Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Costa, Ileno Izídio da | - |
dc.contributor.author | Moraes, Mak Alisson Borges de | - |
dc.date.accessioned | 2021-04-09T00:38:47Z | - |
dc.date.available | 2021-04-09T00:38:47Z | - |
dc.date.issued | 2021-04-08 | - |
dc.date.submitted | 2020-09-14 | - |
dc.identifier.citation | MORAES, Mak Alisson Borges de. Por uma fenomenologia do sofrimento psíquico grave: as contribuições da
antropologia fenomenológica de Edith Stein. 2020. 249 f. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica e Cultura)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.unb.br/handle/10482/40472 | - |
dc.description | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2020. | pt_BR |
dc.description.abstract | O sofrimento psíquico é um fenômeno essencialmente humano e que apresenta um caráter
complexo, multifacetado e plural. A despeito do sofrimento ser algo desagradável e do qual o
homem procura se afastar, ele se impõe de modo inevitável, visto que faz parte da constituição
do humano, o qual se estabelece como um ser-sofrente. Tendo em vista que a clínica designa
o olhar ou o cuidado ao sofrimento, entende-se que essa tem como eixo norteador o sersofrente. Logo, uma clínica psicológica bem fundamentada requer uma rigorosa compreensão
do fenômeno do sofrimento. Entretanto, o sofrer tem sido concebido no âmbito das ciências psi
a partir de uma ótica cientificista-positivista, o que denota uma acepção reducionista a respeito
dessa questão. É diante desse contexto que por meio do construto do “sofrimento psíquico
grave” busca-se compreender a crise psíquica não desde um viés sintomatológico-nosográfico,
mas a partir da experiência vivida do sujeito. Nessa perspectiva, a presente pesquisa tem como
objetivo esboçar uma Fenomenologia do “sofrimento psíquico grave” tendo como base a
antropologia fenomenológica delineada por Edith Stein (1891-1942). Compreende-se que uma
investigação a respeito do sofrimento implica em uma profunda análise de ser humano, ou em
outros termos, requer uma antropologia filosófica. É nesse sentido que se insere as
contribuições de Stein, visto que a filósofa esboçou uma antropologia fenomenológica,
desvelando a estrutura essencial que compõe a pessoa humana. Utilizou-se nessa pesquisa
tanto uma metodologia teórica quanto empírica. Foram analisadas algumas obras da
fenomenológa, assim como de seus comentadores, com o intuito de compreender a questão do
“sofrimento psíquico grave” a partir de uma perspectiva antropológico-fenomenológica.
Ademais, em relação ao aspecto empírico, procurou-se articular as conclusões teóricas com a
análise de um caso atendido pelo pesquisador no GIPSI (Grupo de Intervenção Precoce nas
Primeiras Crises do Tipo Psicótica), grupo voltado para a discussão, pesquisa e intervenção
clínica no âmbito da crise psíquica grave. Nesse sentido, realizou-se primeiramente breves
considerações sobre os principais elementos da Fenomenologia de Husserl, destacando suas
articulações com a Psicologia, mais especificamente a fenomenológica e a antropologia
filosófica. Em seguida, teve-se como objetivo apresentar a descrição antropológicofenomenológica empreendida por Stein, que destacou a constituição do eu-humano a partir de
seus estratos corpóreo, psíquico e espiritual. Ante essas considerações, foi possível concluir
que o sofrimento pode se manifestar tanto no corpo, quanto na psique e no espírito, sendo
possível falar de um sofrer corpóreo, psíquico e espiritual. tal distinção se faz necessária em
decorrência das imprecisões e incompreensões acerca da noção de sofrimento. Na ausência
dessa discriminação antropológica, frequentemente reduz-se o sofrer às suas camadas mais
superficiais, isto é, aos seus aspectos orgânicos e psíquicos. Negligencia-se portanto a sua
faceta especificamente humana, o sofrimento espiritual. Em face disso, depreende-se que o
“sofrimento psíquico grave”, que fundamenta a crise psíquica grave, exibe uma origem
psíquica. Contudo, dado a conexão entre as diferentes dimensões e os distintos tipos de
sofrimento, entende-se que a crise psíquica pode surgir também como fruto da uma
reverberação de um sofrer que teve como fonte outra camada antropológica. Em síntese, a
partir desse alicerce antropológico-fenomenológico, o psicólogo poderá ter condições de
precisar as peculiaridades do sofrimento que se manifesta na crise psíquica grave,
discriminando a sua fonte: corpórea, psíquica ou espiritual. Tal discernimento se faz
fundamental, pois além de possibilitar um entendimento mais rigoroso acerca desse fenômeno,
pode subsidiar a edificação de um modelo interventivo mais adequado, compatível com as
