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Título: Sazonalidade da tuberculose no Brasil
Outros títulos: Tuberculosis seasonality in Brazil
Estacionalidad de la tuberculosis en Brasil
Autor(es): Paz, Leidijany Costa
E-mail do autor: leidipaz@gmail.com
Orientador(es): Evangelista, Maria do Socorro Nantua
Assunto: Tuberculose
Sazonalidade
Clima
Data de publicação: 15-Jun-2023
Referência: PAZ, Leidijany Costa. Sazonalidade da tuberculose no Brasil. 2022. 148 f., il. Tese (Doutorado em Enfermagem) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
Resumo: Existe uma limitação na literatura acerca da sazonalidade (SA) da tuberculose (TB) no hemisfério sul, o que torna necessário o preenchimento dessa lacuna de conhecimento para a região. Investigar a SA da TB pode indicar fatores de risco específicos para os períodos de pico de incidência da doença, com vistas a orientar gestores públicos na criação de estratégias que ampliem o controle dessa enfermidade na comunidade. O estudo objetiva analisar se existe sazonalidade na incidência de TB no Brasil, no Distrito Federal (DF) e nas capitais brasileiras. Realizou – se um estudo ecológico, de série temporal, de 2001 a 2019, com casos de tuberculose; também, uma análise exploratória da sazonalidade da TB no DF, a seguir, investigaram-se as capitais e o DF categorizados em cinco grupos com base em indicadores sociais, carga da TB e classificação climática de Koppen e, por fim, analisou-se a SA segundo as covariáveis sexo, faixa etária, forma clínica e o status sorológico para o vírus da imunodeficiência humana (HIV) para o país. Na análise da sazonalidade utilizou-se os testes de Friedman (0,1%) e KruskalWallis (1%) para SA estável. A SA em movimento, o teste de Friedman (5%) e a SA identificável, construída com base na combinação dos três testes. Para cada grupo de estudo foi calculada a amplitude sazonal. No DF, observou-se pico de TB em agosto, e, diminuição na detecção em novembro e dezembro com amplitude sazonal média anual de 30,0%. Foi identificado SA da TB no DF, assumindo a estabilidade, porém não identificada sazonalidade móvel, quando da combinação dos três testes. Em todos os grupos de capitais brasileiras, identificou-se a presença da sazonalidade da TB ao nível de significância de 1% (teste de estabilidade assumida e Krusall-Wallis, p < 0,01); no teste combinado de sazonalidade, os grupos A, D e E de capitais mostraram presença de sazonalidade; e, provavelmente presentes, os grupos B e C. No Brasil, a SA foi identificável, com picos de TB em março e agosto, e, queda entre novembro a fevereiro, além do mês de junho, com amplitude sazonal média de 32,3%. Considerando os subgrupos populacionais no Brasil, identificou-se que os padrões sazonais anuais não variaram por sexo, forma clínica da doença e status sorológicos para o HIV. Detectaram-se um padrão de sazonalidade diferente entre os menores de 12 anos, bem como, uma maior amplitude sazonal média. Os achados mostraram que é um desafio levantar os fatores sazonais subjacentes à sazonalidade da TB nas regiões tropicais do Hemisfério Sul, e que o clima pode não ser o fator subjacente mais relevante encontrado na sazonalidade da TB, mas, sim a oferta e/ou procura por serviços de saúde.
