Élément Dublin Core | Valeur | Langue |
dc.contributor.advisor | Silva, Cosme Roberto Moreira da | pt_BR |
dc.contributor.author | Garcia, Miguel Angel | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2025-03-13T17:03:59Z | - |
dc.date.available | 2025-03-13T17:03:59Z | - |
dc.date.issued | 2025-03-13 | - |
dc.date.submitted | 2024-11-07 | - |
dc.identifier.citation | GARCIA, Miguel Angel. CONFECÇÃO DE DISPOSITIVO DE ENSAIO E AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA FADIGA SOB FRETTING DE FIOS DE ALUMÍNIO TERMORRESISTENTE E 6201-T81. 2024. 199 f. Tese (Doutorado em Ciências Mecânicas) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio.unb.br/handle/10482/51845 | - |
dc.description.abstract | O objetivo deste trabalho foi projetar um sistema de aquecimento com uma precisão de
±2°C para atualizar um equipamento existente de fadiga por fretting em fios (GARCIA, 2019).
Com este novo dispositivo, uma campanha de testes foi conduzida para investigar o efeito da
temperatura na vida em fadiga por fretting em fios de condutores. Uma metodologia para
facilitar o controle da temperatura dentro da região de contato foi proposta e os detalhes do
teste de fadiga por fretting fio contra fio foram descritos. Neste estudo, foi possível realizar
testes de fadiga por fretting em fios de cabos condutores convencionais na temperatura de
operação e de emergência experimentada pelo condutor real. Os ensaios de fadiga por fretting
foram conduzidos com uma carga cisalhante controlada por deslocamento e independente da
carga de fadiga. O dispositivo provou ser capaz de reproduzir um ensaio de fadiga por fretting
entre fios de alumínio de condutores aéreos, induzindo marcas de fretting elípticas nas
superfícies dos fios e respeitando a condição de regime de escorregamento parcial, ou seja, o
princípio de Amontons, mostrando zonas de aderência e escorregamento claramente definidas.
Os ensaios de fadiga sob condições de fretting foram realizados em fios de alumínio 6201-
T81 retirados de um Condutor de Alumínio Liga (CAL) 900 MCM e em fios de liga de
alumínio termorresistente TAL (Thermal Resistant Aluminum Alloy) retirados de um condutor
T-CAA Ibis. As temperaturas dos ensaio foram de 25, 75 e 100°C com uma carga normal de
250 N para os fios TAL e 500 N para os fios 6201. As curvas S-N foram obtidas para cada
temperatura. Os resultados mostraram uma redução na vida em fadiga dos fios 6201 de 34,8%
na temperatura de 75°C e até 43,1% a 100°C. As diferenças das curvas S-N apontaram para
uma mudança nas características mecânicas claramente influenciada pelos fatores de
temperatura e tempo. Os fios 6201 submetidos ao teste de fadiga por fretting foram examinados
com o microscópio eletrônico de varredura (MEV). As avaliações da superfície de falha
mostraram características de ruptura devido à fadiga por fretting. As marcas de contato fio-fio
geradas pelo dispositivo apresentam, na região de fratura, todas as características encontradas nas camadas internas dos cabos condutores das linhas de transmissão fraturadas em uso por
fadiga em condições de fretting, como zona de adesão claramente definida, zonas de
escorregamento e presença de óxido de alumínio, onde prevaleceu o regime de escorregamento
parcial. Notou-se que as zonas de adesão ficaram maiores nas temperaturas mais altas devido
ao amolecimento da liga com a temperatura. As fortes reduções de vida observadas foram
associadas ao processo de recuperação no caso da temperatura de 75°C devido às alterações na
resistência e ao aumento da ductilidade. Já na temperatura de 100°C, a redução em vida foi
relacionada ao processo de recristalização que ocorre com esta liga acima de 90°C.
