http://repositorio.unb.br/handle/10482/43726
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2022_JuniorCesarFerreiradeCastro.pdf | 3,1 MB | Adobe PDF | View/Open |
Title: | Poesia e imagem : a teoria da forma e a visualidade da palavra na poética de Gerardo Mello Mourão |
Authors: | Castro, Junior César Ferreira de |
metadata.dc.contributor.email: | profjuniorcastro@gmail.com |
Orientador(es):: | Araújo, Ricardo |
Assunto:: | Mourão, Gerardo Mello, 1917-2007 - crítica e interpretação Estética literária |
Issue Date: | 16-May-2022 |
Data de defesa:: | 27-Jan-2022 |
Citation: | CASTRO, Junior César Ferreira de. Poesia e imagem: a teoria da forma e a visualidade da palavra na poética de Gerardo Mello Mourão. 2022. 337 f., il. Tese (Doutorado em Literatura) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022. |
Abstract: | Os peãs, de Gerardo Mello Mourão, é uma obra de arte da literatura brasileira contemporânea composta de três poemas longos centrados no tema clássico da figura do poeta-herói em sua viagem épica na fundação de mundos e da linguagem poética. É no contexto da criação e da estética literária que a presente pesquisa justifica a indagação da relação poesia e imagem pelo processo formativo do discurso da forma e da imagem o qual convocamos como tese o projeto metafórico da expressão para arquitetar todo o conteúdo e a matéria dos cantos. Pelo viés teórico-metodológico, dividimos o estudo em três partes que discutem não apenas a questão do epos e da lírica enquanto forma elaborada na poesia recente, mas à maneira de como foi atualizada pelo mito e pelo princípio orteguiano da desrealização do real para garantir uma arte poética inovadora e o seu lugar no pós-cânone. A primeira reflexão reúne o levantamento teórico da matéria com base em Luigi Pareyson, Dámaso Alosno e Amado Alonso já no ponto fenomenológico da imagem e da imaginação criadora estão Gillo Dorfles e Gaston Bachelard. A imagem de si, dotada de voz épico-lírica americana, é vista pela retórica aristotélica, do ethos heroico-nacional construído na temporalidade espacial da escrita para figurar o mundo representado e não uma arte mimética; a segunda, concentra tal teoria através da análise e da fortuna crítica dos poemas “O país dos Mourões”, “Peripécia de Gerardo” e “Rastro de Apolo” ao elucidar as imagens poéticas pela ideia jakobsoniana da semelhança e proximidade, na mitopoética dos quatros elementos primordiais e na epífora do nome de Paul Ricoeur para instaurar as figuras tropos da metáfora do sopro, da náutica e do caminhante em busca da liberdade poética nas terras de Apolo. Sob essa perspectiva, desenvolvemos uma crítica comparativa pela temática do herói-poeta, da viagem, da ilha com os textos de Jorge de Lima, Dante Alighieri, Luís Vaz de Camões e o poeta chileno Vicente Huidobro, este último com o jogo linguístico e estilístico que idealiza o poema criado também presente no tríptico peânico representado pela trajetória poética do poeta telúrico, sistematizando a problematização da criatividade ao retomar o passado pelos palimpsestos e interdiscursos que afirmam a tradição pelo novo; a terceira, volta-se para a visualidade da forma como palavra-imagem com outras artes pela transposição intersemiótica de Charles Pierce e através da linguagem transcriativa verbo-visual do ideograma poudiano. Os símbolos gregos e alfanuméricos são analisados pela disposição marllameniana dos versos imagens na página do poema que seguem a leitura tabular e geométrica além de uma interpretação iconográfica de Erwin Panofsky, classificando em infopoemas carregados de significados mítico-simbólicos. Seguindo esse caminho, o da pesquisa qualitativa e do método dialético, propomos demonstrar que os cantos estão articulados pela razão criativa do poema, da poesia e da imagem pela rotatividade dos signos de Octavio Paz, pois o objetivo de toda a teorização é salientar que essa conjuntura metafórica é o elemento configurador da escrita poética, da sintaxe que não se silencia durante a desterritorialização para se colocar no movimento da expressão latino-americana, um discurso da linguagem e da forma híbrida onde o percurso viajante é o da inventividade da palavra revelada como poesia sem tempo. |
Abstract: | Os peãs, by Gerardo Mello Mourão, is a masterpiece of contemporary Brazilian literature composed of three long poems centered on the classic theme of the figure of the poet-hero on his epic journey in the foundation of worlds and poetic language. It is in the context of creation and literary aesthetics that the present research justifies the question of the relationship between poetry and image by the formative process of the discourse about form and image which we summon up as a thesis the metaphorical project of expression to architect all the content and material of the cantos. By the theoretical-methodological bias, we divided the study into three parts that discuss not only the question of epos and the lyric as a form elaborated in recent poetry, but the way it was updated by myth and the ortheguian principle of the realization of reality to guarantee a innovative poetic art and its place in the