Abstract: There is limited literature on the seasonality (SA) of tuberculosis (TB) in the Southern Hemisphere, which makes it necessary to fill this gap in knowledge for the region. Investigating the SA of TB may indicate specific risk factors for periods of peak incidence of the disease, to guide public managers in the creation of strategies to increase the control of this disease in the community. The objective of this study was to analyze whether there is seasonality in the incidence of TB in Brazil, in the Federal District (DF), and in the Brazilian capitals. We conducted an ecological time-series study from 2001 to 2019 with cases of tuberculosis; also, an exploratory analysis of the seasonality of TB in the Federal District (DF), then we investigated the capitals and the DF categorized into five groups based on social indicators, burden of TB and Koppen's climate classification and, finally, we analyzed the SA according to the covariates gender, age group, clinical form and serological status for human immunodeficiency virus (HIV) for the country. The Friedman (0.1%) and Kruskal Wallis (1%) tests for stable SA were used in the seasonality analysis. Moving SA, Friedman's test (5%) and identifiable SA, constructed based on a combination of the three tests. For each study group, the seasonal range was calculated. In the DF, a peak of TB was observed in August, and decrease in detection in November and December with a mean annual seasonal amplitude of 30.0%. TB SA was identified in the DF, assuming stability, but no mobile seasonality was identified when combining the three tests. In all groups of Brazilian capitals, the presence of TB seasonality was identified at the 1% significance level (assumed stability and KrusallWallis’s test, p < 0.01); in the combined seasonality test, groups A, D, and E of capitals showed presence of seasonality; and probably present, groups B and C. In Brazil, SA was identifiable, with TB peaks in March and August, and a drop between November and February, in addition to the month of June, with a mean seasonal amplitude of 32.3%. Considering the population subgroups in Brazil, it was identified that the annual seasonal patterns did not vary by sex, clinical form of the disease, and HIV serologic status. A different seasonality pattern was detected among those under 12 years of age, as well as a greater average seasonal range. The findings showed that it is a challenge to survey the seasonal factors underlying TB seasonality in the tropical regions of the Southern Hemisphere, and that climate may not be the most relevant underlying factor found in TB seasonality, but rather the supply of and/or demand for health services.
Resumen: There is limited literature on the seasonality (SA) of tuberculosis (TB) in the Southern Hemisphere, which makes it necessary to fill this gap in knowledge for the region. Investigating the SA of TB may indicate specific risk factors for periods of peak incidence of the disease, to guide public managers in the creation of strategies to increase the control of this disease in the community. The objective of this study was to analyze whether there is seasonality in the incidence of TB in Brazil, in the Federal District (DF), and in the Brazilian capitals. We conducted an ecological time-series study from 2001 to 2019 with cases of tuberculosis; also, an exploratory analysis of the seasonality of TB in the Federal District (DF), then we investigated the capitals and the DF categorized into five groups based on social indicators, burden of TB and Koppen's climate classification and, finally, we analyzed the SA according to the covariates gender, age group, clinical form and serological status for human immunodeficiency virus (HIV) for the country. The Friedman (0.1%) and Kruskal Wallis (1%) tests for stable SA were used in the seasonality analysis. Moving SA, Friedman's test (5%) and identifiable SA, constructed based on a combination of the three tests. For each study group, the seasonal range was calculated. In the DF, a peak of TB was observed in August, and decrease in detection in November and December with a mean annual seasonal amplitude of 30.0%. TB SA was identified in the DF, assuming stability, but no mobile seasonality was identified when combining the three tests. In all groups of Brazilian capitals, the presence of TB seasonality was identified at the 1% significance level (assumed stability and KrusallWallis’s test, p < 0.01); in the combined seasonality test, groups A, D, and E of capitals showed presence of seasonality; and probably present, groups B and C. In Brazil, SA was identifiable, with TB peaks in March and August, and a drop between November and February, in addition to the month of June, with a mean seasonal amplitude of 32.3%. Considering the population subgroups in Brazil, it was identified that the annual seasonal patterns did not vary by sex, clinical form of the disease, and HIV serologic status. A different seasonality pattern was detected among those under 12 years of age, as well as a greater average seasonal range. The findings showed that it is a challenge to survey the seasonal factors underlying TB seasonality in the tropical regions of the Southern Hemisphere, and that climate may not be the most relevant underlying factor found in TB seasonality, but rather the supply of and/or demand for health services.
Unidade Acadêmica: Departamento de Enfermagem (FS ENF)
Informações adicionais: Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, 2022.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Licença: A concessão da licença desta coleção refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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