Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.unb.br/handle/10482/38012
Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2019_FernandaBellanizaCaminhadeOliveira.pdf2,97 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
Título: Análise comparativa da expressão de micrornas e mecanismos imunoinflamatórios envolvidos na infecção de células da microglia pelas cepas africana e asiática do vírus zika
Autor(es): Oliveira, Fernanda Bellaniza Caminha de
E-mail do autor: febellaniza@hotmail.com
Orientador(es): Argañaraz, Enrique Roberto
Assunto: Zika vírus
MicroRNA
Microglia
Resposta imunológica
Neuroinflamações
Data de publicação: 10-Jun-2020
Referência: OLIVEIRA, Fernanda Bellaniza Caminha de. Análise comparativa da expressão de micrornas e mecanismos imunoinflamatórios envolvidos na infecção de células da microglia pelas cepas africana e asiática do vírus zika. 2019. 93 f., il. Dissertação (Mestrado em Patologia Molecular)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Resumo: Nos últimos anos, o surgimento, ou ressurgimento, de diferentes arboviroses gerou um alerta global. À diferença da infecção por outros flavivírus, a infecção pelo vírus zika (ZIKV) pode ocasionar alterações neurológicas, tais como malformações cerebrais em neonatos de mães infectadas durante a gravidez, incluindo encefalite, mielite e microcefalia, conhecidas como síndrome congênita do Zika (SCZ). Também foram relatadas outras alterações neurológicas, como a síndrome de Guillain-Barré em adultos. A microcefalia é uma desordem de células progenitoras neurais desencadeada por ZIKV da estirpe brasileira, a qual pode atravessar a placenta e induzir neuroinflamação e ativação microglial. Vírus da cepa africana também mostrou ser capaz de infectar células-tronco humanas pluripotentes in vitro e induzir a morte celular por apoptose, entretanto, não foram relatados casos de SCZ associados a esta cepa. Estes dados juntos com as poucas informações disponíveis a respeito dos mecanismos de neurodegeneração envolvidos nos distúrbios neurológicos e o envolvimento de miRNAs em processos neuroinflamatórios desencadeados por infecções virais, nos levaram a realizar uma análise comparativa por PCR da expressão de miRNAs envolvidos na resposta inflamatória, assim como seus alvos celulares, após infecção de células imortalizadas da micróglia com ZIKV das cepas africana e asiática. Neste trabalho foi possível observar que os isolados da cepa africana (ZIKVMR766) e asiática (ZIKVPE243) são capazes de infectar células da micróglia de camundongos da linhagem BV2 e produzir vírus infecciosos, embora em níveis menores que os descritos para outros tipos celulares e não induzir efeitos citopatogênicos. Ambas os isolados induziram a expressão dos marcadores de ativação Iba1, CD68, enquanto a expressão do MHC-II foi induzida apenas pelo ZIKVMR766. A infecção pelo ZIKV mostrou induzir a expressão diferencial dos miRNAs 155, 146a, 132 e 125b, assim como dos respectivos alvos celulares envolvidos na regulação da resposta imune inata. A infecção pelo ZIKVMR766 mostrou induzir níveis maiores dos miRNAs que os induzidos pelo ZIKVPE243, especialmente do miR-146a em 24h (>7 folds). Também, ambos os isolados mostraram induzir um padrão diferencial na expressão de citocinas pró e anti-inflamatórias, IFN-β, IFN-γ e IL-10. Esperamos que as diferenças observadas entre os isolados das duas cepas do ZIKV nos auxiliem, numa etapa posterior, a esclarecer os mecanismos moleculares envolvidas na doença ou proteção, virulência, tropismo tecidual, patologia, e evasão imune.
Abstract: In recent years, the emergence, or resurgence, of different arboviruses has generated a global alert. In contrast to infection with other flaviviruses, Zika virus (ZIKV) infection may cause neurological changes such as brain malformations in children of infected mothers during pregnancy, including encephalitis, myelitis, and microcephaly, known as Zika congenital syndrome (SCZ). Other neurological changes, such as Guillain-Barré syndrome, have also been reported. Microcephaly is a disorder of neural progenitor cells triggered by the Brazilian lineage (ZIKVPE243), which can cross the placenta and induce neuroinflammation and microglial activation. The African strain (ZIKVMR766) has also been shown to be able to infect pluripotent human stem cells in vitro and trigger cell death by apoptosis; however, no cases of SCZ associated to this lineage have been reported. These data, paired to the limited information available on mechanisms of neurodegeneration involved in neurological disorders, and the involvement of miRNAs in neuroinflammatory processes triggered by viral infections, led us to perform a qPCR to compare the miRNAs expression involved in the inflammatory response, as well as their cell targets, after infection of microglia-BV2 cells with the African and Asian strains of the Zika virus. In this work it was possible to observe that the ZIKVMR766 and ZIKVPE243 strains are capable of infecting BV2 lineage microglial cells and producing infectious viral particles, although at levels lower than those described in other cell types besides not inducing cytopathogenic effects. Both strains induced the expression of Iba1, CD68 activation markers, whereas MHC-II expression was induced only by ZIKVMR766. ZIKV infection has been shown to produce differential expression of miRNAs 155, 146a, 132 and 125b, as well as their respective cellular targets involved in the regulation of the innate immune response. ZIKVMR766 infection showed higher levels of miRNAs than that caused by ZIKVPE243, especially miR-146a in 24h (> 7 folds). Also, both strains have been shown to prompt a differential pattern in the expression of pro and anti-inflammatory cytokines, IFN-β, IFN-γ and IL-10. We expect that the observed differences between the two ZIKV strains will help us, at a later stage, to clarify the molecular mechanisms involved in the disease or protection, virulence, tissue tropism, pathology, and immune evasion.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Medicina (FM)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Patologia Molecular, 2019.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Patologia Molecular
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Agência financiadora: Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq).
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

Mostrar registro completo do item Visualizar estatísticas



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.