http://repositorio.unb.br/handle/10482/24235
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2017_JuliFerreiradeOliveira.pdf | 2,84 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | A presença de profissionais indígenas na assistência à saúde no Brasil |
Autor(es): | Oliveira, Juli Ferreira de |
Orientador(es): | Scherer, Magda Duarte dos Anjos |
Assunto: | Povos indígenas Pessoal da área médica Força de trabalho Saúde indígena Assistência à saúde |
Data de publicação: | 22-Ago-2017 |
Data de defesa: | 14-Fev-2017 |
Referência: | OLIVEIRA, Juli Ferreira de. A presença de profissionais indígenas na assistência à saúde no Brasil. 2017. 152 f., il. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) — Universidade de Brasília, Brasília, 2017. |
Resumo: | O presente estudo objetivou analisar a presença de profissionais indígenas na assistência à saúde no Brasil. Para tanto, identificou o quantitativo de profissionais indígenas de nível superior atuantes na assistência à saúde, o quantitativo de indígenas matriculados em instituições de ensino superior (IES) e os pincipais nós críticos relacionados à Força de Trabalho (FT) Indígena da assistência à saúde no Brasil. Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratória, de natureza aplicada, de abordagem quantitativa, realizada por meio de consulta à base de dados secundários, no período de janeiro de 2016 a janeiro de 2017. A população alvo do estudo foi profissionais indígenas de saúde de nível superior atuantes na assistência à saúde no Brasil em 2016, informados pela Plataforma Força de Trabalho em Sáude (PFTS), por meio do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), e os profissionais de saúde informados pelas três instituições filantrópicas que realizam a contratação de pessoal para atuar na saúde indígena, vinculadas à Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) do Ministério da Saúde (MS). Como resultados evidenciou-se: extrema iniquidade racial no mercado de trabalho da assistência à saúde no Brasil; lacuna importante no CNES, expressa pela quantidade significativa de não preenchimento do quesito raça/cor; inserção de indígenas desigual, desproporcional e inferior a inserção de brancos, negros e amarelos, quando comparado ao total de profissionais de nível superior informados pela PFTS/CNES, chegando a representar em proporção que os indígenas estão de 26 a quase 1500 vezes menos inseridos no mercado de trabalho em saúde do que indivíduos de outras raças; invisibilidade dos indígenas no campo teórico das produções de conhecimento, e no campo prático das ações de enfrentamento das desigualdades raciais no mercado de trabalho, como é o caso da lei de cotas em concursos públicos; presença de indígenas no ensino superior com tendência de expansão progressiva, porém ainda insuficiente; enfermagem e medicina incorporam o maior número de indígenas; maior número de profissionais indígenas presente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia e no Distrito Federal; e FT de nível superior atuante na assistência da saúde indígena formada majoritariamente por não-indígenas, tendo menos de 10% dos (as) trabalhadores (as) indígenas. Conclui-se que é urgente a elaboração, revisão e execução de medidas de enfrentamento das desigualdades raciais no mercado de trabalho em saúde, tendo os indígenas como população-alvo. Bem como, medidas que visem ampliar o acesso e garantir a permanência de indígenas em IES e melhorar a qualidade da informação apresentada pelo CNES, com destaque para a necessidade de reversão da alteração que gerou a exclusão dos campos relacionados ao gênero e a raça/cor. O trabalho como direito social e como direito de cidadania ainda encontra entraves para se tornar realidade para muitos dos profissionais indígenas da saúde, apontando para a necessidade de políticas, ações, programas e projetos que visem garantir a igualdade de oportunidades, o combate ao racismo e a garantia do trabalho como direito social de todos (as) os (as) indígenas que desejem se inserir no mercado de trabalho em saúde. |
Abstract: | The present study aimed to analyze the presence of indigenous professionals in health care in Brazil. To that end, it identified the quantitative number of indigenous higher education professionals working in health care, the number of indigenous enrolled in higher education institutions (HEIs), and the main critical nodes related to the Indigenous Health Workforce (FT) of health care in the Brazil. This is an exploratory descriptive exploration, of an applied nature, with a quantitative approach, carried out by consulting the secondary database, from January 2016 to January 2017. The target population of the study was indigenous health professionals of higher education who worked in health care in Brazil in 2016, informed by the Health Workforce Platform (PFTS), through the National Registry of Health Establishments (CNES), and the Health professionals informed by the three philanthropic institutions that contract the personnel to work in indigenous health, linked to the Special Secretariat of Indigenous Health (SESAI) of the Ministry of Health (MS). The results showed: extreme racial inequity in the labor market of health care in Brazil; Important gap in CNES, expressed by the significant amount of non-fulfillment of the race / color question; Insertion of indigenous people, disproportionate and inferior to the insertion of whites, blacks and yellows, when compared to the total of professionals of higher level informed by the PFTS / CNES, getting to represent in proportion that the natives are of 26 to almost 1500 times less inserted in the Health workforce than individuals of other races; Invisibility of indigenous people in the theoretical field of knowledge production, and in the practical field of actions to combat racial inequalities in the labor market, such as the quota law in public tenders; Presence of indigenous people in higher education with a gradual but still insufficient expansion; Nursing and medicine incorporate the largest number of indigenous people; The largest number of indigenous professionals present in the states of São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia and the Federal District; And higher-level FT active in indigenous health care, mostly non-indigenous, with less than 10% of indigenous workers. It is concluded that there is an urgent need to prepare, review and implement measures to combat racial inequalities in the health workforce, with indigenous populations as the target population. As well as, measures that aim to increase access and ensure the permanence of indigenous people in HEI and improve the quality of information presented by CNES, highlighting the need to reverse the change that generated the exclusion of the fields related to gender and race / color. Work as a social right and as a right to citizenship still finds obstacles to become reality for many of the indigenous health professionals, pointing to the need for policies, actions, programs and projects aimed at guaranteeing equal opportunities, combating racism and The guarantee of labor as a social right of all indigenous people who wish to enter the labor market in health. |
Unidade Acadêmica: | Faculdade de Ciências da Saúde (FS) Faculdade de Ciências da Saúde (FS) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2017. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Mestrado Profissionalizante Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
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DOI: | http://dx.doi.org/10.26512/2017.02.D.24235 |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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