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Título : Adesão a tratamento, risco psicológico e distress em pessoas vivendo com HIV
Autor : Costa, Aline Rosa da
metadata.dc.contributor.email: rosadacostaaline@gmail.com
Orientador(es):: Seidl, Eliane Maria Fleury
Assunto:: HIV/AIDS
AIDS (Doença) - tratamento
Risco psicológico
Distress
Fecha de publicación : 12-may-2022
Citación : COSTA, Aline Rosa da. Adesão a tratamento, risco psicológico e distress em pessoas vivendo com HIV. 2022. 83 f., il. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clinica e Cultura) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
Resumen : Após quatro décadas dos primeiros casos notificados da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids), constatam-se avanços significativos no desenvolvimento de estratégias terapêuticas para promover o controle clínico, o que desencadeou a diminuição da morbimortalidade por aids e melhora da qualidade de vida de pessoas vivendo com HIV (PVHIV). No entanto, desafios persistem, como a adesão ao tratamento e as variáveis intrínsecas a esse processo. O objetivo da presente pesquisa foi investigar a influência de variáveis sociodemográficas, médico-clínicas, de risco psicológico de não ajustamento à soropositividade e ocorrência de distress sobre a adesão ao tratamento de PVHIV. Com delineamento transversal e observacional de abordagem quantitativa, a amostra foi composta por 130 usuários acompanhados em Serviço de Assistência Especializada em HIV/aids do município de Goiânia (GO), em nível ambulatorial ou de internação. Foram utilizados questionários sociodemográficos e medico-clínico, além dos instrumentos Questionário para Avaliação da Adesão ao Tratamento Antirretroviral (CEAT-VIH), Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD) e Indicador de Risco Psicológico (IRP) para avaliação dos participantes. Na amostra de conveniência 63,8% eram do sexo masculino, com média de idade igual a 37,6 anos (DP=12,09, variando de 18 a 66 anos). A maioria tinha ensino médio completo, referiu renda familiar de menos de um a três salários mínimos, não vivia com companheiro(a) e residia em diversos municípios do estado de Goiás. Grande parte (82,3%) apresentava carga viral indetectável. Após análises preliminares e bivariadas, níveis de adesão foram associados significativamente com as variáveis idade (U= 1550,5; df=1; p < 0,05) e interrupção do tratamento por conta própria (U= 933,500; df=1; p < 0,001). Análises do coeficiente de Spearman mostraram correlação moderada negativa entre adesão e distress (ρ=-0,46; p<0,001; variância compartilhada=21,2%); e adesão e risco psicológico (ρ=-0,45; p<0,001; variância compartilhada=20,3%). Na análise de regressão múltipla (método forward), a variável que mais fortemente impactou os níveis de adesão foi a interrupção por conta própria da TARV, explicando 21,2% do desfecho. As demais variáveis — idade e risco psicológico de não ajustamento — por sua vez, explicaram 15,3% da variância da adesão. A variável distress não entrou no modelo final. Em suma, não ter interrompido a TARV por conta própria ao longo da história de tratamento, ter mais idade e escores indicativos de ausência/baixo risco psicológico de não ajustamento parecem prever melhores níveis de adesão, segundo os resultados. Observou-se a compatibilidade dos resultados sociodemográficos e médico-clínicos com as tendências epidemiológicas, além da confirmação das hipóteses: PVHIV com níveis de adesão estrita não apresentam níveis relevantes de distress e de risco psicológico de não ajustamento; ausência de interrupção da TARV por conta própria está associada a níveis mais altos de adesão; escores mais altos de distress estão associados a maior risco de não ajustamento à condição crônica. Por fim, ressalta-se a importância da adesão ao tratamento de PVHIV, principalmente por se tratar de um problema de saúde pública e sua dinamicidade ser permeada por diversas variáveis que podem se comportar como fatores de risco ou de proteção. O estudo tem implicações práticas na atenção em HIV/aids, alertando para a relevância de medidas de cuidado, acolhimento e avaliação psicossocial a serem inseridas nas rotinas dos serviços de saúde.
Abstract: After four decades of the first reported cases of Acquired Immunodeficiency Syndrome (AIDS), there have been significant advances in the development of therapeutic strategies in order to promote clinical control, which triggered a decrease in morbidity and mortality from AIDS and improving the quality of life of people living with HIV (PLHIV). However, challenges persist, such as adherence to treatment and the variables intrinsic to this process. The purpose of present research was investigate the influence of sociodemographic, medicalclinical, psychological risk of non-adjustment to seropositivity and occurrence of distress on adherence to PLHIV treatment. With a cross-sectional and observational design with a quantitative approach, the sample consisted of 130 users followed up in a Specialized Assistance Service in HIV/AIDS in Goiânia city, on an outpatient or inpatient basis. Were used sociodemographic and medical-clinical questionnaires, in addition to the Questionário para Avaliação da Adesão ao Tratamento Antirretroviral (CEAT-VIH), Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD) and Indicador de Risco Psicológico (IRP) to assess participants. At convenience sample 63.8% were male, with a mean age of 37.6 years (SD=12.09, ranging from 18 to 66 years old). Most part had completed high school, reported income family member of less than one to three minimum wages, did not live with a partner and lived in several municipalities in the state of Goiás, Brazil. Most (82.3%) had an undetectable viral load. After preliminary and bivariate analyses, levels of adherence were significantly associated with the variables age (U= 1550.5; df=1; p < 0.05) and interruption of treatment on its own (U=933,500; df=1; p < 0.001). Analysis of the Spearman coefficient showed a moderate correlation negative between adherence and distress (ρ=-0.46; p < 0.001; shared variance=21.2%); adherence and psychological risk (ρ=-0.45; p < 0.001; shared variance=20.3%). In regression analysis (forward method), the variable that most strongly impacted adherence levels was interruption of ART on its own, explaining 21.2% of the outcome. The other variables — age and psychological risk of non-adjustment — in turn, explained 15.3% of the variance in accession. The distress variable did not enter the final model. In short, not having interrupted ART for on their own throughout the treatment history, being older and having scores indicative of absence/low psychological risk of nonadjustment seem to predict better levels of adherence, according to the results. The compatibility of the results was observed in the sociodemographic and medical-clinical data, with the epidemiological trends in addition to the confirmation of the hypotheses: PLHIV with strict adherence levels do not present relevant levels of distress and risk psychological non-adjustment; failure to discontinue ART on its own is associated with higher levels of adherence; Higher distress scores are associated with a higher risk of not adjustment to the chronic condition. Finally, the importance of adherence to the treatment of PLHIV, mainly because it is a public health problem, and its dynamics is permeated by several variables that can behave as risk or protective factors. This study has practical implications for HIV/AIDS care, alerting to the relevance of measures of care, reception and psychosocial assessment to be included in the routines of health services.
metadata.dc.description.unidade: Instituto de Psicologia (IP)
Departamento de Psicologia Clínica (IP PCL)
Descripción : Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2022.
metadata.dc.description.ppg: Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura
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Aparece en las colecciones: Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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