qualidades do vivido em questão, evitando assim posturas reducionistas. | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Por uma fenomenologia do sofrimento psíquico grave : as contribuições da antropologia fenomenológica de Edith Stein | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.subject.keyword | Sofrimento psíquico | pt_BR |
dc.subject.keyword | Crise psíquica | pt_BR |
dc.subject.keyword | Antropologia fenomenológica | pt_BR |
dc.subject.keyword | Psicologia fenomenológica | pt_BR |
dc.subject.keyword | Stein, Edith, 1891-1942 - crítica e interpretação | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.contributor.advisorco | Goto, Tommy Akira | - |
dc.description.abstract1 | Psychic suffering is an essentially human phenomenon and has a complex, multifaceted and
plural character. Despite being something unpleasant and from which man tries to get away,
suffering inevitably imposes itself. Suffering is part of the constitution of the human, who
establishes himself as a suffering-being. Bearing in mind that the clinic looks at and cares for
suffering, it is understood that it has the suffering-being as its guideline. Therefore, a wellfounded psychological clinic requires a rigorous understanding of the phenomenon of suffering.
However, suffering has been conceived within the scope of the psi sciences from a scientificpositivist perspective, which denotes a reductionist view on this issue. It is in this context that,
through the construct of severe psychic suffering, one seeks to understand the psychic crisis
not from a symptomatological-nosographic perspective, but from the subject's lived experience.
In this perspective, this research aims to outline a Phenomenology of severe psychological
suffering based on the phenomenological anthropology outlined by Edith Stein (1891-1942). It is
understood that an investigation about suffering implies a deep analysis of human beings, or in
other terms, it requires a philosophical anthropology. It is in this sense that Stein's contributions
are inserted, since the philosopher outlined a phenomenological anthropology, revealing the
essential structure that makes up the human person. In this research, both a qualitative
bibliographic and an empirical methodology were used. Some works of the phenomenologist, as
well as of her commentators, were analyzed in order to understand the issue of severe
psychological suffering from an anthropological-phenomenological perspective. Furthermore, in
relation to the empirical aspect, we sought to articulate the theoretical conclusions with the
analysis of a case attended by the researcher at the GIPSI (Group of Early Intervention in the
First Psychotic Crises), a group focused on the discussion, research and clinical intervention in
the scope of the serious psychic crisis. In this sense, brief considerations were first made about
the main elements of Husserl's Phenomenology, highlighting its links with Psychology, more
specifically phenomenological and philosophical anthropology. Then, the objective was to
present the anthropological-phenomenological description undertaken by Stein, who highlighted
the constitution of the human person from their bodily, psychic and spiritual strata. In view of
these considerations, it was possible to conclude that suffering can manifest itself both in the
body as in the psyche and in the spirit, being possible to speak of a corporeal suffering, a
psychic and a spiritual one. Such a distinction is necessary due to inaccuracies and
misunderstandings about the notion of suffering. In the absence of this anthropological
discrimination, suffering is often reduced to its most superficial layers, that is, to its organic and
psychic aspects. Its specifically human aspect, spiritual suffering, is neglected. In light of this,
one can understand that severe psychological suffering, which underlies the severe psychic
crisis, exhibits a psychic origin. However, given the connection between the different
dimensions and the different types of suffering, it is understood that the psychic crisis can also
arise as a result of the reverberation of a suffering that had another anthropological layer as its
source. In summary, based on this anthropological-phenomenological foundation, the
psychologist may be able to specify the peculiarities of the suffering that manifests itself in a
serious psychic crisis, discriminating its source: corporeal, psychic or spiritual. Such
discernment is essential, because in addition to enabling a more rigorous understanding of this
phenomenon, it can support the building of a more appropriate intervention model, compatible
with the features of the experience in question | pt_BR |
dc.description.unidade | Instituto de Psicologia (IP) | pt_BR |
dc.description.unidade | Departamento de Psicologia Clínica (IP PCL) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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