post-canon. The first reflection brings together the theoretical survey of the matter based on Luigi Pareyson, Dámaso Alosno and Amado Alonso, at the phenomenological point of image and creative imagination are Gillo Dorfles and Gaston Bachelard. The image of itself, endowed with an American epic-lyric voice, is seen by Aristotelian rhetoric, of the heroic-national ethos built on the spatial temporality of writing to represent the represented world and not a mimetic art; the second, concentrates this theory through the analysis and the critical fortune of the poems “O País dos Mourões”, “Peripécia de Gerardo” and “Rastro de Apolo” by elucidating poetic images by the Jakobsonian idea of similarity and proximity, in the mythopoetics of the four primordial elements and in the epiphor of the name of Paul Ricoeur to establish the trophic figures of the wind, nautical and walker metaphor in search of poetic freedom in the lands of Apollo. From this perspective, we developed a comparative criticism on the theme of the hero-poet, of the trip, of the island with the texts of Jorge de Lima, Dante Alighieri, Luís Vaz de Camões and the Chilean poet Vicente Huidobro, the latter with the linguistic and stylistic game who idealizes the created poem also present in the peanic triptych represented by the poetic trajectory of the telluric poet, systematizing the problematization of creativity by resuming the past through palimpsests and interdiscourses that affirm the tradition for the new; the third, turns to the visuality of the form as word-image with other arts through Charles Pierce’s intersemiotic transposition and the verb-visual transcriative language of the Poulian ideogram. Greek and alphanumeric symbols are analyzed by the Marllamenian arrangement of the image verses on the page of the poem that follows the tabular and geometric reading, in addition to an iconographic interpretation by Erwin Panofsky, classifying them in infopoemas loaded with mythic-symbolic meanings. Following this path of qualitative research and the dialectical method, we propose to demonstrate that the songs are articulated by the creative reason of the poem, of the poetry and of the image by the rotation of the signs of Octavio Paz, because the objective of all this theorization is to emphasize that this metaphorical conjuncture it is the configuring element of poetic writing, of the syntax that is not silenced during deterritorialization to place itself in the movement of Latin American expression, a discourse of language and hybrid form where the traveling journey is that of the inventiveness of the word revealed as poetry without time. |
Resumen: | Los peãs, de Gerardo Mello Mourão, es una obra de arte en la literatura brasileña contemporánea compuesta por tres largos poemas centrados en el tema clásico de la figura del poeta-héroe en su viaje épico en la fundación de mundos y lenguaje poético. Es en el contexto de la creación y la estética literaria que la presente investigación justifica la cuestión de la relación entre poesía e imagen mediante el proceso formativo del discurso de la forma y la imagen que llamamos tesis el proyecto metafórico de expresión para diseñar todo el contenido y material de la obra. Por el sesgo teórico-metodológico, dividimos el estudio en tres partes que discuten no solo la cuestión del epos y la lírica como una forma elaborada en la poesía reciente, pero también cómo fue actualizada por el mito y el principio ortheguiano de la realización de la realidad para garantizar un arte poético innovador y su lugar en el postcanon. La primera reflexión reúne la encuesta teórica de la materia basada en Luigi Pareyson, Dámaso Alosno y Amado Alonso, ya en el punto fenomenológico de la imagen y la imaginación creativa están Gillo Dorfles y Gaston Bachelard. La imagen de sí misma, dotada de una voz épica-lírica americana, es vista por la retórica aristotélica, del ethos heroiconacional construido sobre la temporalidad espacial de la escritura para representar el mundo representado y no un arte mimético; el segundo, concentra esta teoría a través del análisis y la fortuna crítica de los poemas “O País dos Mourões”, “Peripécia de Gerardo” y “Rastro de Apolo” al dilucidar imágenes poéticas por la idea jakobsoniana de similitud y proximidad, en la mitopoética de los cuatro elementos primordiales y en el epíforo del nombre de Paul Ricoeur para establecer las figuras tróficas de la metáfora del viento, náutica y caminante en busca de la libertad poética en las tierras de Apolo. Desde esta perspectiva, desarrollamos una crítica comparativa sobre el tema del héroe-poeta, del viaje, de la isla con los textos de Jorge de Lima, Dante Alighieri, Luís Vaz de Camões y el poeta chileno Vicente Huidobro, este último con el juego lingüístico y estilístico, quien idealiza el poema creado, también presente en el tríptico representado por la trayectoria poética del poeta telúrico, sistematizando la problematización de la creatividad reanudando el pasado a través de palimpsests e interdiscursos que afirman la tradición de lo nuevo; el tercero, se dirige a la visualidad de la forma como imagen de la palabra