Levantamento dos diagnósticos anatomopatológicos em primatas não humanos no Brasil Central-2012 a 2020

Abstract

A classificação dos primatas não humanos (PNHs) está dividida em cerca de 128 espécies, com 51 pertencentes ao Novo Mundo e 77 ao Velho Mundo. No Brasil, as espécies de primatas correspondem a 23,8% das espécies do mundo todo. São pertencentes a Ordem Primatas, e divididos em dois grupos, os macacos do Novo mundo, e macacos do Velho mundo. Atualmente a maior ameaça para primatas é a destruição dos habitats e a fragmentação das florestas, além da caça e do tráfico. A crescente urbanização e industrialização proporcionaram maior contato entre as populações humanas e seus animais domésticos com as populações de PNHs, facilitando a disseminação de agentes infecciosos entre esses hospedeiros, além do acometimento maior às enfermidades não infecciosas, em especial de origem traumática. Em comparação ao conhecimento disponível para primatas do velho mundo, pouco ainda se conhece sobre as enfermidades que acometem PNH neotropicais. O Callithrix penicillata é a espécie com maior abrangência no Cerrado Brasileiro e conhecimento das diferentes afecções que acometem PNHs tanto de cativeiro quanto de vida livre é fundamental para o controle, prevenção e vigilância de diversas alterações infecciosas e não infecciosas. Diante disso, foi realizado um levantamento de casos de necropsia e fragmentos de órgãos enviados ao Laboratório de Patologia Veterinária de Brasília (LPV-UnB) em busca de determinar a frequência das doenças que podem causar a morte ou lesões nos PNHs encaminhados ao LPVUnB no período de janeiro de 2012 a dezembro de 2020.