http://repositorio.unb.br/handle/10482/52602
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MarianaOliveiraESilvaBacciotti_TESE.pdf | 5,03 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Forma urbana e emissões de gases de efeito estufa no Brasil. |
Autor(es): | Bacciotti, Mariana Oliveira e Silva |
Orientador(es): | Torres, Marcelo de Oliveira |
Assunto: | Densidade Emissões de gases de efeito estufa Forma urbana Espraiamento Fragmentação Centralidade urbana |
Data de publicação: | 9-Out-2025 |
Data de defesa: | 21-Fev-2025 |
Referência: | BACCIOTTI, Mariana Oliveira e Silva. Forma Urbana e Emissões de Gases de Efeito Estufa no Brasil. 2025. 181 f. Tese (Doutorado em Economia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025. |
Resumo: | Esta tese reúne três artigos independentes, mas inter-relacionados, e investiga aspectos relacionados à forma urbana no Brasil e sua relação com as emissões de gases de efeito estufa (GEE). O primeiro artigo examina o impacto da densidade sobre as emissões. Uma métrica de densidade urbana é utilizada para capturar a relação entre população e área da mancha urbana, excluindo grandes áreas rurais frequentemente incluídas em índices convencionais de densidade demográfica. Análises de regressão em painel demonstram que a densidade específica da área urbana desempenha um papel significativo na redução das emissões de GEE, mesmo após o controle de variáveis como desenvolvimento econômico e tamanho populacional. As conclusões aplicam-se a diferentes escalas geográficas consideradas – 27 estados, 137 mesorregiões, 558 microrregiões e 4298 áreas mínimas comparáveis (AMC) – no período de 1991-2010. O segundo artigo desenvolve uma base de dados com métricas espaciais para aprofundar a caracterização da forma urbana no Brasil. Amplia-se o olhar para além da densidade urbana, considerando-se aspectos espaciais ligados à forma urbana, identificando-se as diferenças entre áreas e avaliando-se mudanças ao longo do tempo. Mapas de uso e ocupação do solo foram utilizados para estimar métricas de paisagem e derivar indicadores para as 187 concentrações urbanas brasileiras médias e grandes nos anos de 1985, 1991, 2000, 2010, 2015 e 2022. Por meio do pacote landscapemetrics no software R, foram gerados cinco indicadores: extensão urbana, complexidade dos fragmentos, complexidade dos limites urbanos, centralidade e compacidade. Os resultados mostram que a área urbana média aumentou de 36,69 km² (1985) para 103,60 km² (2022), com maior centralidade e redução na complexidade dos fragmentos e dos limites urbanos. Concentrações com maior PIB per capita e IDH apresentaram maior extensão urbana e centralidade, mas menor complexidade dos fragmentos e limites, sem diferenças estatísticas na compacidade. Por fim, o terceiro artigo utiliza as métricas desenvolvidas no segundo para aprofundar a análise da relação entre forma urbana e emissões de GEE. Foi criado um indicador de dispersão urbana, que integra aspectos ligados a fragmentação, centralidade e compacidade a partir dos indicadores desenvolvidos no artigo 2. Um modelo STIRPAT modificado foi aplicado às concentrações urbanas de médio e grande porte no Brasil, cobrindo o período de 1991 a 2010. Os resultados revelam que a densidade urbana está associada a uma redução nas emissões de GEE per capita, com elasticidade estimada de -0,737, enquanto a dispersão aumenta as emissões, com elasticidade de 2,915. Esses achados reforçam a necessidade de políticas urbanas que promovam densificação, compactação e redução da fragmentação, associadas ao incentivo ao transporte público e à mobilidade ativa. Regulamentações de uso do solo e instrumentos fiscais, ajustados ao contexto local, podem contribuir para o desenvolvimento de estruturas urbanas menos poluentes. |
Abstract: | This thesis comprises three independent but interrelated papers investigating aspects of urban form in Brazil and its relationship with greenhouse gas (GHG) emissions. The first paper examines the impact of density on emissions. Using an urban density metric that captures the relationship between population and urban area—while excluding large rural areas often included in conventional demographic density indices—panel regression analyses demonstrate that urban-area-specific density significantly reduces GHG emissions. This effect persists even after controlling for variables such as economic development and population size. The findings hold across multiple geographical scales (27 states, 137 mesoregions, 558 microregions, and 4,298 comparable minimum areas [AMC]) over the period from 1991 to 2010. The second paper develops a spatial metrics database to characterize Brazil’s urban form in greater depth. Expanding the analysis beyond urban density, it incorporates spatial aspects of urban form to identify regional differences and temporal changes. Land use and land cover maps were used to estimate landscape metrics for 187 medium and large Brazilian urban concentrations in 1985, 1991, 2000, 2010, 2015, and 2022. Using the landscapemetrics package in R, five indicators were generated: urban extent, fragment complexity, urban boundary complexity, centrality, and compactness. Results show that the average urban area increased from 36.69 km² (1985) to 103.60 km² (2022), with greater centrality and reduced fragment and boundary complexity. Urban concentrations with higher GDP per capita and HDI exhibited larger urban extents and centrality but lower fragment and boundary complexity, though compactness showed no statistically significant differences. The third paper leverages the metrics from the second to further explore the relationship between urban form and GHG emissions. An urban sprawl indicator was developed, integrating fragmentation, centrality, and compactness based on Paper 2’s framework. Applying a modified STIRPAT model to medium and large urban concentrations in Brazil (1991–2010), the results indicate that urban density is associated with reduced per capita GHG emissions (elasticity: −0.737), while sprawl increases emissions (elasticity: 2.915). These findings underscore the importance of urban policies promoting densification, compactness, and reduced fragmentation, alongside incentives for public transportation and active mobility. Context-sensitive land use regulations and fiscal instruments could further support the development of less carbon-intensive urban structures. |
Unidade Acadêmica: | Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas (FACE) Departamento de Economia (FACE ECO) |
Informações adicionais: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Administração, Contabilidade, Economia e Gestão de Políticas Públicas, Departamento de Economia, Brasília, 2025. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Economia |
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Agência financiadora: | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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