
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2023_WalkyriaOliveiradePaula.pdf | 3,73 MB | Adobe PDF | Voir/Ouvrir |
Titre: | Consumo de ultraprocessados durante a gestação e associação com desfechos perinatais e composição nutricional da dieta |
Auteur(s): | Paula, Walkyria Oliveira |
metadata.dc.contributor.email: | walkyria.paula@hotmail.com |
Orientador(es):: | Pizato, Nathalia Marcolini Pelucio |
Assunto:: | Mulheres grávidas Alimentos ultraprocessados Alimentação materna Qualidade nutricional |
Date de publication: | 15-sep-2023 |
Data de defesa:: | 20-jan-2023 |
Référence bibliographique: | PAULA, Walkyria Oliveira. Consumo de ultraprocessados durante a gestação e associação com desfechos perinatais e composição nutricional da dieta. 2023. 111 f., il. Dissertação (Mestrado em Nutrição Humana) — Universidade de Brasília, Brasília, 2023. |
Résumé: | Introdução: O alto consumo de alimentos ultraprocessados (UTP) tem sido associado ao aumento de doenças crônicas não transmissíveis, e à redução da qualidade da dieta em adultos saudáveis, ao mesmo tempo em que se observa o progressivo aumento do consumo destes alimentos pela população, incluindo gestantes. O maior consumo de energia proveniente de UTP afeta negativamente diferentes indicadores nutricionais e está associados ao desenvolvimento de doenças crônicas em mulheres grávidas e lactantes. A dieta materna adequada durante a gestação é um dos determinantes para a saúde materna e infantil a curto e longo prazos, sendo essencial para a prevenção de desfechos gestacionais negativos. Objetivo: Investigar o efeito do consumo de dietas ricas em UTP por gestantes em desfechos perinatais (ganho de peso gestacional, diabetes gestacional, desordens hipertensivas da gestação, peso ao nascer e prematuridade) e sobre a composição nutricional da dieta materna. Método: O efeito do consumo de dietas ricas em UTP sobre desfechos perinatais foi analisado por meio de revisão sistemática, conduzida conforme as diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Review and Meta-Analysis Protocols (PRISMA). A busca compreendeu as seguintes bases de dados: Medline (PubMed), Embase, Scopus, Web of Science, Literatura Científica e Técnica da América Latina e Caribe (Lilacs), Google Scholar e ProQuest Dissertations & Theses Global. Foram incluídos estudos observacionais que reportavam medida de associação entre pelo menos um alimento classificado como UTP pela NOVA e desfechos perinatais. A metanálise foi calculada a partir do modelo de efeitos aleatórios e ponderada pelo inverso da variância pelo método proposto por DerSimonian–Laird. O impacto do consumo materno de UTP sobre a qualidade nutricional da dieta foi avaliado por meio de estudo transversal, conduzido em gestantes em acompanhamento pré-natal em dez Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Distrito Federal (DF). O consumo alimentar foi avaliado por dois recordatórios de 24 horas, em dias não consecutivos, e categorizados pela extensão do processamento usando a classificação NOVA. Modelos de regressão linear multivariada foram utilizados para analisar a associação entre os quintis de consumo de UTP e a ingestão de nutrientes. Resultados: A revisão sistemática incluiu 61 estudos, totalizando 698.803 participantes. A metanálise dos estudos de coorte indicou que o consumo de dietas ricas em UTP na gestação está associado a maior risco de Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) [Odds Ratio (OR)= 1,48; intervalo de confiança 95% (IC): 1,17; 1,87] e pré-eclâmpsia [OR: 1,28; 95% IC: 1,15, 1,42]. O estudo transversal incluiu 229 gestantes, com idade média de 28 ± 6.2 anos. A ingestão energética média diária foi de 1741 ± 646 kcal. Em média, as gestantes consumiram 64,3 ± 18,2% da energia total de alimentos in natura ou minimamente processados, 4,5 ± 4,3% de ingredientes culinários, 8,6 ± 9,9% de alimentos processados e 22,6 ± 17,2% de UTP. O maior consumo de UTPs foi associado à redução da ingestão de alimentos in natura/minimamente processados e ingredientes culinários pelas gestantes atendidas nas UBS do DF. Ademais, o maior consumo de UTP esteve associado positivamente com maior ingestão total de energia, gordura trans e sódio; e inversamente associado ao teor de proteína, fibra, ferro, magnésio, potássio, cobre, zinco, selênio e folato da dieta. Conclusão: O maior consumo de dietas ricas em UTP durante a gestação está associado a desfechos maternos adversos e impacta na redução da qualidade nutricional da dieta. Estes resultados destacam a necessidade de monitorar e reduzir o consumo de UTP, especificamente durante o período gestacional, como estratégia para prevenir v desfechos perinatais adversos e mostram a necessidade da adoção de melhores estratégias para educação alimentar e nutricional para esta população. |
