Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Ghiraldelli, Reginaldo | - |
dc.contributor.author | Luz, Mirela Berendt Pinto da | - |
dc.date.accessioned | 2025-06-06T12:01:29Z | - |
dc.date.available | 2025-06-06T12:01:29Z | - |
dc.date.issued | 2025-06-06 | - |
dc.date.submitted | 2025-01-16 | - |
dc.identifier.citation | LUZ, Mirela Berendt Pinto da. A privatização da educação superior no Brasil: um estudo sobre o Programa de Financiamento Estudantil (FIES) e o acesso ao mercado de trabalho. 2025. 142 f., il. Tese (Doutorado em Política Social) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio.unb.br/handle/10482/52320 | - |
dc.description | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Serviço Social, Programa de Pós-Graduação em Política Social, 2025. | pt_BR |
dc.description.abstract | A presente pesquisa analisa o Fundo de Financiamento ao Estudante do
Ensino Superior (FIES) e sua relação com a privatização do ensino superior brasileiro
e o acesso ao mercado de trabalho. Embora o FIES seja uma política pública, uma
vez que seu gerenciamento é realizado pelo Estado, os estudantes que utilizam esse
financiamento são obrigados a reembolsar os valores, acrescidos de juros, após a
conclusão ou interrupção do curso. Até maio de 2022, a dívida acumulada por
contratos em atraso há mais de 90 dias totalizava R$ 7,3 bilhões, abrangendo 48,8%
dos contratos firmados, conforme dados da Agência Senado (2022). O histórico do
financiamento estudantil no Brasil remonta a 1975, no período da ditadura civil-militar,
com o intuito de apoiar estudantes de baixa renda por meio do Programa Nacional de
Financiamento ao Estudante (PRONAFE) que, em 1992, foi renovado pela Lei nº
8.436 como CREDUC e substituído pelo FIES em 1999, durante a gestão de Fernando
Henrique Cardoso. Dados do Censo da Educação Superior mostram que, entre 1999
e 2023, houve um aumento significativo na quantidade de instituições e estudantes
matriculados no ensino superior privado. A pesquisa, fundamentada em uma
abordagem histórico-crítica e dialética, identificou que o FIES é um mecanismo de
acesso à educação superior em benefício do setor privado. O estudo foi realizado por
meio de pesquisa qualitativa, com respaldo em dados documentais, bibliográficos e
pesquisa de campo com egressos de cursos superiores que contrataram o FIES. Os
dados obtidos incluíram a dificuldade de pagamento do financiamento em decorrência
de um contexto de crise, baixos salários, desemprego e trabalho precário. Nota-se
que o FIES não é apenas um acesso facilitado ao ensino superior privado, mas uma
estratégia do Estado de transferência de responsabilidade da educação pública para
a iniciativa privada. Em uma lógica neoliberal, a educação financiada tornou-se uma
mercadoria em que estudantes são levados a pagar pela educação devido ao número
insuficiente de vagas em instituições públicas. Ou seja, o FIES se apresenta como
uma política que promove o empresariamento da educação, levando ao
endividamento de estudantes que buscam uma formação de nível superior. Isso
resulta em uma contraditória ideia de democratização da educação pois, nesse
cenário, o acesso à política educacional, que deveria ser assegurada pelo Estado
como um direito universal em todos os níveis para o conjunto da população, passa a
depender, sob a ótica privatista, de condições financeiras individuais. | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | A privatização da educação superior no Brasil : um estudo sobre o Programa de Financiamento Estudantil (FIES) e o acesso ao mercado de trabalho | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.subject.keyword | Educação superior - Brasil | pt_BR |
dc.subject.keyword | Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) | pt_BR |
dc.subject.keyword | Privatização da educação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Neoliberalismo | pt_BR |
dc.subject.keyword | Mercado de trabalho | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | This research analyzes the Higher Education Student Financing Fund
(FIES) and its relationship with the privatization of Brazilian higher education and
access to the job market. Although FIES is a public policy, as it is managed by the
State, students who use this financing are required to repay the amounts, plus interest,
after completing or interrupting the course. As of May 2022, the debt accumulated from
contracts overdue for more than 90 days totaled R$ 7.3 billion, covering 48.8% of the
contracts signed, according to data from Agência Senado (2022). The history of
student financing in Brazil dates back to 1975, during the civil-military dictatorship, with
the aim of supporting low-income students through the National Student Financing
Program (PRONAFE), which in 1992 was renewed by Law N°. 8.436 as CREDUC and
replaced by FIES in 1999, during the administration of Fernando Henrique Cardoso.
Data from the Higher Education Census show that between 1999 and 2023, there was
a significant increase in the number of institutions and students enrolled in private
higher education. The research, based on a historical-critical and dialectical approach,
identified that FIES is a mechanism for accessing higher education that benefits the
private sector. The study was conducted through qualitative research, supported by
documentary, bibliographic data, and field research with graduates of higher education
courses who contracted FIES. The data obtained included the difficulty of repaying the
financing due to a context of crisis, low wages, unemployment, and precarious work. It
is noted that FIES is not just an easy access to private higher education, but a State
strategy to transfer the responsibility of public education to the private sector. In a
neoliberal logic, financed education has become a commodity where students are led
to pay for education due to the insufficient number of places in public institutions. In
other words, FIES presents itself as a policy that promotes the commercialization of
education, leading to the indebtedness of students seeking higher education. This
results in a contradictory idea of democratizing education because, in this scenario,
access to educational policy, which should be ensured by the State as a universal right
at all levels for the entire population, becomes dependent, from a privatist perspective,
on individual financial conditions. | pt_BR |
dc.description.unidade | Instituto de Ciências Humanas (ICH) | pt_BR |
dc.description.unidade | Departamento de Serviço Social (ICH SER) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Política Social | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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