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Título: TV fora de controle : a estética-ética de Luiz Fernando Carvalho, o diretor ignorante
Autor(es): Santos, Michelle dos
Orientador(es): Tunes, Elizabeth
Assunto: Televisão
Espectadores
Emancipação
Rancière, Jacques, 1940- crítica e interpretação
Carvalho, Luiz Fernando, 1960- crítica e interpretação
Data de publicação: 30-Jan-2020
Referência: SANTOS, Michelle dos. TV fora de controle: a estética-ética de Luiz Fernando Carvalho, o diretor ignorante. 2019. 241 f., il. Tese (Doutorado em Educação)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Resumo: Esta tese busca aproximar dois universos de ideias: o do filósofo franco-argelino Jacques Rancière e o do diretor de TV brasileiro Luiz Fernando Carvalho, por julgar que ambos convergem em temas contemporâneos essenciais, como os que dizem respeito à estética e à condição do espectador, pensados fora dos modelos de gestão da vida social e da necessidade objetiva da economia. A partir das minisséries Os Maias (2001), Capitu (2008) e Dois Irmãos (2017) e da novela Velho Chico (2016), vislumbramos as relações entre as comunidades de teventes e a estética-ética de Luiz Fernando Carvalho. Olhar, então, seria agir porque quem o faz compreende, questiona, nega, compara, pesquisa – e faz abrolhar outros tantos universos de pensamento. A democracia lampeja quando percepções fogem de cálculos e antecipações da emissão televisiva, bem como não rendem o esperado índice de audiência, o que não significaria o fracasso das obras, tampouco a culpa de uma suposta cegueira dos menos instruídos. Tais novidades e adversidades dão a ver, no mundo comum, outras existências e demandas pulverizadas. A homerização das “populações mais pobres” ou do “homem médio”, contra a qual o diretor luta, é mantida pela oligarquia “sábia” da TV aberta, onde a ojeriza ao contraditório pode ser lida como ojeriza à política. Homerizar é o ato de definir pejorativamente as características de Homer Simpson, do seriado Os Simpsons: conservador, preguiçoso e tolo, ou seja, uma pessoa a quem se deve dirigir sempre com didatismo. O costume de subestimar o público da televisão aberta no Brasil pôde ganhar a nomenclatura homerização desde 2005, quando o jornalista William Bonner sofreu críticas por identificar quem assistia o Jornal Nacional com o desmiolado personagem de desenho animado norte-americano. Em atitude oposta à de Bonner, ao apostar na emancipação e não no embrutecimento, Carvalho não vê os telespectadores como multidão uniforme, nem enxerga o fato de ter gente demais reivindicando o “privilégio da individualidade”, pois isso faz parte do esforço de ampliar a esfera pública da televisão e o próprio sentido de comunidade.
Abstract: This thesis seeks to bring close two worlds of ideas: the French-Algerian philosopher Jacques Rancière and the Brazilian TV director Luiz Fernando Carvalho, by judging that both converge on key contemporary issues such as those concerning the aesthetics and the viewer condition , thought outside the management models of social life and the objective necessity of the economy. From the mini-series Os Maias (2001), Capitu (2008), Dois Irmãos (2017) and the novel Velho Chico (2016), we glimpse the relations between the communities of actors and the aesthetics-ethics of Luiz Fernando Carvalho. Look, then, would be to act because who does understand, question, deny, compare, search - and makes appear as many universes of thought. Democracy flashes when perceptions flee from calculations and anticipations of television broadcasting, as well as fail to yield the expected audience rating, which would not mean the failure of the works, nor the blame for an alleged blindness of the less educated. Such news and adversity give to do in the ordinary world, other stocks and sprayed demands. The homerization of the "poorest populations" or the "average man" against whom the director struggles are maintained by the "wise" oligarchy of open TV, where the opposition to the contradictory can be read as it insulates politics. Homerizing is the act of pejoratively defining the characteristics of Homer Simpson, of the series The Simpsons: conservative, lazy and foolish, that is, a person to whom one must always direct oneself with didacticism. The custom of underestimating open television audiences in Brazil has been gaining homerization nomenclature since 2005 when journalist William Bonner was criticized for identifying who watched the National Journal with the dashing American cartoon character. In the opposite attitude to Bonner, to bet on the emancipation and not the brutalization, Carvalho not see viewers as uniform crowd, or sees the fact that too many people claiming the "privilege of individuality", as this is part of the effort to expand the public sphere of television and the sense of community itself.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Educação (FE)
Informações adicionais: Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2019.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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