con otras artes a través de la transposición intersemiótica de Charles Pierce y el lenguaje transcritivo verbo-visual del ideograma poundian. Los símbolos griegos y alfanuméricos se analizan mediante la disposición marlameniana de los versos de la imagen en la página del poema que sigue la lectura tabular y geométrica, además de una interpretación iconográfica de Erwin Panofsky, clasificándolos en infopoemas cargados de significados mítico-simbólicos. Siguiendo este camino de investigación cualitativa y el método dialéctico, proponemos demostrar que las canciones están articuladas por la razón creativa del poema, de la poesía y de la imagen por la rotación de los signos de Octavio Paz, porque el objetivo de toda esta teorización es enfatizar que esta coyuntura metafórica es el elemento configurador de la escritura poética, de la sintaxis que no se silencia durante la desterritorialización para ubicarse en el movimiento de la expresión latinoamericana, un discurso del lenguaje y la forma híbrida donde la ruta de viaje es el de la inventiva de la palabra revelada como poesía sin tiempo. |
Résumé: | Os peãs, de Gerardo Mello Mourão, est une œuvre d’art de la littérature brésilienne contemporaine composée de trois longs poèmes centrés sur le thème classique de la figure du poète-héros dans son voyage épique dans la fondation des mondes et du langage poétique. C’est dans le cadre de la création littéraire et de l'esthétique que cette recherche justifie l’enquête sur le rapport entre poésie et image par le processus formatif du discours de la forme et de l’image que nous appelons comme thèse le projet métaphorique de l’expression d’architecte de tout le contenu et question de coins. D’un point de vue théoricométhodologique, nous avons divisé l’étude en trois parties qui abordent non seulement la question de l’épopée et du lyrique en tant que forme élaborée dans la poésie récente, mais la manière dont elle a été mise à jour par le mythe et par le principe ortégien de déréalisation. du réel pour assurer un art poétique innovant et sa place dans le post-canon. La première réflexion rassemble l’étude théorique de la matière basée sur Luigi Pareyson, Dámaso Alosno et Amado Alonso, au point phénoménologique de l’image et de l’imagination créatrice sont Gillo Dorfles et Gaston Bachelard. L’image de soi, dotée d’une voix épique-lyrique américaine, est vue par la rhétorique aristotélicienne, de l’ethos national-héroïque construit dans la temporalité spatiale de l’écriture pour figurer le monde représenté et non un art mimétique; la seconde concentre une telle théorie à travers l’analyse et la fortune critique des poèmes “O País dos Mourões”, “Peripecia de Gerardo” et “Rastro de Apolo” en élucidant les images poétiques à travers l’idée jakobsonienne de similitude et de proximité, dans le mythopoétique des quatre éléments primordiaux et dans l’épiphora du nom de Paul Ricœur pour établir les figures tropiques de la métaphore du souffle, du nautique et du promeneur en quête de liberté poétique aux terres d’Apollon. Dans cette perspective, nous avons développé une critique comparative sur le thème du héros-poète, du voyage, de l’île avec des textes de Jorge de Lima, Dante Alighieri, Luís Vaz de Camões et du poète chilien Vicente Huidobro, ce dernier avec des pièce qui idéalise le poème créé présent également dans le triptyque païen représenté par la trajectoire poétique du poète tellurique, systématisant la problématisation de la créativité en revenant au passé à travers des palimpsestes et des interdiscours qui affirment la tradition pour le nouveau; la troisième, se tourne vers la visualité de la forme comme motimage avec d’autres arts à travers la transposition intersémiotique de Charles Pierce et à travers le langage de traduction verbe-visuel de l’idéogramme poudian. Les symboles grecs et alphanumériques sont analysés par la disposition marllamenienne des images de vers sur la page du poème qui suivent une lecture tabulaire et géométrique, en plus d'une interprétation iconographique d’Erwin Panofsky, les classant en infopoèmes chargés de significations mythico-symboliques. En suivant ce chemin, celui de la recherche qualitative et de la méthode dialectique, nous proposons de démontrer que les chansons s’articulent par la raison créatrice du poème, de la poésie et de l’image par la rotation des signes d’Octavio Paz, puisque le but de toute théorisation est de souligner que cette conjoncture métaphorique est l’élément façonnant d’une écriture poétique, d’une syntaxe qui ne se tait pas lors de la déterritorialisation pour se placer dans le mouvement de l’expression latino-américaine, un discours de langage et de forme hybride où le parcours itinérant est celui de l’inventivité de la parole révélée comme une poésie sans temps. |
metadata.dc.description.unidade: | Instituto de Letras (IL) Departamento de Teoria Literária e Literaturas (IL TEL) |
Description: | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Programa de Pós-Graduação em Literatura, 2021. |
metadata.dc.description.ppg: | Programa de Pós-Graduação em Literatura |
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