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Please use this identifier to cite or link to this item: http://repositorio.unb.br/handle/10482/33169
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Title: Caracterização petrológica dos granitos das suítes Serrote e Santa Luzia, na região de Paraíso do Tocantins - PUGMIL
Authors: Alves, Pedro Victor Freire de Souza
Orientador(es):: Botelho, Nilson Francisquini
Assunto:: Granitos - Brasil
Geocronologia
Geoquímica
Granitogênese
Evolução geológica
Issue Date: 11-Dec-2018
Citation: ALVES, Pedro Victor Freire de Souza. Caracterização petrológica dos granitos das suítes Serrote e Santa Luzia, na região de Paraíso do Tocantins-PUGMIL. 2018. 107 f., il. Dissertação (Mestrado em Geologia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Abstract: O Cinturão Araguaia está inserido no contexto de colisão continental da Província Tocantins, formada a partir do amalgamento dos crátons Amazônico, São Francisco- Congo e do Bloco Paranapanema durante o Neoproterozoico. Ele é constituído essencialmente por seu embasamento arqueano e paleoproterozoico, rochas supracrustais neoproterozoicas e rochas graníticas ediacaranas/cambrianas. Com relação ao tempo geológico, há dois principais grupos de granitos relacionados ao Cinturão Araguaia. O primeiro deles é paleoproterozoico, representado pela Suíte Ipueiras (2,08 Ga), Gnaisse Cantão (1,86 Ga) e Granito Serrote (1,86 Ga), que hoje são parte do embasamento; enquanto o outro é ediacarano/cambriano, representado pelo Granito Ramal do Lontra (549 Ma), Granodiorito Presidente Kennedy (539 Ma), Granito Barrolândia (538 Ma), Granito Santa Luzia (538 Ma) e Suíte Lajeado (550 Ma). Os granitos Serrote e Santa Luzia, alvos desta dissertação, afloram próximo às cidades de Pugmil, Paraíso do Tocantins e Barrolândia, na porção sul do Cinturão Araguaia. O Granito Serrote é constituído principalmente por microclínio granito, sienogranito e, em menor proporção, por monzogranito. A assembleia mineral mais comum é formada por quartzo, microclínio e plagioclásio, com biotita e muscovita subordinadas. Além disso, as fases acessórias são titanita, magnetita, allanita, zircão e apatita. A geoquímica de rocha total revela que esses magmas são metaluminosos a peraluminosos, de caráter calci-alcalino de alto-K e que provavelmente originaram-se em ambiente tectônico pós-colisional. Três amostras foram selecionadas para datação U-Pb em zircão por MC-LA-ICP-MS e somente duas forneceram idades satisfatórias de 1863,1 ± 5,2 Ma e 1846,5 ± 6,5 Ma, interpretadas como idades de cristalização. Em imagens BSE e de catodoluminescência dessas amostras, não foram identificadas bordas metamórficas. Foram obtidas idades-modelo TDM entre 2,03 e 2,17 Ga. Os valores εNd (1863 Ma) estão entre -2 e 0,6. O Granito Santa Luzia compreende granodiorito, monzogranito, pegmatitos e, em menor proporção, sienogranito. Essas rochas são formadas principalmente por quartzo, microclínio, plagioclásio, biotita e muscovita, além de monazita, zircão, magnetita, apatita, ilmenita e pirita como minerais acessórios. A química mineral de biotita e muscovita revela que elas possuem origem magmática e que não foram submetidas a reequilíbrio químico. A litogeoquímica mostra que esses magmas são essencialmente peraluminosos, magnesianos a levemente ferrosos, possuem caráter calci-alcalino e foram gerados em ambiente tectônico tardi-orogênico a pós-orogênico (ao final da orogênese Brasiliana/Pan-Africana). Foram selecionadas três amostras para datação U-Pb em zircão e monazita por MC-LA-ICP-MS, além de uma amostra de pegmatito para datação em monazita. Apesar da abundante presença de zircões herdados, algumas amostras de zircão forneceram idades entre 532-538 Ma, enquanto as amostras de monazita geraram idades entre 524-534 Ma, ambas interpretadas como idades de cristalização. Foram obtidas idades de 512,3 ± 0,81 e 501,4 ± 1,1 Ma em monazita de pegmatito, interpretada como idade dos estágios finais de magmatismo do Granito Santa Luzia. As idades-modelo TDM obtidas estão entre 1,3 e 2,87 Ga, enquanto os valores εNd (538 Ma) estão entre -6 e -12. Baseado em critérios petrográficos, geoquímicos, geocronológicos e isotópicos, deste trabalho e da literatura, sugere-se que o Granodiorito Presidente Kennedy, o Granito Barrolândia e o Granito Santa Luzia sejam agrupados em uma única suíte denominada Suíte Santa Luzia.
