http://repositorio.unb.br/handle/10482/38615
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2020_MarcosAguerriPimentadeSouza.pdf | 1,14 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Avaliação de uma intervenção para promoção de bem-estar financeiro subjetivo |
Autor(es): | Souza, Marcos Aguerri Pimenta de |
Orientador(es): | Murta, Sheila Giardini |
Assunto: | Finanças pessoais Bem-estar econômico Economia doméstica Aspectos psicológicos Comportamento financeiro |
Data de defesa: | 5-Mar-2020 |
Referência: | SOUZA, Marcos Aguerri Pimenta de. Avaliação de uma intervenção para promoção de bem-estar financeiro subjetivo. 2020 136 f.,. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica e Cultura)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020. |
Resumo: | Três quartos das famílias brasileiras relatam dificuldades financeiras em lidar com as despesas mensais. Diversas iniciativas com o intuito de desenvolver capacidades para lidar com os problemas financeiros têm sido implementadas. Contudo, a eficácia dessas intervenções não se mostrou satisfatória. Embora o bem-estar financeiro subjetivo guarde clara relação com a renda, evidências sugerem existir outros fatores que o impactam negativa ou positivamente. Este presente trabalho teve por objetivo avaliar uma intervenção para promoção de bem-estar financeiro subjetivo e está organizado em três manuscritos. O primeiro manuscrito, de caráter teórico, explora a aplicabilidade de evidências de pesquisa em Psicologia e Economia para a proposição de fatores de risco e protetivos do bem-estar financeiro subjetivo. A adaptação hedônica, comparação social e tomada de decisão no uso do tempo e do dinheiro são propostos como fatores de risco. A atenção plena, a gratidão e o autoconhecimento são propostos como fatores protetivos. O segundo manuscrito aborda uma avaliação de processo de uma intervenção para promoção de bem-estar financeiro. Adotou-se o modelo integrado de mudança e fatores de proteção ao bem-estar financeiro subjetivo no desenho da intervenção. Trinta e três servidores públicos participaram de uma intervenção em grupo, durante dez sessões, totalizando 40 horas, divididos em três grupos distintos. Os instrumentos contaram com formulários de avaliação dos mecanismos de ação e de avaliação de sessão, coletados durante a intervenção, além de formulários de avaliação geral do curso e de avaliação de crescimento (Murta, 2008), coletados ao final da intervenção. Os resultados indicaram evidências favoráveis à aceitabilidade, ao engajamento e à coesão grupal, a despeito da heterogeneidade em idade e renda dos participantes. O terceiro manuscrito descreve a eficácia da mesma intervenção cujo processo foi avaliado no Manuscrito 2. Utilizou-se delineamento quase-experimental, contando com 28 respondentes que participaram no grupo de intervenção, e 18 respondentes no grupo de controle. As medidas incluíram escalas de bem-estar financeiro subjetivo; avaliação da vida; gratidão; propensão ao planejamento financeiro; materialismo; preferência pelo crédito; e atenção plena. Houve três momentos de coleta de dados, o primeiro no início da primeira sessão da intervenção, o segundo no final da última sessão e o terceiro após seis meses do fim da intervenção. Os resultados apontaram melhoria do bem-estar financeiro subjetivo de modo geral e efeitos mais salientes para participantes da intervenção com maior grau de vulnerabilidade financeira. Os mecanismos de gratidão, atenção plena, propensão ao planejamento, preferência pelo uso do crédito e materialismo tiveram impactos variados a depender do grau de vulnerabilidade financeira. Um modelo de regressão linear do bem-estar financeiro subjetivo em função dos mecanismos de mudança apontou coeficientes significativos que influenciam o bem-estar. Tais evidências promissoras sugerem ser pertinentes à replicação dessa intervenção em novos contextos, incluindo para populações mais vulneráveis, e a avaliação longitudinal de efeitos sobre o bem-estar financeiro, tanto em sua dimensão subjetiva quanto objetiva. |
Abstract: | Three quarters of Brazilian families report financial difficulties in dealing with monthly expenses. Several initiatives to develop capacities to deal with financial problems have been implemented. However, the effectiveness of these interventions was not satisfactory. Although subjective financial well-being has a clear relationship with income, evidence suggests that there are other factors that impact it negatively or positively. This work aimed to evaluate an intervention to promote subjective financial well-being and is organized in three manuscripts. The first theoretical manuscript explores the applicability of research evidence in Psychology and Economics for proposing risk and protective factors for subjective financial well-being. Hedonic adaptation, social comparison and decision making in the use of time and money are proposed as risk factors. Mindfulness, gratitude and self-knowledge are proposed as protective factors. The second manuscript addresses a process evaluation of an intervention to promote financial well-being. The integrated model of change and protective factors for subjective financial well- being was adopted in the design of the intervention. Thirty-three public servants participated in a group intervention, during ten sessions, totaling 40 hours, divided into three distinct groups. The instruments had forms of evaluation of the mechanisms of action and of session evaluation, collected during the intervention, in addition to forms of general evaluation of the course and of growth evaluation, collected at the end of the intervention. The results indicated evidence favorable to acceptability, engagement and group cohesion, despite the heterogeneity in age and income of the participants. The third manuscript describes the effectiveness of the same intervention whose process was evaluated in Manuscript 2. A quasi-experimental design was used, with 28 respondents who participated in the intervention group, and 18 respondents in the control group. The measures included scales of subjective financial well-being; life assessment; gratitude; propensity to financial planning; materialism; preference for credit; and mindfulness. There were three moments of data collection, the first at the beginning of the first session of the intervention, the second at the end of the last session and the third six months after the end of the intervention. The results showed an improvement in subjective financial well-being in general and more salient effects for participants in the intervention with a greater degree of financial vulnerability. The mechanisms of gratitude, mindfulness, propensity for planning, preference for the use of credit and materialism had different impacts depending on the degree of financial vulnerability. A linear regression model of subjective financial well-being as a function of the mechanisms of change pointed out significant coefficients that influence well-being. Such promising evidence suggests that it is pertinent to replicate this intervention in new contexts, including for more vulnerable populations, and the longitudinal assessment of effects on financial well-being, both in its subjective and objective dimensions. |
Unidade Acadêmica: | Instituto de Psicologia (IP) Departamento de Psicologia Clínica (IP PCL) |
Informações adicionais: | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2020. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura |
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Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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