Uma redução da vida em fadiga de 18% foi observada na temperatura de 75°C para os fios
termorresistentes. A curva S-N não mostrou influência do tempo, apenas da temperatura, o que
pode indicar um melhor comportamento em termos de fadiga por fretting nessa temperatura. Já
a 100°C, a curva quase não apresentou alteração na vida em fadiga (um leve aumento de 1,5%)
em relação à temperatura ambiente, porém os ensaios nessa temperatura se comportaram de
maneira diferente. As análises das marcas de fretting mostraram que a 25 e a 75°C os testes
ocorreram todos sob um regime de escorregamento parcial apresentando zonas de adesão bem
definidas, embora menores a 75°C. Na temperatura de 100°C, não foram encontradas zonas de
adesão, o que evidenciou um regime de escorregamento total. A fadiga por desgaste
experimentada pelos fios TAL a 100°C explica o fato que a vida em fadiga não foi alterada. As
avaliações da superfície de falha apontaram características similares de ruptura devido à fadiga
em todos os níveis de temperatura. Os fios termorresistentes mostraram um comportamento
melhor na temperatura de 75°C que os fios convencionais 6201, ou seja, a liga TAL não sofreu
processo de recuperação ou de recristalização nessa temperatura. A mudança de regime de
fadiga na temperatura de 100°C influenciou a vida em fadiga de forma positiva, porém
levantou questionamentos a serem investigados em trabalhos futuros. | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Confecção de dispositivo de ensaio e avaliação da influência da temperatura na fadiga sob fretting de fios de alumínio termorresistente e 6201-T81 | pt_BR |
dc.title.alternative | Manufacturing of a test device and evaluation of the influence of temperature on fatigue under fretting of thermoresistant aluminum wire and 6201-T81 | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.subject.keyword | Fadiga por fretting | pt_BR |
dc.subject.keyword | Cabos condutores | pt_BR |
dc.subject.keyword | Fios | pt_BR |
dc.subject.keyword | Ligas de alumínio | pt_BR |
dc.subject.keyword | Ligas termorresistente | pt_BR |
dc.subject.keyword | Altas temperaturas | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | The objective of this work was to design a heating system with an accuracy of ±2°C to
upgrade existing wire fretting fatigue equipment (GARCIA, 2019). With this new device, a test
campaign was conducted to investigate the effect of temperature on the fretting fatigue life of
conductor wires. A methodology to facilitate temperature control within the contact region was
proposed and details of the wire-to-wire fretting fatigue test were described. In this study, it was
possible to perform fretting fatigue tests on conventional conductor wires at the operating and
emergency temperatures experienced by the actual conductor. The fretting fatigue tests were
carried out with a shear load controlled by displacement and independent of the fatigue load. The
device proved to be capable of reproducing a fretting fatigue test between aluminum wires of
overhead conductors, inducing elliptical fretting marks on the wire surfaces and respecting the
condition of partial slip regime, that is, the Amontons principle, showing zones clearly defined
stick and slip.
Fatigue tests under fretting conditions were carried out on aluminum alloy 6201-T81 wires
taken from All Aluminum Alloy Conductors (AAAC) 900 MCM and on Thermal Resistant
Aluminum Alloy (TAL) wires taken from a Thermal Resistant Aluminum Conductors Steel
Reinforced Ibis (T-ACSR). The test temperatures were 25, 75, and 100°C with a normal load of
250 N for the TAL wires and 500 N for the 6201 wires. S-N curves were obtained for each
temperature. The results showed a reduction in the fatigue life of 6201 wires of 34.8% at a
temperature of 75°C and up to 43.1% at 100°C. The differences in the S-N curves indicated a
change in the mechanical characteristics influenced by temperature and time factors. The 6201
wires subjected to the fretting fatigue test were examined with the scanning electron
microscope (SEM). Failure surface evaluations showed rupture characteristics due to fretting
fatigue. The wire-wire contact marks generated by the device present, in the fracture region, all
the characteristics found in the internal layers of the conductors of fractured transmission lines
in use due to fatigue in fretting conditions, such as a clearly defined stick and slip zones, and presence of aluminum oxide, where the partial slip regime prevailed. It was noted that the stick
zones became larger at higher temperatures due to the softening of the alloy with temperature.
The strong reductions in life observed were associated with the recovery process at a
temperature of 75°C due to changes in strength and increased ductility. At a temperature of
100°C, the reduction in life was related to the recrystallization process that occurs with this
alloy above 90°C.
A reduction in fatigue life of 18% was observed at a temperature of 75°C for thermoresistant
wires. The S-N curve showed no influence of time, only of temperature, which may indicate
better behavior in terms of fretting fatigue at this temperature. At 100°C, the curve showed
almost no change in fatigue life (a slight increase of 1.5%) about room temperature, but the
tests at this temperature behaved differently. Analysis of the fretting marks showed that at 25
and 75°C the tests all occurred under a partial slip regime presenting well-defined stick zones,
although smaller at 75°C. At a temperature of 100°C, no stick zones were found, which
demonstrated a total slip regime. The wear fatigue experienced by TAL wires at 100°C
explains the fact that the fatigue life was not changed. Failure surface evaluations showed
similar fatigue rupture characteristics at all temperature levels. The thermoresistant wires
showed better behavior at a temperature of 75°C than the conventional 6201 wires, that is, the
TAL alloy did not undergo a recovery or recrystallization process at that temperature. The
change in fatigue regime at a temperature of 100°C influenced fatigue life positively, but raised
questions to be investigated in future work. | pt_BR |
dc.description.unidade | Faculdade de Tecnologia (FT) | pt_BR |
dc.description.unidade | Departamento de Engenharia Mecânica (FT ENM) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Ciências Mecânicas | pt_BR |
Collection(s) : | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
|