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Título: Artigos sobre gastos públicos da conservação da biodiversidade. Brasil : 20 anos de avanços e recuos
Autor(es): Silva, Carlos Eduardo Menezes da
Orientador(es): Nogueira, Jorge Madeira
Assunto: Finanças para a Biodiversidade
Economia ambiental - Brasil
Gastos públicos
Conservação da biodiversidade
Políticas ambientais
Data de publicação: 9-Out-2025
Referência: SILVA, Carlos Eduardo Menezes da. Artigos sobre gastos públicos da conservação da biodiversidade. Brasil : 20 anos de avanços e recuos. 2025. 165 f., il. Tese (Doutorado em Economia) — Universidade de Brasília, Brasília, Brasília, 2025.
Resumo: Reverter a perda progressiva da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos é hoje um dos principais desafios da humanidade. Esse desafio leva a uma necessária conexão entre conservação da biodiversidade e promoção do bem-estar humano. E dessa forma ressalta a responsabilidade e a necessidade de atuação de governos para a sua promoção. Torna-se necessário, então, avaliar qual a real contribuição dos governos para fazer frente a esse desafio. Este trabalho teve como objetivo avaliar a contribuição do governo federal do Brasil para a conservação da biodiversidade entre os anos 2000 e 2019 e avaliar o desenvolvimento do financiamento para a conservação como campo de pesquisas. Para atingir esses objetivos, foram desenvolvidos quatro artigos. O primeiro artigo é uma revisão sistemática de literatura sobre a Economia da Conservação e o Financiamento da Conservação. Em seguida, foram desenvolvidos três estudos baseados nas etapas da Iniciativa Finanças pela Biodiversidade – BIOFIN, desenvolvida pelas Nações Unidas. O segundo artigo é um estudo de revisão política e institucional relativa à biodiversidade no âmbito do governo federal do Brasil. O terceiro artigo é um estudo de Revisão de Gastos com Biodiversidade realizado pelo governo federal por meio de levantamento, análise e descrição dos recursos financeiros destinados à conservação. O quarto artigo é uma análise das lacunas de financiamento. Os resultados demonstraram que o número de estudos sobre o financiamento para a conservação vem aumentando. No entanto, ainda se trata de uma área com muitas lacunas de conhecimento e com fundamentação teórica e arcabouço metodológico pouco desenvolvido. Em relação aos resultados da aplicação da abordagem BIOFINao caso do governo federal do Brasil, nesse período avaliado, havia ao menos 21 normas e cerca de 195 instrumentos previstos na legislação federal. Esses instrumentos eram destinados a atender à Estratégia e Plano de Ações Nacionais para a Biodiversidade – EPANB. Porém, a maior parte das ações orçamentárias realizadas pelos órgãos de gestão das políticas de biodiversidade em nível federal distorce as diretrizes previstas nessas normas elencadas. Os resultados demonstraram, também, uma diferenciação entre os gastos diretos com a conservação da biodiversidade, cerca de R$176 milhões/ano (ou 0,006% do PIB e 0,029% do orçamento federal). Entre os gastos indiretos, cerca R$1,5 bilhão/ano (ou 0,029% do PIB e 0,146% do orçamento federal). Já a lacuna de financiamento foi estimada em R$411 bilhões. Quando ajustados pelos fatores BIOFIN, esta lacuna é de R$ 155 bilhões. Por fim, os resultados demonstraram uma dimensão de mais de R$ 50 bilhões anuais entre recursos já existentes e em recursos potenciais em dez soluções financeiras elencadas possíveis de serem aplicadas no financiamento da conservação. Esses resultados demonstram, por um lado, a tendência de redução nos gastos observados no período avaliado. Isso coloca o Brasil em situação preocupante, uma vez que os gastos com biodiversidade estão abaixo das metas internacionais estabelecidas. Por outro lado, há que se considerar as dificuldades apresentadas em relação aos métodos de contabilização desses gastos. Há, ainda, muita imprecisão na definição do que são gastos com biodiversidade e na avaliação de sua efetividade. Nesse contexto, é essencial ponderar os resultados encontrados aqui como um primeiro esforço em apontar um diagnóstico mais preciso da situação.
Abstract: Reversing the progressive loss of biodiversity and ecosystem services is one of humanity's main challenges. This challenge leads to a necessary connection between biodiversity conservation and promoting human well-being. This highlights the responsibility and need for governments to take action to promote it. Therefore, it is necessary to assess governments' real contribution in addressing this challenge. This study aimed to assess the contribution of the Brazilian federal government to biodiversity conservation between 2000 and 2019 and to evaluate the development of conservation financing as a field of research. Four articles were developed to achieve these objectives. The first article is a systematic review of the literature on the economics of conservation and conservation financing. Next, three studies were developed based on the stages of the Finance for Biodiversity Initiative (BIOFIN) developed by the United Nations. The second article reviews the Brazilian federal government's biodiversity-related policy and institutional arrangements. The third article reviews biodiversity spending by the federal government through a survey, analysis and description of financial resources allocated to conservation. The fourth article is an analysis of funding gaps. The results showed that the number of studies on financing for conservation has been increasing. However, this area has many knowledge gaps and a poorly developed theoretical foundation and methodological framework. Regarding the results of applying the BIOFIN approach to the case of the Brazilian federal government during the period evaluated, there were at least 21 regulations and approximately 195 instruments provided for in federal legislation to comply with the National Biodiversity Strategy and Action Plan (EPANB). However, most of the budgetary actions carried out by biodiversity policy management bodies at the federal level distort the guidelines set out in these regulations. The results also showed a difference between direct spending on biodiversity conservation of around R$176 million/year (or 0.006% of GDP and 0.029% of the federal budget) and indirect spending of around R$1.5 billion/year (or 0.029% of GDP and 0.146% of the federal budget). The financing gap was estimated at R$411 billion. When adjusted for BIOFIN factors, this gap is R$155 billion. Finally, the results showed a difference of more than R$50 billion per year between existing and potential resources in ten financial solutions listed as possible for use in conservation financing. These results demonstrate, on the one hand, a downward trend in spending during the period evaluated. This puts Brazil in a worrying situation, since spending on biodiversity is below established international targets. On the other hand, the difficulties presented by the accounting methods for these expenditures must be considered. There is still much imprecision in defining what constitutes biodiversity expenditure and assessing its effectiveness. In this context, it is essential to consider the results found here as a first effort to provide a more accurate diagnosis of the situation.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas (FACE)
Departamento de Economia (FACE ECO)
Informações adicionais: Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Administração, Contabilidade, Economia e Gestão de Políticas Públicas, Departamento de Economia, Brasília, 2025.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Economia
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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