http://repositorio.unb.br/handle/10482/40772
Fichero | Descripción | Tamaño | Formato | |
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2020_FlávioVieiraMachado.pdf | 3,73 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título : | Avaliação de eficácia e segurança do uso do Zolpidem no tratamento de insônia em pacientes com demência de Alzheimer |
Otros títulos : | Evaluation of the efficacy and safety of using zolpidem in the treatment of insomnia in patients with Alzheimer's dementia |
Autor : | Machado, Flávio Vieira |
Orientador(es):: | Nóbrega, Otávio de Tolêdo |
Assunto:: | Insônia - tratamento Demência de Alzheimer Zolpidem Intervenção |
Fecha de publicación : | 3-may-2021 |
Data de defesa:: | 16-dic-2020 |
Citación : | MACHADO, Flávio Vieira. Avaliação de eficácia e segurança do uso do Zolpidem no tratamento de insônia em pacientes com demência de Alzheimer. 2020. 143 f., il. Tese (Doutorado em Ciências Médicas)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020. |
Resumen : | Os transtornos do sono são prevalentes em indivíduos com demência de Alzheimer (DA), com impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes e sobrecarga de seus cuidadores. Evidências gerais de eficácia e/ou efetividade nos tratamentos permanecem insuficientes, necessitando de ensaios pragmáticos, sobretudo para avaliar medicamentos de uso clínico habitual e de baixo potencial de efeitos adversos nessa população, como o zolpidem. O objetivo principal deste estudo consistiu em avaliar eficácia e segurança do uso de zolpidem 10 mg, comparado ao uso do placebo, no tratamento da insônia aferida por actigrafia, questionários estruturados e escalas em pacientes com demência de Alzheimer provável. Desfechos secundários consistiram no possível impacto do zolpidem no desempenho neurocognitivo e funcional dos pacientes. Entre 2016 e 2020, foram randomizados 41 pacientes com diagnóstico de demência de Alzheimer provável e transtorno de insônia, 21 submetidos ao tratamento com zolpidem 10 mg e 20 sob uso de placebo, por duas semanas. O estudo foi conduzido de modo triplo-cego para todos os envolvidos até a finalização da coleta de dados. A análise estatística avaliou a variação das medidas de sono, comportamento, funcionalidade e cognição (variáveis dependentes) entre os períodos de base e pós-intervenção por análise de covariância (ANCOVA) em cada braço de tratamento (variável independente) tomando escores de base como co-variáveis. Os indivíduos (58,5% mulheres) apresentaram idade média de 81,2 anos, escore médio no mini-exame do estado mental de 10 pontos, estadiamento clínico sobretudo em fases moderada (34,1%) e grave (43,9%) da doença e com ausência de transtorno depressivo. Perfil compatível com transtorno de insônia à admissão ficou caracterizado por elevada frequência de despertares noturnos (6.7 ± 4.1 despertares) e extensão do tempo acordado após início do sono noturno (45.6 ± 29.7 min), assim como pela baixa eficiência do sono noturno (65.5 ± 14.5), aferidos por actigrafia na amostra recrutada. Todos os sujeitos apresentaram adesão igual ou superior a 9 85% ao protocolo, sem perda de segmento ao longo do estudo. Uso de zolpidem 10 mg não produziu efeitos significativos no desfecho primário (tempo total de sono principal; p=0.802), em sonolência diurna ou nos demais desfechos relacionados ao sono. Usuários de zolpidem 10 mg exibiram redução significativa em tempo acordado após início do sono (decréscimo de 22 minutos, p = 0.029) e em número de despertares noturnos (redução média de 1 episódio por noite, p < 0.001). Houve interferência do tratamento com zolpidem sobre a cognição, com desempenho reduzido no teste de pesquisa por símbolos (-1.3 no escore; p = 0.025). Análise subjetiva do sono não revelou efeito do zolpidem sobre escores do inventário neuropsiquiátrico. Não houve impacto da droga sobre funcionalidade física. Análise por teste t para medidas pareadas não revelou efeitos do placebo sobre quaisquer desfechos. Não foram relatados eventos adversos moderados ou graves. Em síntese, o uso de zolpidem por duas semanas para tratamento da insônia em idosos com DA mostrou-se eficaz, seguro e bem tolerado. |
Abstract: | Sleep disorders are prevalent in individuals with Alzheimer's dementia (AD), with a negative impact on patients' quality of life and burden on their caregivers. General evidence of efficacy and/or effectiveness in treatments remains insufficient, requiring pragmatic tests, especially to evaluate drugs of usual clinical use and low potential for adverse effects in this population, such as zolpidem. The main objective of this study was to evaluate the efficacy and safety of using zolpidem 10 mg compared to placebo in the treatment of insomnia assessed by actigraphy, structured questionnaires, and scales in patients with probable late-onset AD. Other outcomes consisted of the possible impact of zolpidem on patients' neurocognitive and functional performance. Between 2016 and 2020, 41 patients with diagnosis of probable AD and insomnia disorder were randomized, 21 undergoing treatment with zolpidem 10 mg, and 20 under placebo for two weeks. The study was conducted in a triple-blind manner for all involved until the completion of data collection. Statistical analysis assessed the variation in measures of sleep, behavior, functionality, and cognition (dependent variables) between the base and post-intervention periods by analysis of covariance (ANCOVA) in each treatment arm (independent variable) taking base scores as covariates. The individuals (58.5% women, mean age of 81.2 years) had an average score on the mini-examination of the mental status of 10 points, clinical grading mainly in moderate (34.1%) to severe (43.9%) stages of the disease and in the absence of depressive disorder. A profile compatible with insomnia disorder at admission was characterized by a high frequency of nighttime awakenings (6.7 ± 4.1 awakenings) and an extension of the time awake after the start of night sleep (45.6 ± 29.7 min), as well as by the low efficiency of nighttime sleep (65.5 ± 14.5), measured by actigraphy in the recruited sample. All subjects showed adherence equal to or greater than 85% to the protocol, with no segment loss throughout the study. The use of zolpidem 10 mg did not 11 produce significant effects on primary outcome (total main sleep time; p= 0.802), daytime sleepiness or other sleep-related outcomes. Users of zolpidem 10 mg exhibited a significant reduction in awake time after sleep onset (decrease of 22 minutes, p = 0.029) and in the number of nighttime awakenings (average reduction of 1 episode per night, p <0.001). Subjective sleep analysis did not reveal the effect of zolpidem on neuropsychiatric inventory scores. There was negative influence from zolpidem on cognition, with reduced performance in the symbol search test (-1.3 on the score; p = 0.025). There was no impact of the drug on physical functionality. T-test analysis for paired measures did not reveal placebo effects on any outcomes. No moderate or serious adverse events have been reported. In summary, the use of zolpidem for two weeks to treat insomnia in elderly people with AD have proven effective, safe, and well-tolerated. |
metadata.dc.description.unidade: | Faculdade de Medicina (FMD) |
Descripción : | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, 2020. |
metadata.dc.description.ppg: | Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
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