http://repositorio.unb.br/handle/10482/3866
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2008_LucianaSMendesFerreira.pdf | 682,33 kB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Da Ética ao ethos originário : um diálogo com Heidegger |
Autor(es): | Ferreira, Luciana da Silva Mendes |
Orientador(es): | Cabrera Alvarez, Julio Ramón |
Assunto: | Heidegger, Martin, 1889-1976 Ética Ontologia |
Data de publicação: | 12-Set-2008 |
Data de defesa: | 12-Set-2008 |
Referência: | FERREIRA, Luciana da Silva Mendes. Da Ética ao ethos originário: um diálogo com Heidegger. 2008. 140 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia)-Universidade de Brasília, Brasília, 2008. |
Resumo: | Esta dissertação tem como tema a investigação das possíveis relações entre a filosofia de Heidegger e a ética, posto que, apesar da recusa do filósofo alemão de pensar uma ética e das críticas tecidas por outros filósofos ao limite da ontologia fundamental quando se deve pensar a consideração do outro, observamos uma tendência atual em favor da defesa de uma ética implícita ou relacionada à sua ontologia. Com o intuito de preparar o enfrentamento da questão, iniciamos o nosso percurso com uma explanação a respeito do pensamento metafísico, tal como o entende o filósofo alemão, a fim de contextualizar o nascimento das éticas. Em seguida, apontamos para a necessidade da desconstrução dessas éticas a partir da superação da metafísica defendida por Heidegger. Apresentamos, então, a perspectiva de Loparic no que concerne à desconstrução das éticas, cuja dimensão ontológica permaneceu impensada pela tradição precedente. Essa dimensão, por sua vez, foi esclarecida a partir da ontologia fundamental, descortinando, em diálogo com a interpretação de Heidegger do ethos grego, o que definimos como um “habitar ético originário” ou “eticidade”. Uma vez que esclarecemos o sentido desse habitar ético originário, diferenciando-o daquilo que convencionalmente chamamos ética, indagamos, em diálogo com alguns filósofos contemporâneos, sobre a possibilidade de um outro passo: pensar uma ética filosófica não metafísica haurida da ontologia de Heidegger. Defendemos, por fim, que a ontologia fundamental, embora possa ser assumida como o solo impensado das éticas, não pode servir de parâmetro suficiente para orientar eticamente a nossa existência. Essa conclusão encontrou o seu fundamento no que denominamos “ambigüidade essencial”, sugerida como a condição fundamental do nosso ser-no-mundo e, portanto, da nossa eticidade. Suspeitamos que, se o ser pode ser tido como o solo fenomenológico da nossa moralidade, não obstante isso, não se define critério para a elaboração ou a interpretação de uma ética filosófica. Nesse contexto, todavia, a nossa moralidade seguramente encontrará outros critérios, reafirmando-se como uma das experiências fundamentais da existência humana. _________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT This dissertation investigates the possible relations between Heidegger’s philosophy and ethics, given that, in spite of his refusal to develop an ethics, and other philosopher’s criticisms towards the limit of the fundamental ontology when thinking about the consideration of the other, there seems to be a trend nowadays towards an implicit or related ethics in his ontology. In order to address this issue, the dissertation begins with an explanation of metaphysical thought, as understood by Heidegger, so as to contextualize the birth of ethics. It then points out the need for a deconstruction of these ethics based on the overcoming of metaphysics defended by Heidegger. It then presents Loparic’s perspective regarding the deconstruction of ethics, whose ontological dimension remained unconsidered by the previous tradition. This dimension was, in turn, clarified by the fundamental ontology, unveiling, in dialogue with Heidegger’s interpretation of the Greek ethos, what is defined as a “genuine ethical dwelling” or “ethicity”. Once the meaning of this “genuine ethical dwelling” has been clarified, differentiating it from what is conventionally called ethics, it considers, in dialogue with some contemporary philosophers, the possibility of a step further: that of thinking a non-metaphysical philosophical ethics drawn from Heidegger’s ontology. Finally, it is argued that the fundamental ontology, though it may be assumed as an unconsidered ground of ethics, cannot be used as a sufficient parameter to ethically guide our existence. This conclusion found its underpinning in what is refered to as “essential ambiguity”, suggested as a central condition of our being-in-the-world and thus of our ethicity. It seems that even if the being may be considered as the phenomenological ground of morality, nevertheless, the criteria for the development or the interpretation of a philosophical ethics has not been defined. In this context, however, our morality will surely find other criteria, reaffirming itself as one of the fundamental experiences of human existence. |
Unidade Acadêmica: | Instituto de Ciências Humanas (ICH) Departamento de Filosofia (ICH FIL) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Humanidades, Departamento de Filosofia, Programa de Pós-Gradução, 2008. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Filosofia |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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