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Título: Diversidade & inclusão nas organizações : estudos sobre pessoas trans e travestis e trabalhadores de hospitais públicos brasileiros
Autor(es): Oliveira, Rafael Jefferson de
Orientador(es): Hochdorn, Alexander
Assunto: Diversidade
Inclusão social
Hospitais públicos
Travestis
Transgêneros
Transexuais
Comportamento organizacional
Data de publicação: 4-Ago-2023
Referência: OLIVEIRA, Rafael Jefferson de. Diversidade & inclusão nas organizações: estudos sobre pessoas trans e travestis e trabalhadores de hospitais públicos brasileiros. 2022. 156 f., il. Tese (Doutorado em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
Resumo: O objetivo da presente pesquisa consistiu na compreensão da realidade da Diversidade e Inclusão (D&I) em contextos organizacionais brasileiros decorrentes de políticas públicas. Portanto, foram realizados três estudos: Revisão sistemática da literatura científica, desenvolvida a partir de duas bases bibliográficas; uma primária (Scielo, Pepsic e Spell) e outra secundária (banco de dados de literatura científica nacional em Comportamento Organizacional). Os resumos de 81 artigos foram analisados por meio de técnicas lexicométricas com o auxílio do pacote informático IRAMUTEQ. Os resultados apontam uma predominância do método qualitativo (49,38%) e predominância de estudos sobre Gênero, Pessoas com Deficiência, LGBTQIA+, Idade e Cargos. Constatou-se uma falta consistente seja de definições a respeito do construto de D&I, seja de procedimentos metodológicos rigorosos que considerassem a interseccionalidade entre determinantes socioculturais e variáveis contextuais. O segundo estudo, de caráter qualitativo, foi dividido em duas partes. A primeira investigou como se consolidam e mantêm as políticas regionais voltadas ao atendimento da população trans e travesti, com uma amostra de profissionais da saúde que atuam na rede hospitalar pública do DF. A segunda previu a participação de pessoas trans e travestis que relataram a própria experiência como demandantes dos serviços de saúde ofertados pelos hospitais públicos no DF. As entrevistas foram analisadas por meio de procedimentos lexicométricos advindos do software IRAMUTEQ. Os achados apontaram uma sobrecarga de atendimentos nos centros da saúde e a falta de capacitação profissional, além de insumos insuficientes para garantir tratamentos clínicos eficazes e adequados. Já as pessoas trans e travestis relataram a falta de serviços e profissionais capacitados para atender às suas demandas, resultando muitas vezes em comportamentos e atitudes trans/travestifóbicos. O terceiro estudo, de caráter prevalentemente quantitativo, objetivou identificar relações entre escores das escalas de Abertura Universal ao Diverso (UDO), Experiência de Inclusão e Comportamento Inclusivo com as variáveis sociodemográficas de 100 profissionais da saúde que atuam em hospitais públicos no DF. O software estatístico SPSS - 21.0 foi utilizado para análises descritivas e inferenciais. No fator Comportamento Inclusivo no Grupo da Escala de Comportamento Inclusivo, as médias para mulheres cisgênero brancas (M = 3,60; DP = 0,74; p = 0,009) foram estatisticamente maiores do que as médias para mulheres cisgêneros não-brancas (M = 3,10; DP = 0,75; p = 0,009). Os fatores Comportamento Inclusivo no Grupo (𝛽 = 0,592, t = 9,274, p < 0,001) e Comportamento Autoinclusivo (𝛽 = 0,367, t = 5,745, p < 0,001) previram Experiência de Inclusão e o fator Políticas e Procedimentos Organizacionais foi excluído (𝛽 = 0,032, t = 0,523, p < 0,602). A média da escala Experiência de Inclusão para Heterossexuais (M = 3,64, SD = 0,66, p = 0,006) foi significativamente maior do que para Não-heterossexuais (M = 3,14, SD = 0,77, p = 0,006). Em relação à escala UDO, o fator Conforto com a Diferença previu significativamente a Experiência de Inclusão (𝛽 = 0,386, t(1, 98) = 4,143, p < 0,001). Por fim, uma análise qualitativa de breves comentários incluídos no instrumento trouxe percepções dicotômicas sobre o ambiente de trabalho. Enquanto 67,21% dos participantes que responderam às perguntas denunciam a presença de preconceito e situações discriminatórias, 32,78% apontam nunca terem vivenciado. Discute-se a complementaridade dos resultados e a contribuição dos três estudos para a compreensão das políticas públicas de inclusão no brasil e para o avanço da ciência brasileira sobre D&I. Ainda, foram identificadas relevantes perspectivas sobre futuras pesquisas na área e são fornecidos insumos para a revisão ou possível melhoria de políticas públicas e organizacionais.
