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Title: A alma-camaleão e sua plasticidade : dualismo platônicos no Fédon
Other Titles: The chameleon-like souk and its ductility : platonic dualisms in the Phaedo
Authors: Cornelli, Gabriele
Assunto:: Platão
Alma
Issue Date: Jan-2016
Publisher: Cátedra UNESCO Archai (Universidade de Brasília, Brasil)
Citation: CORNELLI, Gabriele. A alma‑ camaleão e sua plasticidade: dualismos platônicos no Fédon. Archai, n. 16, p. 203‑222, jan./abr. 2016. Disponível em: <http://periodicos.unb.br/index.php/archai/article/view/17301/13260>. Acesso em: 2 jun. 2016. DOI: http://dx.doi.org/10.14195/1984‑ 249X_16_7.
Abstract: Este paper tem como objetivo analisar o problema dos graus de separação do corpo e da alma no Fédon de Platão, em busca tanto de seus pressupostos ontológicos como de suas consequências epistemológicas. Apesar deste diálogo ser normalmente abordado como pedra miliar literária e filosófica para todos os dualismos psico‑físicos da história de nosso pensamento, entendo que é possível distinguir dois sentidos fundamentais, duas maneiras diferentes de pensar esta separação. O primeiro sentido indicaria uma separação intencional, isto é, fundamentalmente dependente do que o filósofo pensa ou com aquilo do qual o filósofo se procurar curar: o filósofo, como tal, se curaria da alma, mas não se curaria do corpo. Uma segunda maneira de pensar esta separação entre corpo e alma é aquela que privilegia a ideia de uma separação ontológica segundo a qual a alma seria, a tal ponto independente do corpo, que poderia sobreviver após a morte deste. Apesar do sucesso que ambas as abordagens tiveram ao longo da história do platonismo até nossos dias, a duplicidade dos sentidos expressos contém contudo, em si, uma irrevogável ambiguidade e tensão. O objetivo deste paper é o de propor uma solução diferente para a referida ambiguidade. A nossa proposta tem como ponto de partida, a consideração ontológica dos graus de plasticidade da alma, que Bostock (1986, p.119 @Phd. 79c), em seu comentário ao diálogo, chama ‘traços camaleônicos da alma’, isto é, como se a alma pudesse assumir feições corpóreas para conhecer a realidade sensível. A separação entre corpo e alma, antes do que pressuposto ontológico, parece precisar de um esforços permanente do indivíduo, tanto em sentido epistemológico como em sentido ético. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT
This paper aims to address the problem of the separation between body and soul in Plato's Phaedo, in search of both its ontological features and moral consequences. Apart from the traditional approach and use of dialogue as a literary and philosophical milestone for all body‑soul dualisms in the history of philosophy, I believe that two ways of understanding this separation are outlined in the dialogue. The first one would indicate a moral separation, regarding what a philosopher should take care of: philosophers would be able to cure of the soul, but not of the body. A different way to address this separation between body and soul is the one I would like to consider as an ontological separation: the soul is so independent from the body that is declared to survive after its death. Although both concepts of this separation could seem pretty familiar, due to the success they had throughout the history of Platonism until today, the duplicity of meanings expressed by the Platonic passages carries on an irrevocable ambiguity. The aim of this paper is to propose, however, is a quite different solution for resolve this ambiguity. My suggestion is that we should pay the proper attention to the ontological and epistemological ductility of the soul. Bostock (1986, p. 119 @Phd. 79c), called it the chameleon‑like traits of the soul, enabling the soul to assume bodily features to meet the sensible world. Separation between body and soul, rather than an ontological, seems to need the contribution of a permanent epistemological and moral effort of the soul.
Licença:: Archai - Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 2.5 Brasil (CC BY-NC 2.5 BR). Fonte: http://periodicos.unb.br/index.php/archai/article/view/17301/13260. Acesso em: 2 jun. 2016.
DOI: http://dx.doi.org/10.14195/1984‑ 249X_16_7
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