http://repositorio.unb.br/handle/10482/19607
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Titre: | Avaliação da excitabilidade neuromuscular em pacientes criticamente enfermos |
Auteur(s): | Silva, Paulo Eugênio |
Orientador(es):: | Durigan, João Luiz Quagliotti |
Assunto:: | Atrofia muscular Fisioterapia Reabilitação Terapia intensiva |
Date de publication: | 28-fév-2016 |
Data de defesa:: | 7-déc-2015 |
Référence bibliographique: | SILVA, Paulo Eugênio. Avaliação da excitabilidade neuromuscular em pacientes criticamente enfermos. 2015. xii, 41 f., il. Dissertação (Mestrado em Educação Física)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015. |
Résumé: | Introdução: O traumatismo cranioencefálico (TCE) é um importante problema mundial de saúde pública. O avanço no tratamento dos pacientes com TCE tem aumentado a taxa de sobrevivência e assim, o número de indivíduos com sequelas funcionais. Ainda na unidade de terapia intensiva (UTI), estes pacientes desenvolvem significativa atrofia muscular. Não está claro se as alterações musculares nestes pacientes estão associadas, além do desuso, às disfunções eletrofisiológicas. A determinação dos limiares de excitabilidade como reobase, cronaxia e acomodação é fundamental podendo auxiliar no tratamento e assim melhorar os resultados. Desta forma, o comportamento eletrofisiológico neuromuscular de pacientes com TCE restritos ao leito precisa ser melhor documentado. Método: Foi realizado um estudo prospectivo observacional para avaliar o comportamento da excitabilidade neuromuscular e estrutura muscular (espessura e ecogenicidade) em pacientes com TCE submetidos à ventilação mecânica. Os pacientes foram avaliados nas primeiras 24 horas de VM e nos dias 3, 7 e 14. A excitabilidade neuromuscular foi determinada pela mensuração da reobase, cronaxia, acomodação, além do índice de acomodação. O índice de acomodação é calculado pela relação: acomodação/reobase. A presença de alterações na excitabilidade neuromuscular foi considerada na presença de cronaxia > 1000 μs e índice de acomodação < 2. A estrutura muscular foi avaliada por ultrassonografia modo B. Tibial anterior (TA), reto femoral (RF) e bíceps braquial (BB) foram os músculos analisados. Os pacientes foram acompanhados desde o primeiro dia de internação na unidade de terapia intensiva (UTI) até o décimo quarto dia. Resultados: quarenta e nove pacientes foram admitidos e vinte e sete perdas foram contabilizadas no decorrer dos quatorze dias de seguimento (treze óbitos e quatorze altas). Ao final do estudo, vinte e dois pacientes foram analisados. A normalidade dos dados foi testada com o teste de Shapiro Wilk e as variáveis paramétricas foram descritas em média e desvio padrão (± DP). Variáveis não paramétricas foram apresentadas em mediana e IIQ. As diferenças nas cronaxias em cada músculo ao longo dos dias foram medidas pelo teste de Friedman ajustado para comparações múltiplas pelo teste de Dunn. Para avaliar as variáveis categóricas (presença ou não de disfunção na excitabilidade neuromuscular, determinado pela presença de cronaxia > 1000 μs e índice de acomodação < 2), foi utilizado o teste McNemar. Diferenças na espessura muscular e na ecogenicidade em cada musculo ao longo dos dias foram medidas pelo teste de analise de variância (ANOVA) de medidas repetidas ajustada para comparações múltiplas pelo teste post hoc de Tukey. A reobase mediana e intervalo interquartil ao longo dos dias foi de 6 (4-8) mA para TA, 16 (12-24) mA para RF e 5 (3-8) mA para o BB. Diferenças estatisticamente significativas na cronaxia foram detectadas apenas no TA quando se comparou a mediana do dia 1, 300 (200-700) μs vs. dia 14, 500 (250-2000 ) μs, p = 0,04. Não foi observada diferença no RF entre o dia 1, 200 (150-275) μs e dia 14, 250 (175-500) μs, p > 0,99. O BB apresentou resultados semelhantes a este ultimo músculo, 150 (70-200) μs e 150 (100-400) μs, para o dia 1 e o dia 14, respectivamente, p > 0,99. A acomodação mediana ao longo dos dias foi de 6 (1-11) mA para TA, 21 (8-34) mA para RF e 9 (2-16) mA para o BB. O acompanhamento da excitabilidade neuromuscular do dia 1 ao dia 14 mostrou um aumento na taxa absoluta de disfunção da excitabilidade para todos os músculos: 44% no TA; 29% no RF e 9% no BB. No entanto, este aumento só foi estatisticamente significativo no TA, p = 0,01. Todos os músculos apresentaram diminuição estatisticamente significativa na espessura quando comparados o dia 1 com o dia 14 (p<0,05). Entretanto, o TA foi o único músculo a apresentar aumento estatisticamente significativo na ecogenicidade entre o primeiro e décimo quarto dia (p = 0.01). Conclusão: Pacientes com TCE ventilados mecanicamente não só apresentam alterações na estrutura muscular ao longo da estadia na UTI, mas também, desenvolvem alterações na excitabilidade neuromuscular. |
