http://repositorio.unb.br/handle/10482/7487
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2007_LuisGuilhermeResendeAssis.pdf | 2,22 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Às margens da UHE Corumbá IV, Goiás, Brasil : desafios antropológicos entre redes, enclaves, cosmografias e moralidades |
Autor(es): | Assis, Luís Guilherme Resende de |
Orientador(es): | Little, Paul Elliott |
Assunto: | Antropologia física Antropologia Conflito socioambiental Ordenamento territorial |
Data de publicação: | 25-Abr-2011 |
Data de defesa: | 2007 |
Referência: | ASSIS, Luís Guilherme Resende de. Às margens da UHE Corumbá IV, Goiás, Brasil: desafios antropológicos entre redes, enclaves, cosmografias e moralidades. 2007. 319 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social)-Universidade de Brasília, 2007. |
Resumo: | Esta dissertação trata e, ao mesmo tempo, resulta da relação do conhecimento antropológico com procedimentos Tecnoburocráticos que intentam prever, medir, mitigar e/ou compensar impactos
socioculturais e econômicos de usinas hidrelétricas. Esses procedimentos são aqui tomados como arenas concretas de disputa de significados, direitos e deveres acerca dos custos e benefícios das barragens e
reservatórios, concentrando-se, a maioria deles, no processo de licenciamento ambiental, no qual o antropólogo, em maior ou menor grau e com oscilante eficácia política, é chamado a atuar. O trajeto
argumentativo que desenvolvo envolve a problematização dos conceitos de impactos e atingidos, resultantes, no mais das vezes, de disputas e decisões que ocorrem em locais onde os próprios impactados ou atingidos não participam ou o fazem deficientemente. À luz do licenciamento da UHE Corumbá IV, em Goiás, demonstro que há algumas estratégias estandardizadas mas sutis de exclusão moral das populações deslocadas ou às margens do reservatório, estampadas nas práticas dos atores que se relacionam no processo. A exclusão, operada sistematicamente ou em face da invisibilidade mesma das
demandas, tomadas em seu aspecto moral, conduzem a um movimento em que os passivos socioculturais e econômicos são jogados para a “fase de operação” dos projetos de grande escala, naturalizando impactos e tornando ainda mais difícil seu dimensionamento. Argumento que as sutilezas dos padrões de exclusão moral são melhor captáveis por formas particulares de ver, ouvir e escrever consubstanciadas no ofício do antropólogo engajado em tal tarefa, pleiteando o exercício da prática etnográfica em todas as etapas do licenciamento ambiental. _________________________________________________________________________________________ ABSTRACT This dissertation deals with, and at the same time is the result of, the relationship between anthropological knowledge and techno-bureaucratic practices that seek to identify, measure, mitigate and/or compensate the sociocultural and economic impacts of hydroelectrical dams. These practices are understood here as concrete arenas of dispute over meanings, rights and duties concerning the costs and benefits of dams and reservoirs, most of which are involved in the process of environmental licensing, where the anthropologist, to a greater or lesser degree and with shifting political efficacy, is called to act professionally. The argumentative trajectory that develop propose here involves the questioning of concepts such as impacts and impacted people [atingidos], which, in most cases, are the result of disputes and decisions that occur in places that are not easily accessed by the atingidos. Through an analysis of the environmental licensing of the Corumbá IV Dam, in the state of Goiás, I show that there are some standardized, yet subtle, strategies of moral exclusion of the populations displaced by dams or at their margins, strategies that reveal themselves in the practices of actors involved in the process. The exclusion, wheter intentional or a result of the invisibility of the demands themselves, particularly those of a moral order, produces a situation in which sociocultural and economic damages are only dealt with in the ‘operational phase’, of the large scale projects, thereby naturalizing impacts and making it ever more difficult to evaluate them. I argue that the subtleties of the patterns of exclusion are better understood by the particular ways of seeing, listening and writing embodied in the practice of the anthropologist engaged in the task, requiring the exercise of the ethnographic practice in all stages of environmental licensing processes. |
Unidade Acadêmica: | Instituto de Ciências Sociais (ICS) Departamento de Antropologia (ICS DAN) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado)-Universidade de Brasília, Departamento de Antropologia, 2007. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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