http://repositorio.unb.br/handle/10482/52775
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
2025_RafaelaDosSantosFerreira_DISSERT.pdf | 2,52 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Mapeamento das ações estratégicas para planos de contingência para enfrentamento de epidemias de arboviroses |
Autor(es): | Ferreira, Rafaela dos Santos |
Orientador(es): | Carvalho, Jonas Lotufo Brant de |
Coorientador(es): | Wachira, Virginia Kagure |
Assunto: | Arboviroses Emergência de saúde pública Plano de contingência |
Data de publicação: | 20-Out-2025 |
Data de defesa: | 21-Mar-2025 |
Referência: | FERREIRA, Rafaela dos Santos. Mapeamento das ações estratégicas para planos de contingência para enfrentamento de epidemias de arboviroses. 2025. 135 f., il. Dissertação (Mestrado Profissionalizante em Saúde Coletiva) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025. |
Resumo: | As arboviroses urbanas (dengue, Zika e chikungunya), são um grave problema de saúde pública no Brasil devido à sua ampla disseminação e impacto significativo. A co-circulação desses vírus agrava os desafios no manejo clínico e na mitigação das doenças. Fatores socioambientais, como urbanização desordenada e mudanças climáticas, ampliam os riscos, culminando na maior epidemia de dengue registrada em 2024, com 6,4 milhões de casos prováveis e quase 6 mil óbitos. Neste sentido, o presente trabalho objetivou mapear componentes e ações- chave dos planos de contingência para arboviroses e comparar as ações elencadas nos planos nas três esferas do Sistema Único de Saúde (SUS), verificando sua conformidade com as normativas e legislações vigentes. Foi realizada uma revisão de escopo com base nas diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR), analisando planos de contingência estaduais, municipais e federal, além de literatura científica e documentos para mapear os componentes e ações- chave. Além disso, foi utilizado o modelo lógico como método para verificar a consonância com as normativas e legislações vigentes. Os atores envolvidos mais frequentes foram Vigilância Epidemiológica (67,4%); Vigilância Ambiental (53,5%) e Vigilância Laboratorial (46,5%). Com relação aos componentes estratégicos a Vigilância Epidemiológica esteve presente em 90% dos documentos analisados. Os indicadores identificados foram incidência (48,6%) e número de óbitos (40,5%). As ações consistiram principalmente em monitoramento epidemiológico, controle vetorial, capacitação de profissionais e mobilização social. Foi identificada conformidade dos planos analisados junto as normas e legislações vigentes. A revisão de escopo revelou diversidade nos componentes e indicadores dos planos de contingência para arboviroses, com destaque para a vigilância epidemiológica como eixo central. No entanto, houve baixa inclusão de setores como atenção primária e especializada, evidenciando fragilidades na integração entre vigilância e assistência. Indicadores como incidência e óbitos são prioritários, mas carecem de padronização. Há necessidade de maior coordenação intersetorial e especificação de competências entre esferas de gestão para fortalecer a resposta a emergências. A análise dos planos de contingência para arboviroses destaca avanços na vigilância epidemiológica, mas aponta a necessidade de maior integração com a atenção primária e a regulação. É essencial incorporar indicadores de assistência, fortalecer a capacitação profissional e estabelecer articulação intersetorial robusta para abordar vulnerabilidades socioambientais. A distinção clara entre ações de rotina e de emergência, aliada à alocação eficiente de recursos e à mobilização social, é crucial. Por fim, gestores devem implementar diretrizes e coordenar esforços entre níveis de governo, garantindo respostas mais eficazes e equitativas às epidemias. |
Abstract: | Urban arboviruses (dengue, Zika, and chikungunya) are a serious public health issue in Brazil due to their wide dissemination and significant impact. The cocirculation of these viruses exacerbates the challenges in clinical management and disease mitigation. Socio-environmental factors, such as unplanned urbanization and climate change, increase risks, culminating in the largest dengue epidemic ever recorded in 2024, with 6.4 million probable cases and nearly 6,000 deaths. In this context, the present study aimed to map key components and actions of arbovirus contingency plans and to compare the actions outlined in the plans across the three levels of the Unified Health System (SUS), verifying their compliance with current regulations and legislation. A scoping review was conducted based on the guidelines of the Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR), analyzing federal, state, and municipal contingency plans, as well as scientific literature and official documents, to identify key components and actions. In addition, the logical model was used as a method to assess alignment with current standards and regulations. The most frequently involved actors were Epidemiological Surveillance (67.4%), Environmental Surveillance (53.5%), and Laboratory Surveillance (46.5%). Regarding strategic components, Epidemiological Surveillance was present in 90% of the analyzed documents. The indicators most commonly identified were incidence (48.6%) and number of deaths (40.5%). The main actions involved epidemiological monitoring, vector control, professional training, and social mobilization. The plans analyzed were found to be in compliance with existing norms and legislation. The scoping review revealed diversity in the components and indicators of arbovirus contingency plans, with epidemiological surveillance standing out as a central pillar. However, there was limited inclusion of sectors such as primary and specialized care, highlighting weaknesses in the integration between surveillance and healthcare services. Indicators such as incidence and deaths are prioritized but lack standardization. There is a need for greater intersectoral coordination and a clearer specification of roles across levels of governance to strengthen emergency response. The analysis of arbovirus contingency plans highlights progress in epidemiological surveillance but also points to the need for greater integration with primary care and health system regulation. It is essential to incorporate healthcare-related indicators, strengthen professional training, and establish robust intersectoral coordination to address socio-environmental vulnerabilities. A clear distinction between routine and emergency actions, along with efficient resource allocation and social mobilization, is crucial. Finally, managers must implement guidelines and coordinate efforts across government levels to ensure more effective and equitable responses to epidemics. |
Unidade Acadêmica: | Faculdade de Ciências da Saúde (FS) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2025. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Mestrado Profissionalizante |
Licença: | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.