Abstract: The current study aims to understand the reality concerning Diversity and Inclusion (D&I) in Brazilian organizational contexts resulting from public policies. Accordingly, three studies have been performed: A systematic review of scientific literature has been carried out through two bibliographic databases: one primary (Scielo, Pepsic, and Spell) and another secondary (database of national scientific literature in Organizational Behavior). The abstracts of 81 articles were analyzed through lexicometric procedures by using the informatic package IRAMUTEQ. Findings made emerge the adoption of mostly qualitative methods (49.38%), along with a prevalence of studies on Gender, People with Disabilities, LGBTQIA+, Age, and Work Positions. A lack of definitions concerning either the construct of D&I or consistent methodological procedures by considering the intersectionality between sociocultural determinants and contextual variables has been pointed out. The second study, using a qualitative approach, was divided into two parts. The first investigated how regional healthcare policies, addressing trans and travesty people, are consolidated and implemented. Accordingly, a sample of healthcare workers in public hospitals in Brazil’s Federal District (DF) has been taken into account. The second one foresaw the participation of the transgender and travesty population, who reported their own experience as demanders of health services offered by public hospitals in DF. The interviews were processed through the lexicometric procedures of the IRAMUTEQ software. The results showed a burden of clinical attendance in healthcare centers and a lack of professional training, in addition to inefficient strategies to handle the specific needs of the trans and travesty population. This population, on the other hand, reported a lack of services and trained professionals to meet their demands, often resulting in trans/travestyphobic behaviors and attitudes. The third study, adopting mostly quantitative methods, shed light on the link among the scores of the scales of Universal Diverse Orientation (UDO), Experience of Inclusion and Inclusive Behavior, and the sociodemographic variables of 100 healthcare workers from public hospitals of the DF. The statistical software SPSS - 21.0 was used for descriptive and inferential analyses. For the factor “Inclusive Behavior in the Group” from the “Inclusive Behavior Scale”, the means for white cisgender women (M = 3.60; SD = 0.74; p = 0.009) were statistically higher than the means for nonwhite cisgender women (M = 3.10; SD = 0.75; p = 0.009). The factors “Inclusive Behavior in the Group “(𝛽 = 0.592, t = 9.274, p < 0.001) and “Self-Inclusive Behavior” (𝛽 = 0.367, t = 5.745, p < 0.001) predicted “Experience of Inclusion”, and the factor “Organizational Policies and Procedures” was excluded (𝛽 = 0.032, t = 0.523, p < 0.602). The average of the “Experience of Inclusion Scale” for Heterosexuals (M = 3.64, SD = 0.66, p = 0.006) was significantly higher than for Non-heterosexuals (M = 3.14, SD = 0.77, p = 0.006). Regarding the “UDO Scale”, the “Comfort with Difference” factor significantly predicted the “Experience of Inclusion” (𝛽 = 0.386, t(1, 98) = 4.143, p < 0.001). Finally, an analysis of brief comments included within the questionnaire brought forth a dichotomous perception of the work environment. While 67,21% of all participants, who filled out the questionnaire, denounced prejudicial and discriminatory situations, 32,78%, declared to have never experienced such constraints. The complementarity due to the overall results that emerged from these three studies has been discussed, contributing to a better understanding of public inclusion policies in Brazil and the advancement of Brazilian science on D&I. Furthermore, relevant perspectives for future research within the field of D&I have been identified and inputs are provided for the review or possible improvement of public and organizational policies.
Unidade Acadêmica: Instituto de Psicologia (IP)
Departamento de Psicologia Social e do Trabalho (IP PST)
Informações adicionais: Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações, 2022.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações
Agência financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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