http://repositorio.unb.br/handle/10482/15917
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2014_JoaoEudesFilho.pdf | 1,47 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Propriedades terapêuticas da Melissa officinalis como alternativa natural para disfunções neurológicas |
Autor(es): | Eudes Filho, João |
Orientador(es): | Ferreira, Vania Maria Moraes |
Assunto: | Comportamento Memória Melissa officinalis Metilmercúrio Sepse |
Data de publicação: | 18-Jul-2014 |
Data de defesa: | 7-Mar-2014 |
Referência: | FILHO, João Eudes. Propriedades terapêuticas da Melissa officinalis como alternativa natural para disfunções neurológicas. 2014. 72 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas)—Universidade de Brasília, Brasília. 2014. |
Resumo: | A Melissa officinalis, popularmente conhecida como erva-cidreira, tem sido usada predominantemente em desordens relacionadas ao cérebro. Está bem documentado que os diferentes componentes dessa erva podem interferir no humor e na cognição de humanos e animais experimentais. Considerando esses aspectos, o objetivo deste estudo foi analisar os efeitos comportamentais e cognitivos do extrato de Melissa officinalis em dois modelos experimentais com possibilidade de traumas neurológicos: sepse experimental e administração de metil mercúrio (MeHg). Para tal, foram usados ratos machos Wistar (n= 150),conforme as recomendações do Comitê de Ética no Uso Animal (CEUA). Para a indução de sepse, os animais foram anestesiados com uma mistura de ketamina(80mg/kg) e xilazina (10mg/kg), seguida das cirurgias e exposição do ceco, comou sem perfuração para o extravasamento das fezes. Ao final dos procedimentos cirúrgicos, todos os animais receberam ceftriaxona (30 mg/kg) e clindamicina (25mg/kg). No segundo modelo experimental, os animais foram administrados comsalina ou MeHg (100 mg/kg). O extrato de M. officinalis (100 mg/kg) foi administrado por via oral, durante uma semana após os procedimentos mencionados, quando os animais foram avaliados nos seguintes testes experimentais: campo aberto (locomoção), Labirinto em cruz elevado (LCE,ansiedade), nado forçado (depressão) e esquiva inibitória (memória).Considerando os resultados com sepse, observou-se que os animais que sobreviveram à perfuração cecal apresentaram uma redução no percentual de entradas nos braços abertos do LCE, enquanto aqueles administrados com MeHgreduziram o percentual de tempo nos braços abertos do LCE. Ambos procedimentos, não alteraram as locomoções dos animais no teste do campo aberto e na frequência nos braços fechados do LCE. Além disso, esses mesmos animais apresentaram um aumento no tempo de imobilidade no teste do nado forçado, enquanto que no teste de esquiva inibitória eles reduziram o tempo de permanência na plataforma do equipamento. O extrato de M. officinalis interferiu,de forma positiva, no bloqueio dessas respostas, aumentando os parâmetros das entradas e/ou tempo de permanência dos animais nos braços abertos do LCE e reduzindo o tempo de imobilidade no nado forçado. No teste da esquiva inibitória,os melhores resultados com M. officinalis foram observados com o grupo de animais que sobreviveram à sepse, visto que o extrato melhorou a memória de curta e longa duração dos referidos animais. Nos ratos que foram expostos ao MeHg somente a memória de longa duração melhorou com a administração do extrato. Considerando esses resultados conclui-se que a M. officinalis parece ter propriedades ansiolíticas, antidepressivas e mnemônicas relacionadas a possíveis traumas neurológicos decorrentes de processos infecciosos e também devido à exposição de contaminante ambiental. ___________________________________________________________________________________ ABSTRACT Melissa officinalis, commonly known as lemon balm has been used predominantlyin the brain related disorders. It is well documented that different components ofthis herb may interfere with mood and cognition in humans and experimentalanimals. Considering these aspects, the aim of this study was to analyze thebehavioral and cognitive effects of this ethanolic extract of M. officinalis in twoexperimental models with possibility of neurological trauma: experimental sepsisand administration of methylmercury (MeHg). For this purpose, male Wistar rats(n= 150) were used, as recommended by the Ethics Committee on Animal Use. Toinduce experimental sepsis, the animals were anesthetized with a mixture ofketamine (80mg/kg) and xylazine (10mg/kg), followed by surgery and exposure ofthe cecum, with or without perforation area for overflow of feces. At the end of thesurgery, all animals received ceftriaxone (30 mg/kg) and clindamycin (25 mg/kg).In second experimental model, the animals were administered with saline or MeHg(100 mg/kg). M. officinalis ethanolic extract (100 mg/kg) was administered by oralroute for one week after those mentioned procedures, when the animals wereevaluated in the following experimental tests: open field (locomotion), elevatedplus maze – EPM (anxiety), forced swimming (depression) or inhibitory avoidance(memory) tests. Considering the results with sepsis, we observed that sepsissurvivor animals showed a decrease in the percentage of open arms entries of theEPM, while those administered with MeHg showed decrease in the percentage ofopen arms time of the EPM. Both procedures did not change the locomotion of theanimals in the open field test and frequency in the enclosed arms of the EPM.Furthermore, the same animals belonging to these two experimental protocolsalso showed an increase in immobility time in the forced swimming test, whereasin the inhibitory avoidance test they reduced the latency in the platform of theequipment. M. officinalis interfered positively in blocking almost all theseresponses, increasing the parameters of entries and/or time spent in the openarms of the EPM and reduced the immobility time in the forced swimming. At theinhibitory avoidance test, the best result with M. officinalis was observed in sepsis procedures, since the extract improved short- and long-term memories of those animals. In rats that were exposed to MeHg only long-term memory was improved with the extract administration. Considering these results it is concluded that M.officinalis appears to have anxiolytic, antidepressant and mnemonic propertiesrelated to possible neurological traumas resulting from infectious processes andalso due to exposure to environmental contaminants. |
Unidade Acadêmica: | Faculdade de Medicina (FMD) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, 2014. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
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