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Título: Perfil epidemiológico e fatores associados ao óbito por hantavirose no Brasil, 2007 a 2015
Autor(es): Fonseca, Lidsy Ximenes
Orientador(es): Duarte, Elisabeth Carmen
Coorientador(es): Oliveira, Stefan Vilges de
Assunto: Hantavirus
Hantavirose
Epidemiologia
Data de publicação: 8-Fev-2018
Referência: FONSECA, Lidsy Ximenes. Perfil epidemiológico e fatores associados ao óbito por hantavirose no Brasil, 2007 a 2015. 2017. 93 f., il. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
Resumo: Introdução: A hantavirose é uma importante doença zoonótica transmitida por roedores silvestres. A doença tem início súbito e pode levar à morte rapidamente. A descrição e os fatores associados à sua letalidade no Brasil e regiões ainda é pouco conhecida. Objetivo: Descrever as características e distribuição dos casos óbitos por hantavirose e analisar fatores associados ao óbito no Brasil, no período de 2007 a 2015. Método: Trata-se de um estudo descritivo dos casos e óbitos por hantavirose e um estudo do tipo caso-controle para determinar os fatores associados ao óbito por hantavirose, ambos com uso de dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Resultados: No período de estudo foram selecionados 1060 casos destes, 410 óbitos. A taxa de letalidade por hantavirose (TLH) no período de estudo foi de 39,0%, variando segundo mês (28,6% em novembro a 50,7% em dezembro), sexo (37,4% em homens e 42,6% em mulheres), idade (50% em pessoas <10 anos e 44,4% em pessoas com 60 ou mais anos) e regiões (46,2% no Norte, 32,9% no Sul). A maioria dos indivíduos que morreu morava em zona urbana (58,3%) foi infectada na zona rural (70,2%) e tinha o local de trabalho como o principal ambiente provável de infecção (39,0%). Na análise ajustada, foram identificadas como tendo maiores chances de óbito por hantavirose as mulheres (OR: 1,43 - IC95% 1,01 a 1,99) comparadas aos homens, os indivíduos adultos com escolaridade não informada (OR: 3,86 – IC95% 1,72 a 8,66) e com ensino fundamental (OR: 3,88 - IC95% 1,51 a 9,96) comparados aos que tinham ensino superior completo ou incompleto; os moradores da zona urbana (OR: 1,56 – IC95%. 1,15 a 2,12) em relação aos que moravam na zona rural; e aqueles indivíduos que apresentaram choque e/ou hipotensão (OR: 3,37 - IC95% 2,51 a 4,51) ou sinais e sintomas respiratórios (OR: 3,76 – IC95%: 1,93 a 7,33) em comparação aos que não apresentaram tais características. Em relação à oportunidade de atendimento, o fato dos indivíduos demorarem mais de 4 dias para buscar atendimento médico, foi considerado um fator protetor contra o óbito. Conclusão: A alta TLH em certos grupos populacionais, épocas do ano e regiões do Brasil, além de algumas características clínicas do indivíduo podem indicar falhas no acesso aos serviços de saúde, além de baixa suspeição clínica e possível demora na adoção do manejo adequado dos casos. Particularmente, a busca precoce de atenção e a presença de certos sinais clínicos (choque, hipotensão e/ou sinais respiratórios) aparentemente são marcadores importantes da evolução rápida da doença e maior gravidade. Esses resultados podem auxiliar na definição de grupos mais vulneráveis ao óbito por hantavirose e no direcionamento de ações específicas para a prevenção deste desfecho.
Abstract: Introduction: Hantavirus is an important zoonotic disease transmitted by wild rodents. The disease has a sudden onset and can lead to death quickly. The description and factors associated with its lethality in Brazil and regions is still poorly understood. Objective: To describe the characteristics and distribution of cases of death due to hantavirosis and to analyze factors associated with death in Brazil, from 2007 to 2015. Method: This is a descriptive study of cases and deaths due to hantavirosis and a casecontrol study to determine the factors associated with death due to hantavirus, both using secondary data from the SINAN. Results: During the study period, 1060 cases were selected, 410 deaths. The rate of lethality due to hantavirus (TLH) in the study period was 39.0%, varying according to month (28.6% in November to 50.7% in December), sex (37.4% in men and 42, 6% in women), age (50% in people <10 years and 44.4% in people aged 60 years and over) and regions (46.2% in the North, 32.9% in the South). Most of the individuals who died lived in urban areas (58.3%) were infected in the rural area (70.2%) and had the workplace as the main probable infection environment (39.0%). In the adjusted analysis, women (OR: 1.43 - 95% CI 1.01 to 1.99) were identified as having a higher chance of death due to hantavirosis compared to men, adult individuals with unreported schooling (OR: 3.86 - IC95% 1.72 to 8.66) and with elementary education (OR: 3.88 - 95% CI 1.51 to 9.96) compared to those who had completed or incomplete higher education; (OR: 1.56 - 95% CI 1.15 to 2.12) compared to those living in the rural area; and those individuals who presented shock and / or hypotension (OR: 3.37 - 95% CI 2.51 to 4.51) or respiratory signs and symptoms (OR: 3.76 - 95% CI: 1.93 to 7.33) compared to those who did not. Regarding the opportunity for care, the fact that individuals took more than 4 days to seek medical attention was considered a protective factor against death. Conclusion: High TLH in certain population groups, times of the year and regions of Brazil, as well as some clinical characteristics of the individual may indicate faults in access to health services, as well as low clinical suspicion and possible delay in adopting appropriate case management . Particularly, early attention seeking and the presence of certain clinical signs (shock, hypotension and / or respiratory signs) appear to be important markers of rapid disease progression and increased severity. These results may help in the definition of groups more vulnerable to death due to hantavirus and in directing specific actions to prevent this outcome.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Ciências da Saúde (FS)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2017.
Texto parcialmente liberado pelo autor. Conteúdo restrito: Capítulo 4.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
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Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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