Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.unb.br/handle/10482/52318
Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2024_AvelinaAlvesLimaNeta_TESE.pdf2,31 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
Título: Percepção social da desigualdade de renda no Brasil
Autor(es): Lima Neta, Avelina Alves
Orientador(es): Neves, Angela Vieira
Assunto: Desigualdade de renda
Percepção social
Aspectos socioeconômicos
Aspectos ideológicos
Grupos sociais - Brasil
Data de publicação: 6-Jun-2025
Referência: LIMA NETA, Avelina Alves. Percepção social da desigualdade de renda no Brasil. 2024. 215 f., il. Tese (Doutorado em Política Social) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024.
Resumo: A desigualdade brasileira é fato constatado em inúmeros estudos. O país é um dos mais desiguais do mundo em todas as suas dimensões, com uma concentração de renda e riqueza acentuada e persistente ao longo da sua história. Dado que toda desigualdade econômica é também política, existem diversos mecanismos que mantêm e justificam seus níveis. Um deles é a forma como as pessoas enxergam essa desigualdade. A percepção social pode ser moldada por diversos elementos materiais da realidade, mas também por aspectos culturais, simbólicos, contextuais e ideológicos. A forma como as pessoas enxergam a desigualdade que as cerca pode influenciar no apoio a medidas para sua manutenção, redução ou extinção. Na história recente, o Brasil passou por importantes transformações sociais, políticas e econômicas, que levaram a uma variação em seus níveis de desigualdade de renda. Por essa razão, esta pesquisa buscou compreender de que forma a sociedade percebe esse tipo de desigualdade, no período de 1997 a 2020, e que elementos conformam essa percepção. Partiu-se do pressuposto de que a percepção social da desigualdade de renda no Brasil, ao longo do tempo, é influenciada não apenas pelas variações objetivas dessa desigualdade, mas também por fatores contextuais, políticos e ideológicos. Para tanto, foi feita uma pesquisa de natureza quantitativa, na qual foi realizada uma análise descritiva dos dados secundários do Latinobarômetro e outra abordagem explicativa da correlação entre a desigualdade de renda objetiva e a percepção subjetiva dessa desigualdade. Além disso, foram construídos modelos multiníveis lineares para analisar as variáveis selecionadas em vários níveis de agregação. Em todas as interpretações, buscou-se fazer uma análise histórico-dialética, contextualizando os dados em sua conjuntura social, econômica e política. Assim, conclui-se que o comportamento da percepção da desigualdade de renda no Brasil é determinado parcialmente pelas variações no nível objetivo dessa desigualdade ao longo da série histórica analisada. No entanto, os dados mostraram que há uma correspondência muito significativa em uma análise a nível regional, isto é, mudanças nos níveis objetivos da distribuição de renda, por região geográfica, influenciam substancialmente a percepção que as pessoas têm sobre esse tipo de desigualdade. Ademais, fatores sociodemográficos, como: a idade, o nível educacional e o estado civil, interferem na percepção social sobre a desigualdade de renda, assim como o fato de não possuir uma religião e a região de residência das pessoas. De outro modo, os aspectos socioeconômicos, políticos, culturais e ideológicos também podem influir na percepção de diferentes grupos sociais.
