Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.unb.br/handle/10482/10196
Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2011_MailadoValMachado.pdf734,45 kBAdobe PDFVisualizar/Abrir
Título: O lugar do psicanalista nos hospitais gerais : entre os dispositivos clínicos e os dispositivos institucionais
Autor(es): Machado, Maíla do Val
Orientador(es): Chatelard, Daniela Scheinkman
Assunto: Psicanálise
Hospitais
Psicanalistas
Data de publicação: 3-Abr-2012
Referência: MACHADO, Maíla do Val. O lugar do psicanalista nos hospitais gerais: entre os dispositivos clínicos e os dispositivos institucionais. 2011. 157 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clínica e Cultura)-Universidade de Brasília, Brasília, 2011.
Resumo: As discussões que envolvem a psicanálise e a medicina estão presentes desde o início da invenção da teoria psicanalítica. Este trabalho foi um estudo que abrangeu essas discussões, uma vez que tratou da inserção da psicanálise nos hospitais gerais, espaço médico. A presente pesquisa revelou a crescente difusão da psicanálise nos outros campos do saber. Essa extensão da psicanálise para além dos consultórios particulares nos remete a uma preocupação em relação à formação do analista e à formalização da práxis analítica. Isso porque a difusão pode fazer com que os princípios psicanalíticos corram constantemente o risco de perder seu rigor ético e específico. No caso dos hospitais gerais, um dos pontos que justificou essa observação é o fato de que eles são marcados pelos referenciais médicos que se distanciam daqueles sustentados pelo psicanalista. Em síntese, essa observação indicou que o analista precisa construir um espaço de trabalho no hospital, sem deixar que seus fundamentos se misturem com aqueles que predominam na instituição. Este é um desafio para o analista, que precisa refletir e reconstruir condições para a formalização da sua prática, considerando as especificidades da sua clínica. O principal objetivo deste trabalho foi investigar, por meio de uma articulação entre a teoria, a prática e a pesquisa, qual o lugar (função) do psicanalista nos hospitais gerais. Para isso, inicialmente pesquisou-se sobre o início da psicanálise nos hospitais gerais e foram retomados alguns momentos da obra de Freud e do ensino de Lacan que autorizaram o psicanalista a sair dos consultórios. Em seguida, investigou-se o lugar do psicanalista no contexto hospitalar a partir de duas dimensões, que devem ser articuladas: a dimensão da clínica psicanalítica e a dimensão da instituição. Em relação à primeira dimensão, discutiu-se o lugar do psicanalista a partir da vertente do discurso, da ética e das especificidades da psicanálise. Essas vias convocam o analista a ocupar um lugar particular no hospital, o que gera alguns impasses e desafios. A dimensão institucional foi discutida por meio de algumas particularidades da clínica psicanalítica nos hospitais, tais como: a criatividade do analista, sua função dentro da equipe multiprofissional, o tempo de análise, as intervenções e as demandas analíticas. Concluiu-se que o lugar do psicanalista nos hospitais gerais se encontra entre a dimensão clínica e a dimensão institucional. Em última instância, isso significa que a função do psicanalista no hospital é específica desse local, pois aí ele se depara com situações variáveis que não se encontram nos consultórios particulares. Todavia, para que o analista possa exercer sua função, é essencial que ele se oriente pela dimensão clínica, ou seja, pelos próprios fundamentos da psicanálise. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT
There have been discussions involving psychoanalysis and medicine since the beginning of psychoanalysis theory’s development. These discussions are presented in this paper that describes the inclusion of psychoanalysis in general hospitals, usually medical place. This research revealed the increasing spread of psychoanalysis in other knowledge areas. The extension of psychoanalysis beyond the private practice has lead to a concern about the analyst educational background and the formalization of psychoanalytic praxis. The spreading can make the psychoanalytic principles more vulnerable to losing their ethical and specific consistency. Moreover, the fact that general hospitals are reminded by medical references distant from those sustained by psychoanalysts is one of the aspects that justify this observation. In short, this observation indicated that analysts need to build a working space in the hospitals, without letting their beliefs mingle with those that are predominant in the institutions. This is a challenge for the analysts, who should reflect upon and reconstruct conditions for the formalization of their practice, considering the specifics of their area. The main objective of this study is to investigate the place of the psychoanalysts in general hospitals through associating theory, practice and research. In order to accomplish it, the incorporation of psychoanalysis in general hospitals was first researched, and a few segments of Freud’s biography and Lacan's teaching that allowed the analyst to leave the offices were resumed. Next, the place of psychoanalysts in hospitals was investigated in two dimensions that should be articulated: the dimension of psychoanalytic practice and the size of the institution. Regarding the first dimension, the place of the psychoanalyst from the aspect of discourse, ethics and the specifics of psychoanalysis was discussed. These pathways summon the analyst to occupy a particular place in the hospital, which creates some difficulties and challenges. The institutional dimension was discussed by some peculiarities of psychoanalytic practice in hospitals, such as the analysts’ creativity, their role within the multidisciplinary staff, the time of analysis, interventions and analytical requirements. It was concluded that the place of the psychoanalysts in general hospitals is somewhere between the clinical dimension and the institutional dimension. Ultimately, this means that the role of psychoanalysts in hospitals is specific for there they face changing situations that are not common in private practice. However, in order to play their roles as analysts it is essential that the analysts guide themselves by the clinical dimension what is the very foundations of psychoanalysis.
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)-Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, 2011.
Publicação associada: http://repositorio.unb.br/handle/10482/19778
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

Mostrar registro completo do item Visualizar estatísticas



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.