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Please use this identifier to cite or link to this item: http://repositorio.unb.br/handle/10482/16462
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Title: Prevalência e fatores associados à automedicação no Brasil : revisão sistemática da literatura e estudo de base populacional no Distrito Federal
Authors: Domingues, Paulo Henrique Faria
Orientador(es):: Pereira, Maurício Gomes
Assunto:: Automedicação
Distrito Federal (Brasil)
Issue Date: 14-Oct-2014
Citation: DOMINGUES, Paulo Henrique Faria. Prevalência e fatores associados à automedicação no Brasil: revisão sistemática da literatura e estudo de base populacional no Distrito Federal. 2014. 79 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014.
Abstract: Introdução: a automedicação é prática comum e quando exercida de forma inadequada oferece riscos à saúde. Apesar de ser muito praticada, escassas são as estimativas da automedicação. O Distrito Federal possui poucos estudos realizados sobre o tema, sendo que nenhum analisou quantitativamente a automedicação na população adulta desta região. Objetivo: estimar a prevalência da automedicação entre os adultos de 18 a 65 anos no Brasil e no Distrito Federal, bem como investigar os fatores associados a essa prática. Método: realizaram-se duas pesquisas, na primeira foi elaborada uma revisão sistemática de estudos transversais de base populacional. Pesquisaram-se os seguintes bancos de dados: MEDLINE, Embase, Scopus, ISI, CINAHL, Cochrane Library, CRD, LILACS, SciELO, Banco de Teses da Capes e Domínio Público, sem qualquer tipo de restrição. Os estudos foram selecionados por três pesquisadores independentes e esses extraíram os dados de interesse e avaliaram a qualidade dos estudos incluídos. Na segunda investigação, foi realizado um estudo transversal na população adulta (18 a 65 anos), selecionada por meio de amostragem probabilística com representatividade para o Distrito Federal. Os participantes responderam informações sobre a situação sociodemográfica, a presença de doenças crônicas, a percepção do próprio estado de saúde e o uso de medicamentos nos últimos sete dias. A prevalência da automedicação e seus fatores associados foram obtidos daqueles que referiram utilizar algum medicamento nos últimos sete dias. Empregou-se modelo de regressão de Poisson com variância robusta para identificar os fatores associados à automedicação. Resultados: a revisão sistemática incluiu 12 estudos, sendo a maioria realizada na Região Sudeste, após o ano 2000 e que utilizaram período recordatório de 15 dias. Apenas cinco estudos apresentaram alta qualidade metodológica, dentre os quais um estudo com período recordatório de sete dias, cuja prevalência da 7 automedicação foi 22,9% (IC 95%: 14,6% - 33,9%). A prevalência da automedicação, nos três estudos de alta qualidade metodológica com período recordatório de 15 dias, foi 35,0% (IC 95%: 29,0% - 40,0%; I2 = 83,9%) na população adulta brasileira. Em relação ao estudo transversal, foram identificados 646 adultos que relataram ter utilizado pelo menos um medicamento nos últimos sete dias. A prevalência da automedicação foi 15,0% (IC 95%: 12,6% - 17,5%). A prevalência nos adultos de maior idade, de 50 a 65 anos, foi 4,1% (IC 95%: 2,2% - 7,6%), enquanto nos mais jovens, de 18 a 34 anos, foi 25,5% (IC 95%: 20,2% - 32,1%). Pessoas com problemas na realização de atividades cotidianas apresentaram maior propensão a se automedicarem e aquelas com idade entre 50 a 65 anos ou com doenças crônicas mostraram tendência oposta. Metade dos medicamentos utilizados por quem se automedica precisava de prescrição para serem dispensados. Conclusões: embora os estudos incluídos na revisão sistemática apresentem diferenças entre as suas metodologias, o resultado daqueles com maior qualidade e período recordatório entre 7 e 15 dias indicou que há uma significante proporção da população adulta brasileira que se automedica. No Distrito Federal, a prevalência da automedicação foi mais baixa que a encontrada na revisão sistemática. A prática foi associada aos adultos jovens, com idade entre 18 a 34 anos, e aqueles com problemas na realização de suas atividades cotidianas. _________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT
Introduction: self-medication is a common practice and offers health risks when exercised irrationally. Despite being widely practiced, the estimates of self-medication are scarce. There are few studies in the Federal District on the subject, and none of them analyzed the self-medication quantitatively in the adult population of this region. Objective: to estimate the prevalence of self-medication among adults 18 to 65 years of age in Brazil and in the Federal District as well as to investigate the associated factors with this practice. Method: two surveys were conducted; in the first one a systematic review of population-based cross-sectional studies was performed. The search was carried out through the following databases: MEDLINE, Embase, Scopus, ISI, CINAHL, Cochrane Library, CRD, LILACS, SciELO, Brazilian theses register (Capes theses database) and a public domain source of Brazil (Portal Domínio Público), without any restrictions. Studies were selected by three independent researchers, who extracted data and assessed the quality of included studies. The second survey was a cross-sectional study conducted in the adult population (18 to 65 years old), selected by probability sampling with representativeness for the Federal District. Participants provided information such as sociodemographic status, presence of chronic diseases, the perception of their own state of health and the medication use in the last seven days. The prevalence of self-medication and its associated factors were obtained from those who reported using any medication in the last seven days. Poisson regression model with robust variance was used to identify associated factors with self-medication. Results: the systematic review included 12 studies, mostly conducted in the Southeast, after the year 2000 and that used recall period of 15 days. Only five studies had a high methodological quality. These included a study of recall period of seven days, in which the prevalence of self-medication was 22.9% (95% CI: 14.6% - 9 33.9%). The prevalence of self-medication in three studies of high methodological quality with 15-day recall period was 35.0% (95% CI: 29.0% - 40.0%, I2 = 83.9%) in the adult Brazilian population. Regarding the cross-sectional study, 646 adults who reported having used at least one medication in the last seven days were identified. The prevalence of self-medication was 15.0% (95% CI: 12.6% - 17.5%). The prevalence in older adults, 50 to 65 years of age, was 4.1% (95% CI: 2.2% - 7.6%), while the younger adults, 18 to 34 years of age, was 25.5 % (95% CI: 20.2% - 32.1%). People with problems in performing daily activities were more likely to self-medicate and those with 50 to 65 years of age and those with chronic diseases showed the opposite trend. Half the medications used by those who self-medicate needed prescription to be dispensed. Conclusions: although the studies included in the systematic review showed differences between their methodologies, the results of those with higher quality and recall period between 7 and 15 days indicated that there is a significant proportion of the adult Brazilian population that self-medicates. In the Federal District, the prevalence of self-medication was lower than that found in the systematic review. The practice was associated with young adults, 18 to 34 years old, and those with problems in carrying out their daily activities.
metadata.dc.description.unidade: Faculdade de Ciências da Saúde (FS)
Description: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2014.
metadata.dc.description.ppg: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
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