Abstract: Brazilian inequality is a well-documented fact in numerous studies. The country is one of the most unequal in the world in all its dimensions, with a highly concentrated and persistent distribution of income and wealth throughout its history. Given that all economic inequality is also political, various mechanisms sustain and justify its levels. One such mechanism is how people perceive this inequality. Social perception can be shaped by various material aspects of reality, but also by cultural, symbolic, contextual, and ideological factors. The way individuals perceive the inequality surrounding them can influence their support for measures aimed at maintaining, reducing, or eliminating it. In recent history, Brazil has undergone significant social, political, and economic transformations that have led to variations in income inequality levels. For this reason, this research aimed to understand how society perceives this type of inequality between 1997 and 2020, as well as the elements shaping this perception. The study was based on the premise that the social perception of income inequality in Brazil over time is influenced not only by objective variations in inequality but also by contextual, political, and ideological factors. To achieve this, a quantitative study was conducted, involving a descriptive analysis of secondary data from Latinobarómetro and an explanatory approach examining the correlation between objective income inequality and subjective perceptions of this inequality. Furthermore, linear multilevel models were developed to analyze selected variables at multiple levels of aggregation. In all interpretations, a historical-dialectical analysis was conducted, contextualizing the data within its social, economic, and political framework. The findings indicate that the perception of income inequality in Brazil is partially determined by variations in its objective levels over the historical period analyzed. However, the data revealed a significant correspondence at the regional level, meaning that changes in objective income distribution levels by geographic region substantially influence how people perceive this type of inequality. Moreover, sociodemographic factors – such as age, educational level, and marital status – affect social perceptions of income inequality, as does the absence of religious affiliation and the region of residence. Additionally, socioeconomic, political, cultural, and ideological factors may also shape the perception of different social groups.
Resumen: La desigualdad en Brasil es un hecho ampliamente documentado en numerosos estudios. El país se encuentra entre los más desiguales del mundo en todas sus dimensiones, con una concentración de ingresos y riqueza marcada y persistente a lo largo de su historia. Dado que toda desigualdad económica es también política, existen diversos mecanismos que la mantienen y justifican. Uno de ellos es la forma en que las personas perciben esta desigualdad. La percepción social puede estar moldeada por diversos elementos materiales de la realidad, pero también por factores culturales, simbólicos, contextuales e ideológicos. La manera en que las personas perciben la desigualdad que las rodea puede influir en su apoyo a medidas para su mantenimiento, reducción o eliminación. En la historia reciente, Brasil ha experimentado importantes transformaciones sociales, políticas y económicas que han provocado variaciones en los niveles de desigualdad de ingresos. Por esta razón, esta investigación buscó comprender cómo la sociedad percibe este tipo de desigualdad entre 1997 y 2020, así como los elementos que configuran dicha percepción. Se partió del supuesto de que la percepción social de la desigualdad de ingresos en Brasil, a lo largo del tiempo, no solo está influenciada por variaciones objetivas en dicha desigualdad, sino también por factores contextuales, políticos e ideológicos. Para ello, se llevó a cabo una investigación de naturaleza cuantitativa, en la que se realizó un análisis descriptivo de los datos secundarios del Latinobarómetro, además de un enfoque explicativo de la correlación entre la desigualdad de ingresos objetiva y la percepción subjetiva de esta desigualdad. Asimismo, se construyeron modelos multinivel lineales para analizar las variables seleccionadas en diferentes niveles de agregación. En todas las interpretaciones, se buscó aplicar un análisis histórico-dialéctico, contextualizando los datos en su marco social, económico y político. Los resultados indican que la percepción de la desigualdad de ingresos en Brasil está determinada parcialmente por las variaciones en sus niveles objetivos a lo largo del período analizado. No obstante, los datos evidenciaron una correspondencia significativa a nivel regional, es decir, los cambios en los niveles objetivos de distribución del ingreso, según la región geográfica, influyen sustancialmente en la percepción de las personas sobre este tipo de desigualdad. Además, factores sociodemográficos – como la edad, el nivel educativo y el estado civil – inciden en la percepción social de la desigualdad de ingresos, al igual que la falta de afiliación religiosa y la región de residencia. Por otro lado, los aspectos socioeconómicos, políticos, culturales e ideológicos también pueden influir en la percepción de diferentes grupos sociales.
Unidade Acadêmica: Instituto de Ciências Humanas (ICH)
Departamento de Serviço Social (ICH SER)
Informações adicionais: Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Serviço Social, Programa de Pós-Graduação em Política Social, 2024.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Política Social
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

Mostrar registro completo do item Visualizar estatísticas



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.