Abstract: The Araguaia Belt is included within the continental collision context of the Tocantins Province, formed by amalgamation of the Amazonian and São Francisco- Congo cratons and the Paranapanema Block during the Neoproterozoic. It comprises basically an Archean to Paleoproterozoic basement, Neoproterozoic supracrustal rocks and Ediacaran/Cambrian granitic rocks. Regarding the geologic time, there are two major groups of granites related to the Araguaia Belt. The first one is Paleoproterozoic, represented by the Ipueiras Suite (2.08 Ga), the Cantão Gneiss (1.86 Ga) and the Serrote Granite (1.86 Ga), which are part of the basement today; while the another one is Ediacaran/Cambrian, represented by the Ramal do Lontra Granite (549 Ma), the Presidente Kennedy Granodiorite (539 Ma), the Barrolândia Granite (538 Ma), the Santa Luzia Granite (538 Ma) and the Lajeado Suite (550 Ma). Serrote and Santa Luzia granites, aim of this work, crop out near the Pugmil, Paraíso do Tocantins and Barrolândia cities, in the southern portion of Araguaia Belt. The Serrote Granite is composed of microcline granite, syenogranite and, to a lesser extent, monzogranite. The most common mineralogy within these rocks consists of quartz, microcline and plagioclase, with subordinated biotite and muscovite. Moreover, titanite, magnetite, allanite, zircon and apatite are accessory phases. Whole-rock geochemistry demonstrates that these magmas are metaluminous to peraluminous, possess a high-K calc-alkaline character and probably originated within a post-collisional tectonic setting. Three samples were selected for U-Pb MC-LA-ICP-MS dating in zircon, but only two samples yielded satisfying ages of 1863.1 ± 5.2 Ma and 1846.5 ± 6.5 Ma, interpreted as crystallization ages. In BSE and CL images, metamorphic rims were not identified. TDM model ages are between 2.03 and 2.17 Ga. εNd (1863 Ma) values are between -2 and 0.6. The Santa Luzia Granite comprises granodiorite, monzogranite, pegmatites and, to a lesser extent, syenogranite. These rocks are composed of quartz, microcline, plagioclase, biotite and muscovite. Accessory phases are monazite, zircon, magnetite, apatite, ilmenite and pyrite. Mineral chemistry of biotite and muscovite of these samples revealed that they have a magmatic origin and that they have not undergone mineral reequilibration. Lithogeochemistry demonstrates that these magmas are essentially peraluminous, magnesian to slightly ferroan, possess a calc-alkaline character and originated in a late-orogenic to post-orogenic tectonic setting (at the end of the Brasiliano/Pan-African Orogeny). Three samples were selected for U-Pb MC-LAICP- MS zircon and monazite dating, as well as one pegmatite sample for monazite dating. Despite abundant zircon inheritance, some zircon samples yielded ages between 532-538 Ma, while monazite samples yielded ages between 524-534 Ma, both interpreted as crystallization ages. Two ages of 512.3 ± 0.81 and 501.4 ± 1.1 Ma in monazite of pegmatite are interpreted as representatives of the final stages of the Santa Luzia Granite magmatism. TDM model ages are between 1.3 and 2.87 Ga, while εNd (538 Ma) values are between -6 and -12. Based on petrographic, geochemical, geochronological, isotopic and geological context criteria, it is suggested that Presidente Kennedy Granodiorite, Barrolândia Granite and Santa Luzia Granite are grouped in a single suite named Santa Luzia Suite.
metadata.dc.description.unidade: Instituto de Geociências (IG)
Description: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia, 2018.
metadata.dc.description.ppg: Programa de Pós-Graduação em Geologia
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