http://repositorio.unb.br/handle/10482/8512
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2010_MaríliaMachadoGarciadeLima.pdf | 950,44 kB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | O problema da transfiguração do indígena no romance nacional : tradição literária em Iracema de José de Alencar e Maíra de Darcy Ribeiro |
Autor(es): | Lima, Marilia Machado Garcia de |
Orientador(es): | Corrêa, Ana Laura dos Reis |
Assunto: | Ribeiro, Darcy, 1922-1997 Literatura brasileira - história e crítica Índios - personagens literários - Brasil |
Data de publicação: | 21-Jun-2011 |
Data de defesa: | 28-Mai-2010 |
Referência: | LIMA, Marília Machado Garcia de. O problema da transfiguração do indígena no romance nacional : tradição literária em Iracema de José de Alencar e Maíra de Darcy Ribeiro. Dissertação (Mestrado em Literatura e Práticas Sociais)-Universidade de Brasília, Brasília, 2010. |
Resumo: | A representação do indígena tem uma tradição já consolidada na literatura brasileira. O procedimento literário utilizado para essa representação é chamado de transfiguração. A transfiguração do indígena é explicada por Antonio Candido (1918-) como dentro do contexto da literatura romântica brasileira do século XIX, mas, que, posteriormente, tornase uma tradição, com suas semelhanças e diferenças. Um dos maiores escritores do Romantismo literário brasileiro é José de Alencar (1829-1877), e parte de sua obra é dedicada à temática indígena. Portanto, é analisada a obra Iracema (1865) dentro do contexto de transfiguração sugerido por Candido. Outra grande obra da Literatura Brasileira sobre a temática indígena é Maíra (1976), de Darcy Ribeiro (1922-1997), em que também ocorre transfiguração, demonstrando, assim, uma tradição consolidada do sistema literário brasileiro. Porém, uma transfiguração diferente da que acontece em Iracema. Maíra se aproxima do contexto literário que Candido chama de super-regionalismo, ou seja, uma superação do regionalismo, que, com relação à transfiguração do indígena, constitui-se como uma explosão conceitual do que era a figuração do indígena no Romantismo brasileiro e questiona o papel atribuído ao índio pela literatura de justificar ideologicamente a invenção de um passado glorioso para o país. Temos, então, em Maíra, uma Iracema negativa e questionadora da colonização. Portanto, partimos de uma “consciência amena do atraso”, termo esse também definido por Candido, em Iracema, na época da Independência brasileira, em que se tinha como objetivo a formação da nação, e chegamos a uma “consciência catastrófica do atraso”, em Maíra, em que há consciência dos problemas estruturais brasileiros. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT The representation of the Indian has a tradition already consolidated in Brazilian Literature. The literary procedure used for this representation is called transfiguration. The transfiguration of the Indian is explained by Antônio Cândido (1918) as within the context of Brazilian romantic literature of the XIX century, but, that, later becomes a tradition, with their similarities and differences. One of the greatest Brazilian authors of literary romanticism is José de Alencar (1829-1877), who dedicated part of his literary compositions to indigenous themes. Therefore, the literary composition Iracema (1865) is thus analysed within the context suggested by Cândido. Another great literary composition of Brazilian literature about indigenous themes is Maíra (1976) by Darcy Ribeiro (1922- 1977), in which transfiguration also occurs, thus showing a consolidated tradition of the Brazilian literary system. Howevekr, different to the transfiguration which takes place in Iracema, Maíra is within a context that Cândido calls super-regionalism, or, the overcoming of regionalism. A conceptual explosion of what was the Indian figuration in Brazilian romanticism for an Indian that no longer has the role of ideological justification of a once glorious past. So we find in Maíra an Iracema that is not only negative but questions colonization. Thus, we move from a “light conscience of delay”, a term which was also defined by Cândido in Iracema, after the Brazilian independence, a time during which the aim was to form the State-nation, to a “catastrophic conscience of delay” in Maíra, in which there is a consciousness of the Brazilian structural problems. |
Unidade Acadêmica: | Instituto de Letras (IL) Departamento de Teoria Literária e Literaturas (IL TEL) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Departamento de Teoria literária e literturas, 2010. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Literatura |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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