http://repositorio.unb.br/handle/10482/52345
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2025_GracielleMedeirosAlbernaz_DISSERT.pdf | 1,89 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Memória de reconhecimento em macacos-prego (Sapajus spp.) : um estudo comparativo entre indivíduos adultos e idosos |
Autor(es): | Albernaz, Gracielle Medeiros |
Orientador(es): | Barros, Marilia |
Assunto: | Memória de reconhecimento Macaco-prego Envelhecimento Idosos Adultos |
Data de publicação: | 25-Jun-2025 |
Data de defesa: | 7-Fev-2025 |
Referência: | ALBERNAZ, Gracielle Medeiros. Memória de reconhecimento em macacos-prego (Sapajus spp.): um estudo comparativo entre indivíduos adultos e idosos. 2025. 83 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025. |
Resumo: | A memória de reconhecimento refere-se à capacidade de discernir se um estímulo já foi visto anteriormente ou não, sendo importante para o planejamento de comportamentos adaptativos. É um tipo de memória significativamente impactado no envelhecimento, apresentando déficits importantes em pacientes com demência. Contudo, mais estudos se fazem necessário para uma melhor compreensão quanto a uma possível falha na memória de reconhecimento decorrente do processo natural de envelhecimento. Uma forma comum de medir a memória de reconhecimento atualmente é utilizando o teste de Reconhecimento Espontâneo de Objetos (REO) e as suas variações, como o Reconhecimento Objeto-Lugar (ROL). Esses testes tipicamente empregados em roedores foram recentemente adaptados para primatas não-humanos, os quais apresentam grande potencial como um modelo mais translacional. O objetivo do presente estudo foi comparar a memória de reconhecimento de indivíduos adultos e idosos em macacos-prego (Sapajus spp.) usando os testes de REO e ROL com diferentes intervalos de retenção. Para isso, cada sujeito foi submetido, individualmente e em seu próprio viveiro de moradia, ao teste de REO e depois ao teste de ROL. Cada teste compreendeu em uma sessão treino de 5 min, um intervalo de retenção (IR 10 min, 6 h ou 24 h) e uma sessão teste de 5 min. Desta forma, cada sujeito foi submetido a três testes de REO e três testes de ROL, um teste para cada intervalo de retenção. Para o teste de REO, duas cópias exatas de um mesmo objeto foram apresentadas ao sujeito na sessão treino, enquanto na sessão teste somente uma das cópias foi reapresentada junto com um objeto desconhecido. Para o teste de ROL, duas cópias idênticas de um mesmo objeto foram apresentadas ao sujeito em ambas as sessões, mas na sessão teste uma das cópias foi posicionada em um local diferente ao visto na sessão treino. No teste de REO, tanto os indivíduos adultos e idosos demonstraram uma memória de reconhecimento após os IR 10 min e 24 h, mas não após 6 h. Na sessão teste, os adultos passaram mais tempo explorando o objeto novo em detrimento do familiar após os IR 10 min e 24 h. Contudo, os idosos passaram mais tempo explorando o objeto familiar do que o novo após o IR 10 min e exploraram por mais tempo o objeto novo ao invés do familiar após o IR 24 h. O desempenho dos sujeitos no teste não estava correlacionado ao tempo de exploração na sessão treino, ao tempo de locomoção na sessão teste ou a idade do sujeito (no caso dos idosos). No teste de ROL, uma memória de reconhecimento foi detectada apenas para os adultos após o IR 10 min, onde passaram mais tempo explorando o objeto novo em detrimento do familiar durante a sessão teste. O desempenho dos macacos-prego nesse teste não estava relacionado ao tempo de exploração na sessão treino ou a idade do sujeito, no caso dos idosos, mas foi detectada uma correlação negativa entre o desempenho no teste e o tempo de locomoção na sessão teste após os IR 10 min e 6 h. Em ambos os testes de memória, a exploração total e a locomoção permaneceram constante entre as sessões treino e teste. Portanto, macacosprego idosos não demonstram a mesma capacidade de memória de reconhecimento que indivíduos adultos. Aspectos como a complexidade do teste (REO vs. ROL) e o intervalo de retenção (curto prazo vs. longo prazo; p.ex., 10 min, 6 h e 24 h), além de fatores como o estresse, parecem influenciar diferentemente a memória de reconhecimento de macacosprego adultos e idosos. |
Abstract: | Recognition memory refers to the ability to distinguish whether a stimulus has been seen before or not, being important for planning adaptive behavior. This type of memory is significantly influenced by aging, with important deficits being detected in patients with dementia. However, more studies are necessary to better understand possible recognition memory deficits due to a natural aging process. Currently, recognition memory is typically assessed using the Spontaneous Object Recognition (SOR) test and its variations, such as the Spontaneous Object-Location (SOL) recognition test. These typical rodent tests have recently been adapted for non-human primates, the latter being a more translational model. The present study thus aimed to compare the recognition memory ability of adult and elderly capuchin monkeys (Sapajus spp.) using the SOR and SOL tests with different retention intervals. Each subject was submitted, individually and in their own home cages, to the SOR test and then to the SOL test. Each test comprised of a 5-min sample trial, a retention interval (RI 10 min, 6 h or 24 h) and a 5-min test trial. Thus, each subject was submitted to three SOR tests and three SOL tests, one test for each retention interval. For the SOR test, the subject was exposed to two identical copies of a same object during the sample trial, while in the test trial only one of the copies was presented alongside a novel object. For the SOL test, the subject was exposed to two identical copies of a same object in both trials, but in the test trial one of the objects was placed in a different location from that of the sample trial. During the SOR test, both the adult and elderly subjects demonstrated having a recognition memory after the RI 10 min and 24 h, but not after 6 h. In the test trial, the adults spent more time exploring the novel object rather than the familiar item after the RI 10 min and 24 h. However, the elderly group spent more time exploring the familiar object compared to the novel item after the IR 10 min and explored the novel object longer than the familiar item after the IR 24 h. Performance in this test was not correlated to total exploration in the sample trial, locomotion in the test trial or subject age (in the case of the elderly group). In the SOL test, recognition memory was only observed in the adults after the RI 10 min, as during the test trial they spent more time exploring the novel object rather than the familiar item. The capuchin monkeys' performance in this test was not associated with exploration time during the sample trial or the subject’s age, in the case of the elderly group. However, a negative correlation was detected between test performance and locomotion during the test trial after the IR 10 min and 6 h. For both the SOR and SOL tests, total exploration and locomotion remained unaltered between the sample and test trials. Therefore, the recognition memory ability of capuchin monkeys seem to differ between adult and elderly individuals. Test complexity (SOR vs. SOL) and retention interval (short-term vs. long-term; e.g., 10 min, 6 h and 24 h), as well as factors such as stress, seem to differently influence the recognition memory ability of adult and elderly capuchin monkeys. |
Unidade Acadêmica: | Faculdade de Ciências da Saúde (FS) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2025. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde |
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Agência financiadora: | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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