Critérios de projetabilidade para as argamassas industrializadas de revestimento utilizando bomba de argamassa com eixo helicoidal

Abstract

O presente trabalho aborda o estudo do processo de projeção das argamassas no âmbito das argamassas industrializadas, enfatizando principalmente os critérios e parâmetros relacionados às características reológicas das mesmas que lhes permitam ser bombeáveis. Para alcançar o objeto principal deste trabalho, foram utilizadas argamassas industrializadas de três marcas diferentes, onde foi identificada a influência do teor de água, do tempo de mistura e das características granulométricas destas nas propriedades do estado fresco e por extensão na bombeabilidade das argamassas. Como complementação deste último estudo, foram confeccionadas em laboratório argamassas com variação na composição dos agregados (30% e 70%; 50% e 50%; 70% e 30% de areia fina e média, respectivamente). Em outro estudo complementar, procurou-se inferir a influência do aglomerante cal e de aditivos retentores e incorporador de ar na consistência no tocante à bombeabilidade. As características de consistência/reológicas das argamassas foram determinadas através da determinação da tensão de escoamento pelo método Vane Test. O teor de ar incorporado das misturas foi identificado pelo método pressométrico. Com o intuito de identificar os fatores intervenientes na trabalhabilidade das argamassas próprias para projeção, foram mensuradas as vazões de projeção de cada composição executada e monitorada a adesão inicial destas ao substrato. A título de comparação, foi realizada a mensuração do índice de consistência pelo método do cone, e do teor de ar gravimétrico. As argamassas foram caracterizadas no estado fresco pela retenção de água e densidade de massa, enquanto que no estado endurecido pela resistência de aderência à tração. Os resultados mostraram que a bombeabilidade é uma característica da argamassa definida pelas propriedades reológicas que definem a consistência da mesma e que para tensões dc escoamento com valores aproximados acima de 1.0 Kpa as argamassas deixam de ser bombeáveis. enquanto que para valores próximos de 0.49 KPa as argamassas são perfeitamente bombeáveis, mas há um total prejuízo da adesão inicial das mesmas ao substrato. Além disso, tais propriedades dependem fundamentalmente das características da pasta aglomerante (tipo e teor), da quantidade de ar incorporado e dos agregados (características granulométricas, forma, textura e morfologia, dentre outros).