Abstract: | Introduction: Traumatic brain injury (TBI) is an important global public health problem. The improvement in the management of TBI patients has increased the survival rate and thus the number of individuals with functional dysfunction. Already in the intensive care unit (ICU), these patients develop significant muscle atrophy. It is unclear whether the muscular changes in these patients are associated only to disuse or, beyond it, to electrophysiological disorders. The determination of excitability thresholds as rheobase, chronaxie, and accommodation is the key to improve results. Thus, neuromuscular electrophysiological behavior of TBI patients confined to bed to be better documented. Methods: It was carried out a prospective observational study to investigate the behavior of neuromuscular excitability and muscle structure (thickness and echogenicity) in TBI patients undergoing mechanical ventilation. Patients were evaluated in the first 24 h, and at day 3, 7 and 14. Neuromuscular excitability was determined by measuring rheobase, chronaxie, and accommodation, besides the accommodation index. The accommodation index is calculated by the relationship: accommodation/rheobase. The determination of neuromuscular excitability dysfunction was considered when chronaxie > 1000 μs and accommodation index < 2. The muscle structure was assessed by ultrasound B mode. Tibialis anterior (TA), rectus femoris (RF), and biceps brachialis (BB) muscles were analyzed. Patients were followed from the first day of admission in the intensive care unit (ICU) until the fourteenth day. Results: Forty-nine patients were admitted and twenty-seven losses were recorded in the course of fourteen days of follow-up (thirteen deaths and fourteen discharges). At the end of the study, twenty-two patients were analyzed. Normality of the data was tested with the Shapiro Wilk test and parametric variables were described as the mean plus or minus the standard deviation (±SD). Non-parametric variables were presented in median and interquartile ranges (IQR). The chronaxie differences of every muscle over the 14 days were evaluated with the Friedman test and adjusted for multiple comparisons with Dunn’s test. To evaluate categorical variables (presence or non-presence of neuromuscular excitability dysfunction), determined by chronaxie > 1000μs plus accommodation index < 2, the McNemar test was used. Muscle thickness and echo intensity differences of every muscle over time were measured with repeated-measures ANOVA adjusted for multiple comparisons by Tukey post hoc test. The median and interquartile range rheobase over the days was 6 (4-8) mA for TA, 16 (12-24) mA for RF and 5 (3-8) mA for BB. Statistically significant differences in chronaxie were detected only in the TA when comparing the median day 1, 300 (200-700) μs vs. day 14, 500 (250-2000) μs, p = 0.04. No difference was observed in RF between day 1, 200 (150-275) μs and day 14, 250 (175-500) μs, p > 0.99. BB showed similar results as the last muscle, 150 (70-200) and 150 μs (100-400) μs, for day 1 and day 14, respectively, p> 0.99. The median accommodation over the days was 6 (1-11) mA for TA, 21 (8-34) mA for RF and 9 (2-16) mA to BB. The monitoring of neuromuscular excitability from day 1 to day 14 showed an increasing in absolute rate of neuromuscular excitability dysfunction for all muscles: 44% in the TA; 29% in the RF and 9% in the BB. Although, this increase was statistically significant only at TA p = 0.01. All muscles showed a statistically significant decrease in thickness when compared with day 1 and day 14 (p <0.05). However, the TA muscle was the only one to show a statistically significant increase in echogenicity between the first and fourteenth day (p = 0.01). Conclusion: Patients with TBI mechanically ventilated not only showed changes in muscle structure along the stay in the ICU, but also developed neuromuscular excitability dysfunction. |
metadata.dc.description.unidade: | Faculdade de Educação Física (FEF) |
Description: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação Física, Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu em Educação Física, 2015. |
metadata.dc.description.ppg: | Programa de Pós-Graduação em Educação Física |
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DOI: | http://dx.doi.org/10.26512/2015.12.D.19607 |
Collection(s) : | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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