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Título: Miscigenação e patriarcalismo à maneira maometana : origens da democracia racial em Gilberto Freyre
Autor(es): Silva, Mateus Lôbo de Aquino Moura e
Orientador(es): Nascimento, Paulo César
Assunto: Democracia racial
Freyre, Gilberto, 1900-1987 - crítica e interpretação
Miscigenação
Patriarcado
Data de publicação: 27-Mar-2018
Referência: SILVA, Mateus Lôbo de Aquino Moura e. Miscigenação e patriarcalismo à maneira maometana: origens da democracia racial em Gilberto Freyre. 2017. 76 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciência Política)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
Resumo: No século XIX, muitos intelectuais duvidaram que o Brasil, um território que consideravam sem “unidade racial”, poderia constituir um dia um país avançado. Foram homens que compartilharam o pensamento dominante em seu tempo de que somente um povo racialmente homogêneo, portanto sem misturas, poderia levar uma nação ao progresso. Na década de 30 do século XX brasileiro, o pernambucano Gilberto Freyre rompeu definitivamente com essa perspectiva ao dissociar os conceitos de raça e de cultura e advogar que a miscigenação assistida no país não era uma fonte de atrasos econômicos ou de degenerações biológicas como se supunha; sendo antes um fenômeno vantajoso para o Brasil, pois ela teria se expandido para o ambiente cultural para criar uma nacionalidade de poucos exclusivismos étnicos que, no futuro, se consolidaria como racialmente democrática e sem racismo. Processo, o de mestiçagem cultural e racial, que foi possível, para o pernambucano, porque o patriarcalismo vigente no Brasil – um arranjo societal para ele assimilado pelos colonizadores portugueses na Península Ibérica e no Oriente dos povos de origem maometana – não impôs restrições à poligamia e a contatos aproximados e tutelares entre oprimidos e opressores, sobretudo quando eles dividiam normas e comportamentos sociais comuns, principalmente a mesma religião, que, no caso brasileiro, foi a católica romana. O objetivo desta dissertação é compreender como, para Freyre, o patriarcalismo à maneira maometana da sociedade colonial, em conjunto com as zonas de confraternização e mistura entre dominados e dominadores por ele propiciadas, possibilitou o gérmen de uma democracia racial na sociedade brasileira contemporânea.
Abstract: In the nineteenth century, many intellectuals doubted that Brazil, a territory they considered to be without "racial unity," could one day become an advanced country. It was men who shared the prevailing thinking in their day that only a racially homogeneous, so unmixed people could lead a nation to progress. In the 30's of the Brazilian twentieth century, the Pernambuco Gilberto Freyre definitively broke with this perspective by dissociating the concepts of race and culture and advocate that assisted miscegenation in the country was not a source of economic delays or biological degenerations as was supposed; but rather an advantageous phenomenon for Brazil, as it would have expanded into the cultural environment to create a nationality of few ethnic exclusiveness that would in the future be consolidated as racially democratic and without racism. Cultural and racial miscegenation that was possible for Pernambuco because the patriarchalism in Brazil - a societal arrangement that would have been assimilated by the Portuguese settlers in the Iberian Peninsula and in the East of the peoples of Mohammedan origin - did not impose restrictions on the polygamy and close and tutelary contacts between oppressed and oppressors, especially when they shared common norms and social behaviors, especially the same religion, which in the case of Brazil was Roman Catholic. The objective of this dissertation is to understand how, for Freyre, the patriarchalism in the Mohammedan way, together with the zones of fraternization and mixture between dominated and dominated by it propitiated in the colonial society, allowed the germ of a racial democracy in contemporary Brazilian society.
Unidade Acadêmica: Instituto de Ciência Política (IPOL)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciência Política, Programa de Pós-Graduação em Ciência Política, 2017.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência Política
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Agência financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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