| Campo DC | Valor | Idioma |
| dc.contributor.advisor | Euzébio, Umberto | pt_BR |
| dc.contributor.author | Lemos, Priscila Marques Cavalcante | pt_BR |
| dc.date.accessioned | 2025-10-24T18:46:53Z | - |
| dc.date.available | 2025-10-24T18:46:53Z | - |
| dc.date.issued | 2025-10-24 | - |
| dc.date.submitted | 2025-02-13 | - |
| dc.identifier.citation | LEMOS, Priscila Marques Cavalcante. Violações do Direito ao Território Ancestral: Análise do caso do Povo Xukuru do Ororubá julgado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos. 2025. 206 f., il. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025. | pt_BR |
| dc.identifier.uri | http://repositorio.unb.br/handle/10482/52921 | - |
| dc.description.abstract | O caso do Povo Xukuru do Ororubá, localizado em Pesqueira, no Estado do
Pernambuco, julgado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos em 2018,
representa um marco histórico para todos os povos indígenas do Brasil, tendo
em vista a primeira condenação do Estado Brasileiro pela violação do direito ao
território ancestral de uma comunidade indígena. Nesse sentido, o caso somente
chegou até a Corte Interamericana porque o Estado Brasileiro falhou gravemente
na proteção dos direitos humanos do Povo Xukuru, que desde o século XVI luta
pelo seu território ancestral, sofrendo diversos tipos de violência e assassinatos.
Assim sendo, o objetivo do presente estudo foi investigar os motivos da lentidão
no cumprimento da sentença da Corte Interamericana no caso, levando em
consideração que o Estado Brasileiro aderiu à Convenção Americana em 1992
e reconheceu a jurisdição da Corte em 10 de dezembro de 1998. Nesse sentido,
averiguou-se a existência de dois processos judiciais mencionados na sentença
da Corte Interamericana de Direitos Humanos envolvendo o território Xukuru,
sendo que o mais relevante se relacionava ao território Caípe, que foi objeto de
ação de reintegração de posse por não indígenas com sentença transitada em
julgado desfavorável ao Povo Xukuru, com fundamento em suposto Marco
Temporal referente à Constituição de 1934, principal causa da demora no
cumprimento da sentença da Corte. Tratou-se de estudo qualitativo realizado por
meio de pesquisa documental e bibliográfica, em que foram analisados os fatores
que ocasionaram a lentidão no cumprimento da sentença pelo Estado Brasileiro,
partindo-se do método dedutivo e da compreensão de que os povos originários
possuem o direito ancestral aos seus territórios, sendo esse direito pressuposto
para o exercício dos demais direitos humanos. Os resultados da pesquisa
retrataram que o Estado Brasileiro não está comprometido com a efetividade dos
direitos indígenas garantidos constitucionalmente e também está na contramão
do entendimento da Corte Interamericana, ao transformar a Tese do Marco
Temporal na Lei 14.701/2023, que inviabilizou diversas demarcações de outras
terras indígenas em curso, com fundamento na crença racista de que os povos
originários não são capazes de gerir seus territórios e recursos, demonstrando a
importância da vitória do Povo Xukuru que conseguiu a posse do território Caípe
após 31 anos de litígio judicial, em 2023, em razão do ingresso no Sistema
Interamericano em 2002. | pt_BR |
| dc.language.iso | por | pt_BR |
| dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
| dc.title | Violações do Direito ao território ancestral : análise do caso do povo Xukuru do Ororubá julgado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos | pt_BR |
| dc.type | Dissertação | pt_BR |
| dc.subject.keyword | Povo Xukuru | pt_BR |
| dc.subject.keyword | Corte Interamericana de Direitos Humanos | pt_BR |
| dc.subject.keyword | Território | pt_BR |
| dc.subject.keyword | Ancestralidade | pt_BR |
| dc.subject.keyword | Direitos humanos | pt_BR |
| dc.subject.keyword | Ancestralidade; Direitos humanos. | pt_BR |
| dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
| dc.description.abstract1 | The case of the Xukuru Indigenous People of Ororubá, located in Pesqueira, in
the state of Pernambuco, heard by the Inter-American Court of Human Rights in
2018, represents a historic milestone for all Indigenous peoples in Brazil, as it is
the first time the Brazilian state has been convicted of violating the right to the
ancestral territory of an Indigenous community. In this sense, the case only
reached the Inter-American Court because the Brazilian state had seriously failed
to protect the human rights of the Xukuru people, who have been fighting for their
ancestral territory since the 16th century, suffering various types of violence and
murders since the colonial period. Therefore, this study investigated the reasons
for the delay in complying with the Inter-American Court's ruling in the case,
considering that the Brazilian state acceded to the American Convention in 1992
and recognized the Court's jurisdiction on December 10, 1998. In this sense, it
was found that there were two lawsuits mentioned in the Inter-American Court of
Human Rights ruling involving the Xukuru territory, the main one relating to the
Caípe Property, which was the subject of a repossession action by nonindigenous people with a final and unappealable judgment unfavorable to the
Xukuru People, based on a supposed Temporal Framework referring to the 1934
Constitution. This study is a qualitative documentary and bibliographical research
which analyzed the factors that led to the delay in the Brazilian state's compliance
with the ruling, using the deductive method and understanding that the original
peoples have an ancestral right to their territories and that this right is a
prerequisite for the exercise of other human rights. The survey results showed
that the Brazilian state is not committed to the effectiveness of Indigenous rights
guaranteed by the constitution and is also going against the understanding of the
Inter-American Court by transforming the Temporal Framework Thesis into Law
14. 701/2023. This law made several demarcations of other indigenous lands in
progress unfeasible, based on the racist belief that indigenous peoples are not
capable of managing their territories and resources, demonstrating the
importance of the victory of the Xukuru People who obtained possession of the
Caípe territory after 31 years of legal litigation, in 2023, due to their entry into the
Inter-American System in 2002. | pt_BR |
| dc.description.unidade | Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (CEAM) | pt_BR |
| dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional | pt_BR |
| dc.description.ppg | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Centro de Estudos Avançados e Multidisciplinares, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional, 2025. | pt_BR |
| Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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