Abstract: | Introduction: High consumption of ultra-processed foods (UPF) has been associated with increased non-communicable chronic diseases, and lower overall diet quality in healthy adults. At the same time, there is a progressive increase in the consumption of these foods by the population, including pregnant women. Higher energy consumption from UTP negatively affects different indicators of nutrition and it is associated with chronic disease development in pregnant and lactating women. Adequate maternal diet during pregnancy is one of the determinants of maternal and child health in the short and long term, and it is essential for preventing adverse perinatal outcomes. Objective: To review the effect of maternal ultra processed foods consumption on perinatal outcomes (gestational weight gain, gestational diabetes, hypertensive disorders of pregnancy, birth weight and preterm birth), and to investigate the impact of UPF consumption during pregnancy on the nutritional quality of the maternal diet. Method: The effect of the consumption of UTP-rich diets on perinatal outcomes was analyzed through a systematic review, which was conducted according to the Preferred Reporting Items for Systematic Review and Meta-Analysis Protocols (PRISMA). The following databases were searched: Medline (PubMed), Embase, Scopus, Web of Science, Scientific and Technical Literature from Latin America and the Caribbean (Lilacs), Google Scholar, and ProQuest Dissertations & Theses Global. Observational studies reporting an association measure between at least one food from the UPF group and perinatal outcomes were included. Meta-analysis was conducted according to the random-effects model. The impact of maternal UPF consumption on the nutritional quality of the diet was evaluated through a cross sectional study, conducted with pregnant women who followed-up prenatal care in ten Primary Health Care (PHC) units in the Federal District (FD). Food consumption was assessed using two non-consecutive 24-hour food recall and categorized according to the extent and purpose of processing using NOVA classification. Multivariate linear regression models were used to analyze the association between quintiles of UPF consumption and nutrient intake. Results: The systematic review included 61 studies. The overall population included 698.803 women from all gestational trimesters. Meta-analysis of cohort studies showed that consumption of UPF foods during pregnancy is associated with an increased risk of Gestational Diabetes Mellitus (GDM) [Odds Ratio (OR)= 1.48; 95% confidence interval (CI): 1.17, 1.87] and preeclampsia [OR: 1.28; 95% CI: 1.15, 1.42]. The cross-sectional study included 229 pregnant women and the mean age was 28 ± 6.2 years. The average daily energy intake was 1741 ± 646 kcal. On average, pregnant women consumed 64.3 ± 18.2% of their total energy from unprocessed or minimally processed foods, 4.5 ± 4.3% from culinary ingredients, 8.6 ± 9.9% from processed foods and 22 .6 ± 17.2% of UPF. Higher consumption of UPF was associated with reduced intake of unprocessed/minimally processed foods and culinary ingredients by vi pregnant women assisted at PHC units in the FD. Furthermore, it was positively associated with higher total energy, trans fat and sodium intake; and inversely associated with the diet’s protein, fiber, iron, magnesium, potassium, copper, zinc, selenium, and folate content. Conclusion: Higher consumption of UPF-rich diets during pregnancy is associated with adverse maternal outcomes and lower nutritional quality of the diet. These results highlight the need to monitor and reduce the consumption of UPF, especially during the gestational period, as a strategy to prevent adverse perinatal outcomes, and show the need to adopt better strategies for food and nutrition education for this population. |
metadata.dc.description.unidade: | Faculdade de Ciências da Saúde (FS) |
Description: | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição Humana, 2023. |
metadata.dc.description.ppg: | Programa de Pós-Graduação em Nutrição Humana |
Collection(s) : | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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