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Title: Aids e juventude na revista Veja : 1999 - 2005
Authors: Lima, Daniella Maria Freire Meira
Orientador(es):: Almeida, Angela Maria de Oliveira
Assunto:: AIDS (Doença)
Comunicação de massa
Issue Date: 7-Dec-2009
Citation: LIMA, Daniella Maria Freire Meira. Aids e juventude na revista Veja: 1999 - 2005. 2006. 165 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia)-Universidade de Brasília, Brasília, 2006.
Abstract: Neste trabalho analisamos, a partir de uma perspectiva psicossocial, apoiados na Teoria das Representações Sociais, os discursos produzidos na mídia acerca da aids e em especial aqueles que de algum modo faziam referência aos adolescentes e jovens neste contexto. Entendemos que estes discursos são muito importantes na formação de crenças, valores e atitudes relacionados à aids e à adolescência/juventude, e, desta forma, acabam por dar sentido às práticas preventivas no cotidiano. Procuramos identificar como a revista VEJA, em tempos de efetiva distribuição gratuita de medicação anti-retroviral, fez circular e popularizou o conhecimento científico acerca da aids e da juventude no contexto da doença. Para tanto, estruturamos a pesquisa em dois estudos. No primeiro estudo - Aids na VEJA de 1999 a 2005 - todas as reportagens publicadas entre 1999 e 2005 que continham a palavra aids foram selecionadas e analisadas com auxílio do software ALCESTE (N=352). Verificamos que os discursos da revista acerca da aids estruturavam-se em três eixos, cada um deles apontando distintos elementos de representação. No primeiro eixo aspectos privados, íntimos, das pessoas soropositivas, são tornados públicos e a aids é abordada principalmente pelo seu caráter de doença sexual. Elementos de antigas representações são reavivados - a doença é novamente associada a comportamentos sexuais desviantes, de risco. No segundo eixo predominam os discursos de médicos e cientistas, e a revista cumpre o papel de tornar a epidemiologia e o tratamento da doença familiares às pessoas comuns. Foi a medicação anti-retroviral que permeou a ressignificação da aids como doença crônica, com a qual é possível viver, mas não muito bem. Por fim, no terceiro eixo, a aids é abordada como tema de política internacional e aspectos econômicos da doença são enfocados. A aids é significada como doença que nos países pobres, além de colocar em risco vidas humanas, compromete o desenvolvimento econômico e a coesão social. A doença é agora associada à pobreza, à ignorância. No estudo - Aids e Juventude na VEJA de 1999 a 2005 -troduzimos mais um parâmetro – adolescência – eliminando todas as reportagens que não continham pelo menos uma das seguintes palavras: juventude, jovem, jovens, adolescência, adolescente, ou adolescentes (N=152). As representações da aids encontradas no primeiro estudo, de algum modo, continuaram presentes no segundo estudo. Grande parte da informação relacionada aos jovens utilizou o discurso médico-científico enfatizando a necessidade da redução do comportamento de risco, em uma tentativa de favorecer o controle do comportamento sexual. Foram identificadas idéias de imaturidade e irresponsabilidade na representação dos jovens no contexto da aids, qualificando-os como sujeitos incapazes de se prevenir. __________________________________________________________________________________ ABSTRACT
On this study we analyze, from a psychosocial perspective, supported by the Social representations Theory, the speeches produced in the media concerning aids and especially the ones that somehow referred to the teenagers and young people in the disease context. We believe that these speeches are very important in the formation of beliefs, values and attitudes toward aids and to adolescence or youth, and, thus, are responsible for preventive practices in the everyday life. We try to identify how VEJA magazine, in times of effective free distribution of antiretroviral medication, circulated and popularized the scientific knowledge concerning aids and of youth in the disease context. To do so, we decided to structure the research on two studies. On the first study - Aids on VEJA from 1999 to 2005 - all the news published between 1999 and 2005 that contained the word aids were selected and analyzed with the help of the software ALCESTE (N=352). We verified that the speeches in the magazine concerning aids were structured in three axes, each one of them pointing distinct representation elements. On the first axis, private issues of people living with HIV were made public, and aids was boarded mostly by its characteristic of sexual disease. Elements of antique aids representations were revived - the disease is again associated with risk sexual behaviors. On the second axis predominate scientists and doctors' speeches, and the magazine accomplishes the role of turning epidemiology and the treatment of the disease familiar to common people. It was the antiretroviral medication that permeated the ressignification of aids as a chronic disease, with which it is possible to live, but not very well. Finally, on the third axis, the international, political and economic aspects of aids are focused. Aids was signified as a disease that on poor countries, besides putting in scratch human lives, pledges the economic development and the social cohesion. The disease is now associated with poverty and ignorance. On the study - Aids and Youth on VEJA from 1999 to 2005 - one parameter more was introduced – adolescence – there were eliminated all the reportages that did not contain at least one of the following words: Youth, young people, adolescence, teenager, or teenagers (N=152). The aids representations found on the first study, somehow, remained present on the second study. A great part of the information related to young people present on the doctor-scientific speeches emphasized the need of risk behavior reduction, in an attempt to favor the control of their sexual behavior. There were identified immaturity and irresponsibility ideas on young people representations in the aids context, they were qualified as subjects unable to prevent themselves.
Description: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, 2006.
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